Discutindo a Tríade Sustentadora da Prática Neuropedagógica: Aprendizagem Significativa, Função Social da Escola e Neuropedagogia
Os modos de ensinar e aprender mudaram substancialmente nos últimos tempos, especialmente pelo advento de um novo paradigma em educação. Uma nova perspectiva progressivamente vem-se instalando no contexto educacional transformando concepções e práticas, repensando principalmente o papel da escola na formação integral desse sujeito. Nesse contexto, questionamos alguns procedimentos largamente aceitos na sociedade moderna, e que são, no entanto, altamente prejudiciais para a construção de uma aprendizagem significativa.
A enxurrada de informações e estímulos é uma dessas práticas deturpadas, pois esquecemos a qualidade da informação que está sendo transmitida e, principalmente, não são realizadas práticas que permitem a construção e apropriação do conhecimento pelo sujeito.
O afeto atravessa e transversaliza a inteligência o tempo todo. Sendo assim, na maioria dos casos não há problema do aluno em aprender, mas sim na nossa mediação enquanto professor. COMO eu ensino precisa ser substituído para como o aluno APRENDE. Ou seja, levantar os tipos de estratégias para que o sujeito incorpore a aprendizagem e traga isso para ele, proporcionando a construção de esquemas e elaboração de estratégias por meio da mediação. Explorar as formas de esquema ajuda na aprendizagem significativa.
Esse processo parte da teoria da Metacognição que estabelece alguns passos essenciais na construção de uma aprendizagem autônoma e realmente significativa, sendo eles: verbalizar implica refletir; realização de autoperguntas; levantamento de estratégias; controle do processo de soluções e por fim, tomada de consciência da própria aprendizagem.
[...] Os professores também precisam conhecer como os conhecimentos evoluem e como a inteligência se manifesta na organização de estratégias, ou seja, como os alunos aplicam conhecimentos, informações que já possuem para de adaptarem a situações novas e desequilibradoras do pensamento e da ação.[...] sem a preocupação e a obrigação de encontrar a resposta exigida, mas aquela que corresponde a suas (do aluno) condições de compreensão. (FONSECA,1995).
Encontramos nas teorias de Piaget e Vigotski subsídios importantes para a compreensão do desenvolvimento da aprendizagem. Piaget nos fala dos processos de assimilação, acomodação, equilibração e adaptação, em que o sujeito construirá esquemas mentais de conhecimento de um objeto ou qualquer coisa mediante sua interação com o ambiente, ou seja, experimentando.
No processo de assimilação ocorrerá a incorporação do novo conceito ao conhecimento prévio às estruturas cognitivas e acomodando novos esquemas. Consequentemente temos os processos de equilibração e adaptação. A natureza da construção está na desequilibração de conhecimento. Eu só desequilibro se eu problematizar, levando a novas assimilações, acomodações e adaptações.
A teoria de Vigotski prioriza a questão social como fundamento do desenvolvimento da aprendizagem. Nessa concepção a origem dos processos psicológicos superiores parte de uma reconstrução interna das atividades realizadas com o meio. Assim, entende-se que o conhecimento é construído pela aprendizagem com o outro, na cultura.
Entendemos que “[...] o professor não pode continuar a desconhecer que a aprendizagem [...] se opera no [...] sistema nervoso, segundo conexões interiorizadas de estímulos e de respostas envolvidas numa dialética e numa socialização progressiva.” (OLIVEIRA, 1998). Isto quer dizer que se torna fundamental para o professor, buscar ao entendimento dos processos de aprendizagem, sua natureza e suas relações em diferentes abordagens teóricas e suas interfaces com a neurociência da atualidade; e a partir deste contexto, buscar o diagnóstico, a intervenção das dificuldades e os distúrbios relacionados a aprendizagem dos sujeitos.
Uma grande colaboração da neuroanatomia à pedagogia foi trazer à luz os fatores que integram a aprendizagem. Segundo esta abordagem, para a aprendizagem acontecer é necessário integridades básicas das funções psicodinâmicas (aspectos psicoemocionais), integridade do sistema nervoso periférico (canais para aprendizagem simbólica), integridade do sistema nervoso central (armazenamento, elaboração e processamento da informação).
Ou seja, ao aprender, o cérebro integra fatores neurobiológicos: organização neurológica intrínseca; atenção-percepção-conceitualização; socioemocionais: interação mãe-filho, desenvolvimento perceptivo, padrões de adaptação, capacidade cognitivas, desenvolvimento da personalidade e socioculturais: envolvimento afetivo, nível socioeconômico, nutrição, cultura, facilidade de desenvolvimento. A par desse conhecimento o professor poderá propor atividades mais coerentes, respeitando as necessidades e características próprias dos sujeitos.
Mediante tudo o que já foi exposto, compreendemos que a escola e seus profissionais encontram-se em uma situação de indefinições de funções e papéis delegando a outras áreas de atuação, a outros profissionais e demais setores da sociedade responsabilidades que são inerentes à educação.
A escola tem a função de ensinar, de promover condições propícias à aprendizagem e ao desenvolvimento psicossociais dos sujeitos mediante práticas estimuladoras e conscientes. “O insucesso escolar da criança é, antes de mais nada, um insucesso social do adulto. A transformação dessa realidade não pode dar-se só na criança.[...]” (FERNÁNDEZ, 1990).
A esperada transformação da educação acontecerá somente quando reconhecermos nossas responsabilidades e possibilidades educacionais, repensando as velhas práticas e instaurando novas como a interdisciplinaridade. Acontecerá quando reconhecermos a importância da criatividade, da curiosidade e da coragem de percorrer novos caminhos teóricos e metodológicos.
A enxurrada de informações e estímulos é uma dessas práticas deturpadas, pois esquecemos a qualidade da informação que está sendo transmitida e, principalmente, não são realizadas práticas que permitem a construção e apropriação do conhecimento pelo sujeito.
O afeto atravessa e transversaliza a inteligência o tempo todo. Sendo assim, na maioria dos casos não há problema do aluno em aprender, mas sim na nossa mediação enquanto professor. COMO eu ensino precisa ser substituído para como o aluno APRENDE. Ou seja, levantar os tipos de estratégias para que o sujeito incorpore a aprendizagem e traga isso para ele, proporcionando a construção de esquemas e elaboração de estratégias por meio da mediação. Explorar as formas de esquema ajuda na aprendizagem significativa.
Esse processo parte da teoria da Metacognição que estabelece alguns passos essenciais na construção de uma aprendizagem autônoma e realmente significativa, sendo eles: verbalizar implica refletir; realização de autoperguntas; levantamento de estratégias; controle do processo de soluções e por fim, tomada de consciência da própria aprendizagem.
[...] Os professores também precisam conhecer como os conhecimentos evoluem e como a inteligência se manifesta na organização de estratégias, ou seja, como os alunos aplicam conhecimentos, informações que já possuem para de adaptarem a situações novas e desequilibradoras do pensamento e da ação.[...] sem a preocupação e a obrigação de encontrar a resposta exigida, mas aquela que corresponde a suas (do aluno) condições de compreensão. (FONSECA,1995).
Encontramos nas teorias de Piaget e Vigotski subsídios importantes para a compreensão do desenvolvimento da aprendizagem. Piaget nos fala dos processos de assimilação, acomodação, equilibração e adaptação, em que o sujeito construirá esquemas mentais de conhecimento de um objeto ou qualquer coisa mediante sua interação com o ambiente, ou seja, experimentando.
No processo de assimilação ocorrerá a incorporação do novo conceito ao conhecimento prévio às estruturas cognitivas e acomodando novos esquemas. Consequentemente temos os processos de equilibração e adaptação. A natureza da construção está na desequilibração de conhecimento. Eu só desequilibro se eu problematizar, levando a novas assimilações, acomodações e adaptações.
A teoria de Vigotski prioriza a questão social como fundamento do desenvolvimento da aprendizagem. Nessa concepção a origem dos processos psicológicos superiores parte de uma reconstrução interna das atividades realizadas com o meio. Assim, entende-se que o conhecimento é construído pela aprendizagem com o outro, na cultura.
Entendemos que “[...] o professor não pode continuar a desconhecer que a aprendizagem [...] se opera no [...] sistema nervoso, segundo conexões interiorizadas de estímulos e de respostas envolvidas numa dialética e numa socialização progressiva.” (OLIVEIRA, 1998). Isto quer dizer que se torna fundamental para o professor, buscar ao entendimento dos processos de aprendizagem, sua natureza e suas relações em diferentes abordagens teóricas e suas interfaces com a neurociência da atualidade; e a partir deste contexto, buscar o diagnóstico, a intervenção das dificuldades e os distúrbios relacionados a aprendizagem dos sujeitos.
Uma grande colaboração da neuroanatomia à pedagogia foi trazer à luz os fatores que integram a aprendizagem. Segundo esta abordagem, para a aprendizagem acontecer é necessário integridades básicas das funções psicodinâmicas (aspectos psicoemocionais), integridade do sistema nervoso periférico (canais para aprendizagem simbólica), integridade do sistema nervoso central (armazenamento, elaboração e processamento da informação).
Ou seja, ao aprender, o cérebro integra fatores neurobiológicos: organização neurológica intrínseca; atenção-percepção-conceitualização; socioemocionais: interação mãe-filho, desenvolvimento perceptivo, padrões de adaptação, capacidade cognitivas, desenvolvimento da personalidade e socioculturais: envolvimento afetivo, nível socioeconômico, nutrição, cultura, facilidade de desenvolvimento. A par desse conhecimento o professor poderá propor atividades mais coerentes, respeitando as necessidades e características próprias dos sujeitos.
Mediante tudo o que já foi exposto, compreendemos que a escola e seus profissionais encontram-se em uma situação de indefinições de funções e papéis delegando a outras áreas de atuação, a outros profissionais e demais setores da sociedade responsabilidades que são inerentes à educação.
A escola tem a função de ensinar, de promover condições propícias à aprendizagem e ao desenvolvimento psicossociais dos sujeitos mediante práticas estimuladoras e conscientes. “O insucesso escolar da criança é, antes de mais nada, um insucesso social do adulto. A transformação dessa realidade não pode dar-se só na criança.[...]” (FERNÁNDEZ, 1990).
A esperada transformação da educação acontecerá somente quando reconhecermos nossas responsabilidades e possibilidades educacionais, repensando as velhas práticas e instaurando novas como a interdisciplinaridade. Acontecerá quando reconhecermos a importância da criatividade, da curiosidade e da coragem de percorrer novos caminhos teóricos e metodológicos.
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