Por LUA
Que se grite aos ventos o erro do passado
Para que perturbe os ouvidos
Para que não seja esquecido esse erro
Que a mente de quem o causou não sossegue
Que a mente de quem o defende se abra
Que se grite aos ventos o erro do passado
Para que perturbe os ouvidos
Para que não seja esquecido esse erro
Que a mente de quem o causou não sossegue
Que a mente de quem o defende se abra
e a mente de quem vai julgar esteja certa
do isso para que se faça justiça
Para os culpados haverá punição
Para quem defende haverá o dever cumprido
Para quem reza por justiça haverá...
... sim...
Um sorriso não só nos lábios
Haverá um sorriso na alma
Virá enfim o alívio
E ao fitar o céu...
Conseguiremos respirar em paz
Pois voltaremos a ver o céu limpo
Pois nesse céu o veremos
Veremos teu sorriso tão lindo
Veremos teus olhinhos tão brilhantes
Para os culpados haverá punição
Para quem defende haverá o dever cumprido
Para quem reza por justiça haverá...
... sim...
Um sorriso não só nos lábios
Haverá um sorriso na alma
Virá enfim o alívio
E ao fitar o céu...
Conseguiremos respirar em paz
Pois voltaremos a ver o céu limpo
Pois nesse céu o veremos
Veremos teu sorriso tão lindo
Veremos teus olhinhos tão brilhantes
Poema Disciplina
O trabalho começa ao romper do dia. Mas nós começamos,
um pouco antes do romper do dia, a reconhecer-nos
nas pessoas que passam na rua. Ao descobrir os raros
transeuntes, cada um sabe que está sozinho
e que tem sono — perdido no seu próprio sonho,
cada um sabe no entanto que com o dia abrirá os olhos.
Quando a manhã chega, encontra-nos estupefactos
a fixar o trabalho que agora começa.
Mas já não estamos sozinhos e ninguém mais tem sono
e pensamos com calma os pensamentos do dia
até que o sorriso vem. Com o regresso do sol
estamos todos convencidos. Mas às vezes um pensamento
menos claro — um esgar — surpreende-nos inesperadamente
e voltamos a olhar para tudo como antes do amanhecer.
A cidade clara assiste aos trabalhos e aos esgares.
Nada pode turvar a manhã. Tudo pode
acontecer e basta levantar a cabeça
do trabalho e olhar. Rapazes que se escaparam
e que ainda não fazem nada passam na rua
e alguns até correm. As árvores das avenidas
dão muita sombra e só falta a erva
entre as casas que assistem imóveis. São tantos
os que à beira-rio se despem ao sol.
A cidade permite-nos levantar a cabeça
para pensar estas coisas, e sabe bem que em seguida a baixamos. esare Pavese, in 'Trabalhar Cansa'
um pouco antes do romper do dia, a reconhecer-nos
nas pessoas que passam na rua. Ao descobrir os raros
transeuntes, cada um sabe que está sozinho
e que tem sono — perdido no seu próprio sonho,
cada um sabe no entanto que com o dia abrirá os olhos.
Quando a manhã chega, encontra-nos estupefactos
a fixar o trabalho que agora começa.
Mas já não estamos sozinhos e ninguém mais tem sono
e pensamos com calma os pensamentos do dia
até que o sorriso vem. Com o regresso do sol
estamos todos convencidos. Mas às vezes um pensamento
menos claro — um esgar — surpreende-nos inesperadamente
e voltamos a olhar para tudo como antes do amanhecer.
A cidade clara assiste aos trabalhos e aos esgares.
Nada pode turvar a manhã. Tudo pode
acontecer e basta levantar a cabeça
do trabalho e olhar. Rapazes que se escaparam
e que ainda não fazem nada passam na rua
e alguns até correm. As árvores das avenidas
dão muita sombra e só falta a erva
entre as casas que assistem imóveis. São tantos
os que à beira-rio se despem ao sol.
A cidade permite-nos levantar a cabeça
para pensar estas coisas, e sabe bem que em seguida a baixamos. esare Pavese, in 'Trabalhar Cansa'
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