Marlene B. Cerviglieri
Naquela fazendinha todos eram muitos felizes!
Havia um pomar muito grande com todas as frutas que gostamos laranja, caqui, amora, jabuticaba, mexerica, enfim muitas outras mais.
Também havia uma horta repleta de vegetais e verduras fresquinhas.
Os animais eram muito bem tratados, as vacas produziam leite bastante e faziam queijos e manteiga.
No cercado dos porcos, as mamães cuidavam de seus porquinhos que recebiam comida farta. Tinha também muito espaço para poder brincar e dormir.
Era tudo que faziam, até que o papai porco resolveu que deviam ir para a escola!
Ah... Escola... pensou o porquinho mais danado da turma.
Não vou quere ir não. Fico no meio do caminho engano, mas não vou.
Para que preciso aprender a ler escrever?
E assim pensando no primeiro dia de aula, ao invés de ira para a escola, fugiu...
Correu pelos campos, comeu o que encontrou, pois seu lanche já havia acabado.
Ai percebeu que estava ficando escuro.
Onde vou dormir? Pensou.
Começou a ficar assustado, eram tantos os barulhos do campo que não conhecia!
O medo foi entrando nele devagarzinho...
Correu, correu e não encontrava um cantinho.
Acabou ficando embaixo de uma arvore muito grande.
Lá em cima os pássaros estavam espantados em vê-lo por ali e sozinho...
Quase não dormiu cada pouco acordava assustado.
Amanheceu.
Onde iria comer?Procurou e não havia nada.
Não sou coelho pensava. só tem mato.
Andou bastante e percebeu que estava perdido.
Viu uma placa no alto, mas não sabia ler!
E agora o que faço?
Começou a chorar e a correr cada vez mais.
Já cansado demais acabou dormindo.
O sol estava alto e não havia sombra.
Queria a mamãe, seus irmãos.
Nesta tristeza foi que seu pai o encontrou quase já desmaiando de fome.
Levou-o para casa sem dizer nada, pois o porquinho dormia quase que desmaiado.
A mamãe logo cuidou dele.
No outro dia já refeito, o porquinho fujão, assim ficou chamado estava muito envergonhado.
Sabe mamãe e papai, nunca mais vou fugir. Eu não sabia de tantos perigos que ainda não sei enfrentar lá fora.
Quero ir para a escola, pois sei agora como é importante saber ler e aprender coisas.
Nunca mais farei isto. E assim o porquinho fujão voltou para casa com uma lição, não vá buscar lá fora o que você tem dentro de tua casa.
Existem muitos perigos que não sabemos enfrentar ainda, mesmo sabendo muitas vezes eles nos causam prejuízos.
E afinal a escola não é um bicho papão!
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