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domingo, 30 de janeiro de 2011

Incluir o educando deficiente no Sistema de Ensino regular é desafiador - Desempenho da Inclusão e sua Variante Frente Inclusão Metodológicas na Educação Básica.

Incluir o educando deficiente no Sistema de Ensino regular é desafiador

Os educandos deficientes hoje, assim como a sociedade, vivem um momento de transição em relação às “normas e posturas", pois agora por conta das novas legislações, eles ocupam lugares antes impensáveis (o que é muito bom). A escola deveria fazer o papel do processo inicial de inclusão depois da família, no entanto a  maior dificuldade tem sido em relação ao preparo dos educadores em trabalhar com determinadas situações para as quais não foram preparados.
Como ensinar sobre tanta complexidade, inclusão, preconceito, intolerância e outras interfaces que não foram objetos de formação na academia? O princípio norteador de qualquer profissional, mais do que pelas convicções passa pela formação. Portanto o professor é vítima do despreparo social em lidar com os seus deficientes, que gozam de uma apregoada igualdade apenas em forma de leis.
Em um passado recente, os deficientes eram escondidos pelos seus familiares e era invisível para a sociedade. Isso tem mudado, não na velocidade necessária, mas temos avanços.
É preciso institucionalizar uma disciplina que trate da inclusão do deficiente no processo de formação dos educadores, será uma maneira de desmistificar mitos e dificuldades.
Não basta querer auxiliá-los em determinadas situações, é preciso conhecer para poder lidar a contento em uma sociedade dita pós- moderna, mas que ainda não aprendeu lidar com o dia-a-dia dos seus diferentes.
É possível deduzir que o olhar dos gestores, educadores e "especialistas" em grande escala continua ultrapassado, pois não é o educando deficiente que tem que ser incluído na escola, é a escola que tem que ser inclusiva, ou seja, reciclar-se continuamente, para firmar-se como verdadeiramente inclusiva.

Incluir o educando deficiente no Sistema de Ensino regular é desafiador publicado por Samuel Vasconcelos Lopes em http://www.webartigos.com






Desempenho da Inclusão e sua Variante Frente Inclusão Metodológicas na Educação Básica.

Desempenho da Inclusão e sua Variante Frente Inclusão Metodológicas na Educação Básica.

Por Vanda aparecida de Goes

Frente aos desafios ocorridos com a inclusão farei um breve levantamento sobre a linha de tempo cronológica e a trajetória da historia da comunidade surda.
Antes do Congresso, na Europa, durante o século XVIII, surgiam duas tendências distintas na educação dos surdos: o gestualismo (ou método Frances) e o oralismo (ou método alemão). A grande maioria dos surdos defendia o gestualismo enquanto que apenas os ouvintes apoiavam o oralismo. Em 1872, no Congresso de Veneza, decidiu-se o seguinte:
• O meio humano para a comunicação do pensamento e a língua oral;
• Se orientados, os surdos lêem os lábios e falam;
• A língua oral tem vantagens para o desenvolvimento do intelecto, da moral e da lingüística. O Congresso de Milão, em 1880, foi um momento obscuro na Historia dos surdos, sendo que um grupo de ouvintes, tomou a decisão de excluir a língua gestual do ensino de surdos, substituindo-a pelo oralismo ( o comitê do congresso era unicamente constituído por ouvintes). Em conseqüência disso, o oralismo foi à técnica preferida na
educação dos surdos durante fins do século XIX e grande parte do século XX.
Em plena Segunda Guerra Mundial , em 1920, antes da chegada dos nazistas ao poder, surgiu nos EUA e na Alemanha um movimento da comunidade médica, com apoio das sociedades em questão, em prol da esterilização de doentes mentais e psicopatas criminosos incluindo os surdos. Em 1933, mais tarde na Alemanha passou da esterilização para a eutanásia, tanto por razoes econômicas, como por razoes ideológicas. Em 1941, era comum o uso de eutanásia nos hospitais, onde eram mortos bebês com deficiência, incluindo surdos.O fracasso do oralismo e da comunicação total atingiu os segmentos educacionais abrindo novas perspectivas, nas pesquisas elaboradas, na década de 1970 (PEDROSO, 2001, p. 4).No processo de busca de ações que respondam as necessidades educacionais da sociedade atual,ocorre a Declaração de Salamanca, (1996), que estabelece normas na perspectiva da educação inclusiva e defende o compromisso de a escola educar cada estudante, independente de sua origem social. A Língua Brasileira de Sinais foi oficializada no Brasil no ano de 2002 pela Lei n.10.436, de 24 de abril, (BRASIL, 2002) que dispõe sobre a obrigatoriedade do seu reconhecimento como língua da comunidade dos surdos conforme o Art. 1o e seu parágrafo único. De um modo geral, reconhece o bilingüismo como o caminho educacional para nortear a educação dos surdos nos pais. O processo de regulamentar e adequar o sistema de ensino da educação brasileira foi luta junta a frente parlamentar pelos colegiados, período que iniciou na Constituinte 1934 com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) onde foi citada pela primeira vez, em 1961 que observava a importância de um ensino com qualidade e igualdade, que vigorou ate a promulgação da mais recente em 1996. Nessa perspectiva, verifica-se que a orientação educacional no Brasil, ao originar-se ligada a questão do trabalho docente, conforme referiu Garcia (2002), educador distanciou-se de uma questão maior, a do sujeito histórico. Por conseguinte, a aplicação da lei definiu o fazer do orientador educacional, demarcando o seu espaço e os avanços nesse percurso, encontram-se inúmeros eventos de orientação Educacional realizado no Brasil com o propósito de discutir acerca do papel do orientador educacional, evidentemente, insere-se nesse contexto a preocupação deste especialista em definir e redefinir o seu papel ante os desafios da contemporaneidade.
Para entendermos mais a problemática que envolve esse especialista de educação, convêm observar a ação docente e a importância da inclusão da disciplina de LIBRAS, nos cursos de licenciatura. Como observa Carvalho, (2009), a difusão da atual retórica sobre as necessidades pedagógicas de uma educação de qualidade, que defende a obtenção de competências e habilidades para uma sociedade de consumo, vem esgarçando o ideal de formar profissionais educadores, voltados para difundir e cultivar princípios éticos ligados a virtude publicas. Em pleno séc. XXI, o sistema curricular voltado para formação de professores conforme nos alerta Anísio Teixeira (São Paulo, 1976), esta na contra mão do que anseia nossos ideais acadêmicos, a uma dicotomia entre as políticas publicas e as necessidades do cotidiano acadêmico. Essa discussão torna-se importante na medida em que se assume uma concepção de linguagem prevista pelo Decreto Federal nos 5.626 e que se faz presente em grande parte dos cursos de licenciatura e formação de professores desenvolvidos em nossos pais. Lacerda, Bernardino, 2009, acrescenta a necessidade de que, nossos níveis de ensino, processos informativos, venham a ser implantados para que se possa haver profissionais formados em cursos superiores e que estes tenham como objetivos garantir, se não a especialização profissional ao menos uma formação que possa discutir as diversidades desse espaço social, a fim que os processos descritos anteriores possam a vir se tornar uma realidade. Para tanto, se faz necessário que as atividades pedagógicas se embacem nas vertentes lingüísticas de nosso código de linguagem. Que todos possuam acesso em sua integra a língua de sinais para que não se perca a naturalidade e que ela deve ser inserida garantindo a evolução que vai permitir toda a aprendizagem futura, tornando-se uma ferramenta importante para lidar com a comunidade surda, suprindo questões relacionadas ao contexto escolar.O foco na formação de professores que atuam ou irão ingressar no magistério , possibilita que tenhamos um olhar reflexivo sobre os tipos e funções de mecanismos que podem auxiliar o professor na qualificação e aprimoramento de seu fazer pedagógico. Estudiosos da trajetória da educação em nosso país colocam em xeque a formação inicial dos professores, aonde se tem uma dicotomia entre os saberes e fazeres das ações docentes, questionando se a ação educativa e eficaz em uma sociedade em constante transformação, independentemente e após cumprir a carga horária de metodologia e capaz de por em pratica sua didática com conteúdos pertinentes a sua atuação na área de inclusão. Quadros, (1997). Salienta a importância da busca e da garantia de se ter uma língua própria de sua cultura, pois, a língua de sinais e uma língua natural da comunidade surda, adquirida espontaneamente em contato com pessoas que usam essa língua. Temas pertinentes a essa nova metodologia intensifica a consistência de mecanismos informativos tanto para a formação inicial quanto a formação continuada, para que o professor tenha condições efetivas de desempenhar suas funções e que, essas precisam ser alicerçadas numa pratica investigativa em que o professor se torna pesquisador de sua própria ação. A formação do professor precisa se constitui numa das prioridades a ser assumida pelo pode publico, criando condições reais para que o professor possa estar em constante processo de atualização. Novoa (1999); Abraham (2000); Archangelo, (2004). A conscientização nesse sentido e um teste da realidade, Quanto maior a conscientização, mais se descê-la a realidade, mais se penetra na essência fenomênica do objeto ante o qual encontramos para analisá-lo. Dessa forma entendemos que não possamos estar diante de uma situação assumindo uma posição falsamente intelectual. Freire, Paulo, (1974). Infelizmente os surdos de gerações anteriores as dos bebes de hoje não brincaram e não brigaram em suas línguas, sendo que muitos deles nem mesmo conheceram bebês surdos; dessa forma, o papel de um professor que saiba das trocas que podem ocorrer nas diferentes relações e condicional, pois e função dele reconhecer o surdo como parceiro, reconhecer seus saberes, assim como fornecer vivencias que não foram possíveis na sua infância. Kyle (1999). Mais do que a aquisição de língua e da linguagem do aluno surdo, podemos oferecer um lugar de acolhimento para duvidas, angustias, dessa forma a promoção de formação de profissionais para trabalharem tendo ação , reflexão e possibilidades . A presença do professor bilíngüe na escola se converte na melhor garantia de uma eficiente educação. ‘Obrigar um grupo a utilizar uma língua diferente da própria, mas que assegura a unidade nacional contribui para que estes grupos vitimas de uma proibição, se segreguem cada vez mais da vida nacional’. (UNESCO, 1954 apud SKLIAR, 1997, p. 145).
[...] ”Necessitamos construir um sistema educativo que supere a clássica contraposição entre razão e emoção, cognição e afetividade, e que rompa com a concepção – por nós tão conhecida, que atribui ao desenvolvimento do intelecto, dos aspectos cognitivos e racionais, um lugar de destaque na educação, relegando aos aspectos emocionais e afetivos de nossa vida a um segundo plano. Assim é que a educação tradicional e os currículos escolares, ao trabalharem de maneira puramente cognitiva a matemática, a língua, as ciências, a historia, etc., acabam por priorizar apenas um desses aspectos constituintes do psiquismo humano, em detrimento do outro, ou dos outros’. (ARANTES, 2003)”.

BIBLIOGRAFIA:
ABRAHAM, Ada. El universo profissional Del ensenante. Barcelona: Editorial. 2000,
p.21-29.
ARANTES, Valéria Amorim. Afetividade na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus Editorial, 2003.
ARCHANGELO, Ana. O Amor e o ódio na vida do professor. São Paulo: Cortes,
2004.
CARVALHO, Rosita Edler. Removendo Barreiras para a Aprendizagem. Porto Alegre: Editora Mediação, 2000.
FREIRE, PAULO, Conscientização. Bueno Aires: Ed. Busqueda, 1974.
GARCIA, Maria M. A docência no discurso das pedagogias críticas. In: Hypólito,
A. M.; Garcia, M. M. A.; Vieira, J. S. Trabalho docente: Formação e identidades.
Pelotas: Seiva Publicações, 2002.
KILE, J., O Ambiente Bilíngüe. Porto Alegre, Ed. Meditação, 1999.
LACERDA, C. B.F.de GÓES. M. C. R. de (Orgs).Surdez: Processos Educativos e
Subjetividade. São Paulo: Lovise, 2000.
NÓVOA, António. O Passado e o Presente dos Professores. Portugal: porto
Editora, 1999, p.13-21.
PEDROSO
QUADROS, R . Estudos Surdos. Ll série pesquisas. Ed. Arara Azul, 2008.
SKILIAR, CARLOS. A surdez:Um Olhar Sobre as Diferenças:Porto alegre: editora: Meditação. 1998.
TEXEIRA, A. Educação no Brasil. São Paulo Editora Nacional, 1976.
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Desempenho da Inclusão e sua Variante Frente Inclusão Metodológicas na Educação Básica. publicado 20/01/2011 por vanda goes em http://www.webartigos.com

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