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domingo, 30 de janeiro de 2011

GRAVIDEZ PRECOCE

GRAVIDEZ PRECOCE: CONSCIÊNCIA É QUE FAZ O ADOLESCENTE TER INTELIGÊNCIA

FINOM – FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS
IVONEIDE CALDEIRA PEREIRA







ALMEIRIM – PARÁ
FINOM – FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS
IVONEIDE CALDEIRA PEREIRA


GRAVIDEZ PRECOCE: CONSCIÊNCIA É QUE FAZ O ADOLESCENTE TER INTELIGÊNCIA


Artigo científico apresentado à Faculdade de Educação da FINOM/PROMINAS, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Ensino de Biologia.


ALMEIRIM – PARÁ
2010
GRAVIDEZ PRECOCE: CONCIÊNCIA É QUE FAZ O ADOLESCENTE TER INTELIGÊNCIA

Ivoneide Caldeira Pereira




RESUMO
O presente artigo é resultante de uma pesquisa bibliográfica acerca das questões sobre gravidez precoce, e os vários métodos contraceptivos, sugerindo que a Educação Sexual deva ser um processo educacional principalmente na Educação de Jovens e Adultos. Para tanto, iniciou-se um levantamento teórico de obras ligadas diretamente ao objeto de estudo e outras afins. A partir daí buscou-se refletir acerca dessas teorias buscando captar suas contribuições para a educação e, em particular a problemática da gravidez precoce que é um fato social que caracteriza nossos dias, verificando-se que trabalhar essa problemática no cotidiano escolar é, portanto trabalhar por uma escola melhor para todos, entendendo-a como uma unidade transformadora, trabalhando sua rotina no sentido de ajudar os educandos a agirem com responsabilidade, demonstrando aos jovens que toda ação traz uma reação, portanto devem-se tomar os devidos cuidados para que essa reação não seja desagradável, tornando assim o futuro comprometido e que toda menina deveria primeiro tornar-se mulher para depois ser mãe. Para melhor desenvolver este estudo, realizar-se-á um diálogo com teóricos na tentativa de demonstrar que o trabalho de orientação sexual nas escolas não deverá representar apenas um episódio temporário, mas uma firme proposta pedagógica que possibilite discussões permanentes acerca da sexualidade. Identificou-se, após a pesquisa que, além da orientação da família sobre a sexualidade, a inserção da educação sexual nas escolas é condicionante que esta diretamente interligado com as necessidade educativa dos jovens.

Palavras-chave: Educação Sexual, métodos contraceptivos, gravidez precoce.

Introdução
A situação de desigualdade social, política e econômica encontrada no Brasil tem influência direta na dinâmica familiar e no aumento do número de crianças e adolescentes em situação de risco social e pessoal, fazendo com que o número de adolescentes grávidas torne-se extremamente grande, em todo país.
Hoje sem se dar conta milhares de meninas estão trocando as bonecas por bebês de verdade, e a adolescência pelas responsabilidades da maternidade. A gravidez tem um duplo efeito perverso, cai como uma bomba na família e socialmente é um dos fatores da reprodução da pobreza. Além do que vem acontecer depois, a menina abandona os estudos por vergonha, sobre pressão do grupo social. Muitas não recebem o apoio de amigos e principalmente dos pais e acabam cometendo grandes erros, levando ao aborto ou até mesmo a suicídio devido ao abandono da família.
Nessa perspectiva, surge a escola como principal responsável pelos processos de conscientização e formação dos futuros cidadãos brasileiros, contribuindo para que venham agir de modo responsável no presente pensando no futuro. Este não é um desafio fácil, mas necessário para uma verdadeira inserção da Educação sexual dentro do contexto escolar. Com isso, a escola estará propiciando equilíbrio para o desenvolvimento físico psíquico e moral.
Diante desse exposto, faz-se a seguinte problematização:

• Quais os fatores dos autos índices de gravidez na adolescência?
A hipótese acerca desta questão se assenta na seguinte afirmativa:
• Os adolescentes não estão sendo devidamente orientados uma vez que vivemos em uma sociedade onde existem vários métodos que podem evitar a gravidez.
Este trabalho busca responder aos seguintes objetivos de pesquisa:
Objetivo Geral:
• Demonstrar que a educação sexual pode amenizar o auto índice de gravidez precoce diminuindo assim a evasão escolar.
Objetivos Específicos:
• Apresentar a educação sexual como uma ferramenta para esclarecer e iluminar os caminhos dos adolescentes à vida adulta.
• Refletir teoricamente sobre o papel da educação sexual na sociedade
• Analisar as contribuições da escola para a diminuição da gravidez e também das doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) oportunizando aos adolescentes conhecerem seus próprios corpos.
Buscou-se trazer para o centro dessa discussão acadêmico-científica questões referentes à gravidez precoce métodos contraceptivos e DST para que a escola e a família se unam em prol da juventude ajudando-os a fazer sexo com responsabilidade para que a gravidez precoce não os leve para um caminho de mais dificuldades que se projetará ao longo da sua vida, começando, em geral, pelo afastamento imediato da escola, com repercussões no seu processo de construção de cidadania e da sociedade como um todo. Nesse sentido Vitiello (1993/ p.144), assim se expressa:

Pode-se concluir que a problemática da gestação na adolescência tem acentuado componente psicológico e social, encontrando-se na raiz do problema um relacionamento sexual precoce e mal-orientado, com desconhecimento do uso adequado de técnicas anticoncepcionais eficientes

Entende-se que a liberdade sexual, a falta de uma orientação no ambiente familiar, e o desejo, conduz à maior parte da juventude a prática sexual, sem conhecimento das conseqüências, que pode causar em suas vidas, no momento em que engravidam, ou adquiriram uma DST.
Os dados do Ministério da Saúde revelam que, apesar da maior difusão de informações sobre o assunto, “cerca de 45% a 60% dos adolescentes brasileiros inicia a vida sexual sem nenhum método contraceptivo’’ (PORTAL DO PSICÓLOGO 2003, apud CARVALHO, 2006, p. 136). E quando tomam conhecimento que estão grávidas, a maioria recorre ao aborto, aumentando assim o numero de abortos entre os adolescentes. Quando optam por concluir a gravidez é importante destacar a dificuldade de realização de um pré-natal adequado, principalmente para as adolescentes mais jovens, que muitas vezes escondem a gravidez e procuram esse tipo de serviço tardiamente. (Damiani,2003 p. 96) complementa discutindo que

O pré-natal é o melhor caminho para a aquisição das informações com o profissional da saúde, porque este leva em consideração seus sentimentos, medos, necessidades, valores culturais, estabelecendo uma relação de confiança para o bem da saúde da gestante e da sua família. O pré-natal, portanto, prioriza a educação.



Diante da colocação da autora percebe-se que é muito importante que a adolescente faça o pré-natal para que possa compreender melhor o que está acontecendo com seu corpo, seu bebê, prevenir doenças e poder conversar abertamente com um profissional, sanando as dúvidas que angustiam essas jovens.

Desenvolvimento

1-Gravidez e Maternidade na Adolescência:
No Brasil a gravidez e maternidade na adolescência têm sido um problema de saúde pública, isso tem gerado grandes preocupações para toda sociedade, a adolescente grávida fica exposta a situações associadas a perigos pessoais e sociais pondo em risco seu próprio desenvolvimento e de seu filho. (PANTOJA, 2003), afirma que:

O risco social, discurso normativo predominante na saúde pública, traz implícita uma interpretação de natureza causa de que “a gravidez resultaria da pobreza, da precariedade e da falta de acesso aos serviços de saúde, portanto é considerada como um reforço à pobreza e marginalidade. Uma vez indesejada, a gravidez acarretaria prejuízos para as adolescentes como abandono dos estudos, dificuldade em encontrar emprego.“

O autor apresenta um posicionamento onde se verifica que a gravidez indesejada na adolescência pode significar a perda de muitas oportunidades, principalmente na vida profissional, pois a partir deste momento a jovem terá que dedicar toda atenção ao seu filho, interrompendo o sonho de estudar, fazer uma faculdade, e conseguir o seu espaço no mercado de trabalho, para PINHEIRO, 2000.

A ocorrência da gravidez na adolescência é devido à incapacidade de pensar sobre situações hipotéticas e conceitos abstratos e, conseqüentemente, de antecipar as conseqüências da atividade sexual

Diante da colocação do autor verifica-se que os jovens estão vivendo sem perspectiva de vida, iniciando a pratica sexual sem analisar que este ato se não adequadamente orientado pode gerar grandes prejuízos comprometendo seu futuro, dados revelam que a taxa de adolescentes grávidas vem aumentando entre meninas de menor renda, onde na maioria possuem baixa escolaridade Segundo dados divulgados por FREITAS (1999).

O maior índice de gravidez precoce ocorre na zona rural, onde a cultura e acesso à informação são mais limitados. A educação é também fator determinante de prevenção, pois o maior número de adolescentes grávidas está entre as jovens sem nenhuma instrução formal.
2-OS (DES) USOS DOS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
As orientações repassadas aos jovens, sobre o problema da gravidez, ainda está muito longe de repercutir de forma positiva em suas vidas, uma vez que a concepção da gravidez na adolescência muitas vezes é resultante da falta de informação sobre métodos contraceptivos, ou até mesmo por receio em procurar um profissional para receber as devidas orientações sobre o uso adequado dos métodos, como destaca Jardim; Bretas (2006)

As adolescentes conhecem os métodos contraceptivos e continuam engravidando isso porque existe uma lacuna entre o conhecimento e o uso, e por muitos outros motivos esse conhecimento não tem sido aplicado e transformado em ação efetiva.

É importante salientar que não basta conhecer os métodos contraceptivos, para que surta efeito positivo os métodos tem que ser de fácil acesso. Como indica pesquisa citada por Cotes, Aranha e Barbi (2004), em que 87% das adolescentes disseram conhecer os métodos contraceptivos, mas 70% delas não utilizaram nenhum método na primeira relação sexual, na maioria por falta de acesso aos mesmos, isso faz com que muitas vezes resulte numa gravidez, tornando um momento muito delicado, quando constatado a gravidez é fundamental o apoio do companheiro, dos amigos e principalmente dos pais e da família, onde sua vida irá passar por grandes transformações e ela precisará de pessoas que a auxiliem. Após o parto, deve-se garantir o acesso aos anticoncepcionais para evitar uma segunda gravidez, que complicará ainda mais a situação em que ela se encontra. Existem varias formas de se evitar a gravidez precoce dentre eles apresentar- se á alguns métodos contraceptivos e suas (des) vantagens.

 Coito interrompido é a ação do homem de retirar o pênis da vagina durante a penetração para ejacular o sêmen fora, é uma opção que não convém, pois no momento máximo da excitação pode não dar tempo de realizar o procedimento ou mesmo que tudo ocorra bem bastaria que uma gotícula de esperma caísse na vagina para que houvesse risco de gravidez.

 A tabelinha também é um método arriscado, sobretudo no início da vida sexual . Esse é um recurso que deve ser usado por mulheres com ciclo menstrual regular, o que significa dizer que se o ciclo for irregular não dá para confiar nesse método.

 Espermicida é um produto, uma espécie de gel, comprado em farmácias sem a necessidade de receitas médicas e utilizado para matar ou imobilizar os espermatozóides evitando que eles cheguem ao óvulo. É aplicado na vagina pouco antes da relação sexual, mas não oferece o mesmo grau de proteção que a camisinha, por exemplo. O ideal é que seja usado junto com a camisinha aumentando assim sua eficácia.

 Camisinha é o método contraceptivo mais seguro chegando a oferecer 90% de segurança em relação à gravidez. Além da gravidez previne também todo tipo de doença sexualmente transmissível. Além disso, pode ser utilizada tanto pelo parceiro (camisinha masculina) quanto pela parceira (camisinha feminina). Outra vantagem é que sua aquisição é fácil.

 Pílulas anticoncepcionais um dos métodos contraceptivos mais populares é um método seguro, porém não previne as doenças sexualmente transmissíveis, por esse motivo qualquer um dos métodos citado acima deve ser usado juntamente com a camisinha para que a prevenção seja eficaz.
Diante disso acredita-se que a natalidade possa ser controlada pelos adolescentes, desde que não se feixe as portas de acesso aos métodos e tenham suas duvidas devidamente sanados, podendo tomar os devidos cuidados quanto a sua sexualidade de forma consciente e responsável, buscando prazer e satisfação para ambos, evitando transtornos desnecessários. (Ballone,2003)
3-A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA ADOLESCÊNCIA.

Vivemos em uma sociedade em que as informações e as transformações dos valores, são repassadas com muita velocidade, e a adolescente sente-se confusa, o que afeta a sua capacidade subjetiva de lidar com o novo. Isso gera incerteza e dúvidas, e a mídia tem sido a maior vilã neste sentido. Para Levisky (1997)

A TV e os meios de comunicação enfatizam uma cultura cuja relação social é cada vez mais individualista. A sociedade atual encontra-se turbulenta e esmaecida de parâmetros, na qual o real e o virtual se confundem.

Os valores transmitidos pela mídia podem assumir o papel de modelo e idealizar uma identificação. Como afirma Kehl (2001), a mídia enfoca alguns aspectos como vaidade, egocentrismo e sedução, destacando uma cultura do individualismo e consumismo. De acordo com o autor na mídia sobressai uma banalização do corpo fazendo com que haja estimulo na sexualidade levando os adolescentes a terem relacionamentos sexuais precoces, onde essas relações não são programadas, tampouco os jovens preparam-se para lidar com a sexualidade.
4-O PAPEL DA FAMÍLIA
A família assumi um papel fundamental na formação de cada pessoa principalmente na educação sexual, pois a mesma deveria ser a base para que a criança torne-se um adulto responsável, e consciente de seus atos. A educação sexual é prioritariamente uma competência da família, pois é peça chave na formação da identidade de gênero e no desempenho dos papéis sexuais de seus filhos Segundo Bocardi (1997).
Os pais sentem dificuldade de abordar sobre sexualidade junto aos seus filhos não só pelo constrangimento, mas também pelo receio de uma conversa franca e direta. Eles têm receio de que o diálogo possa indicar que estão prontos para iniciar uma vida sexual.

Na visão de Bocardi pode-se concluir que essa falta de liberdade acaba atrapalhando os adolescentes na construção do conhecimento, levando os a buscar informações em outros meios, como televisão, internet e revistas. (FONSECA, 2004), destaca que
A família, mesmo que não dialogue abertamente sobre sexualidade, é quem dá as primeiras noções sobre o que é adequado, ou não, por meio de gestos, expressões, recomendações e proibições
De acordo com a concepção do autor percebe-se claramente a importância da família reafirmando então que o diálogo entre pais e filhos em torno da sexualidade é uma oportunidade de transmissão de normas, valores e conhecimentos sobre comportamentos preventivos. De acordo com Zimerman (2000).
O grupo familiar exerce profunda importância na estruturação do psiquismo da criança e conseqüentemente na formação da personalidade do adulto, determinando como o indivíduo interagirá e configurará suas relações grupais e sociais ao longo da vida.

Porem nos deparamos com grupos familiares desorientados onde na maioria a mãe assumi a maternidade sem a presença do pai, isso é visto como algo normal em nossa sociedade onde se alega que é atribuição exclusiva da mulher a responsabilidade com relação à vida reprodutiva, acarretando à jovem a preocupação do uso de anticoncepcionais,onde o homem não projeta em sua vida o papel de ajudar na prevenção de uma gravidez indesejada, (VIEIRA et al., 1998) evidencia que.

Um fator que influencia nas taxas de gestação precoce é o preconceito social em relação à concepção, cuja adoção constitui uma confissão de vida sexual ativa, de modo que uma adolescente prevenida é discriminada por estar assumindo a responsabilidade quanto à prática sexual. Além disso, a instabilidade emocional própria da fase adolescente também tende à inconstância no uso de métodos anticoncepcionais, em razão da ausência de vida sexual regular e da troca de parceiros freqüente

De acordo com a colocação do autor entende-se que tal atitude faz com que a adolescente com vida sexual ativa não use anticoncepcionais nem leve consigo a camisinha por vergonha do parceiro ou medo da repreensão da sociedade, com isso entende-se a necessidade da influencia positiva da família para orientar e ajudar as adolescentes na solução de seus problemas, pois os pais, devido aos preconceitos e à vergonha de falarem sobre a sexualidade, que consideram um assunto delicado, deixam que seus filhos vivenciem as primeiras experiências sexuais sem nenhuma ou com pouca informação. Tomando como referência o olhar do autor

Muitos pais e filhos não se sentem à vontade para iniciarem um diálogo sobre sexualidade, os adolescentes temem que seus pais não aprovem o assunto, e os pais se acham pouco preparados e tímidos para conversar com seus filhos e filhas sobre isso, desconhecendo a importância que essa conversa tem para a vida deles. (DIAS; GOMES, 2000).

Diante disso reforçamos o fato, de que não se pode ignorar a importância da sociedade e da família. Os pais devem estimular a discussão de uma maneira aberta, a fim de propiciarem meios para que os adolescentes possam sentir-se mais seguros e valorizados, encontrando possibilidades de vislumbrar seus sonhos e desejos para que a prática sexual não resulte em procriação. O diálogo e a educação são indispensáveis para que tabus sejam quebrados. Com a ajuda da sociedade e principalmente da família os adolescentes terão o conhecimento necessário para terem suas relações sexuais, de uma forma mais consciente e responsável.
5-SEXUALIDADE E A ESCOLA.
Importa ressaltar que a sexualidade é uma necessidade individual, independentemente da idade ou do sexo, que o ser humano desenvolve e manifesta através da sua personalidade, baseando-se nesta afirmativa acredita-se que a escola represente um espaço de coesão social, onde se deve inserir a educação sexual possibilitando trabalhar de forma emergente a sexualidade, levando em consideração que a escola não educa sozinha, sendo necessário, portanto uma ação conjunta entre sociedade, família e escola, e não ações isoladas e descontínuas. Segundo FURLANI (1997, p. 35):
A Educação sexual com adolescente deve ser feito de modo contínuo e permanente, ou pelo menos, deverá durar um bom tempo, para que possam ser discutidas, além de informações, novas atitudes nas pessoas, frente a sexualidade coletiva e a sexualidade individual, ele deve ter a característica de partir das dúvidas existentes nas crianças e jovens dos temas mais urgentes. Cada jovens tem suas particularidades e interesses.

Conforme citação acima conclui-se que a escola deve propiciar momentos de reflexões, conduzindo os jovens a investigar pesquisar, para que possam entender os valores humanos, demonstrando que a atividade sexual deve-se iniciar no momento em que ambos estejam preparados tomando os devidos cuidados para não sobrevir uma gravidez indesejada uma vez que a maternidade para muitas jovens significa o abandono dos estudos, gerando conflitos familiares, alterando os planos do futuro e surgindo a necessidade de assumir o papel de mãe para o qual não está preparada, Segundo Souza (1999, p. 33)

A educação sexual precisa ser aprimorada durante a adolescência, quando, pelas transformações físicas determinadas pelo comando hormonal e pelo estímulo de fatores psicossociais, o interesse sexual passa a dominar o pensamento e as ações dos jovens.

A adolescência é o momento de formação escolar e de preparação para o mundo do trabalho. A ocorrência de uma gravidez nessa fase, portanto, significa o atraso ou até mesmo a interrupção desses processos, o que pode comprometer o início da carreira ou o desenvolvimento profissional. O que se deve pensar é que sem a orientação devida os jovens podem vir a cometer atos que prejudiquem sua vida futura.
Conclusão
A Educação sexual surge como auxílio para amenizar a problemática da gravidez precoce possibilitando aos pais e a escola dialogar com os jovens de forma que os mesmos sintam se a vontade para perguntar e tirar as duvidas que são freqüentes na adolescência, demonstrando que o uso de métodos contraceptivos quando utilizados de forma adequada contribui para diminuição da gravidez precoce. Diante disso percebe-se que somente com o acesso aos métodos, à informação, e a educação, assim como a conscientização e a orientação para o uso de contraceptivos, são as únicas formas de combater e prevenir a gravidez na adolescência. Entende-se que a educação e a escola são instrumentos responsáveis por esse processo, mas, para isso, são necessárias ações humanas em situações concretas, para atuar e/ou construir condições conhecimentos que venham a saciar as dúvidas e inquietações dos adolescentes sobre suas transformações. Acredita-se que quando o jovem tem um bom diálogo com os pais, quando a escola promove explicações sobre como se prevenir, o tempo certo em que o corpo está pronto para ter relações e gerar um filho, há uma baixa probabilidade de gravidez precoce, doenças sexualmente transmissíveis, diminuição da evasão escolar, além de oportunizar aos jovens conhecerem seus próprios corpos.

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