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Mestra querida
O amor pela professora ajuda o pequeno aluno a virar estudante
Redação Crescer
Referência máxima na vida escolar da criança a professora das primeiras séries já não é mais chamada de tia, mas continua sendo o alvo de todo o amor dos pequenos. A situação é conhecida e desejável, pois facilita o envolvimento do aluno com a vida escolar e, conseqüentemente, favorece o aprendizado. Mas, embora haja muito de afeto puro e simples nessa relação, ela também é determinada pela dependência da criança, que precisa do apoio e da atenção da professora, e dos pais, para amadurecer e aprender até mesmo a ser um estudante."A passagem da escola infantil para a fundamental causa muito impacto nos pequenos: muda o ambiente físico, muda a exigência intelectual e muda a atitude da professora. A criança fica carente, insegura, e busca satisfação na professora, apegando-se a ela", explica Neide Saisi, professora da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, que atua na formação de educadores. "Na primeira e segunda séries, a criança ainda é pouco autônoma e precisa do adulto, o professor, que está trazendo um mundo novo para ela", observa Vânia Marincek, diretora pedagógica do ensino fundamental da Escola da Vila, em São Paulo.
Dependência e maturidade
A diferença do contato com a "tia" da escola infantil e com a professora é tão impactante que os pequenos precisam se aproximar dela até fisicamente. "Eles querem se certificar da relação o tempo todo: se passarem dez vezes pela professora, fora da sala de aula, dez vezes eles vão cumprimentá-la", conta Vânia. Por isso, nessas séries iniciais, o educador tem mesmo de levar em conta o afeto infantil. "A criança faz o dever de casa, por exemplo, muito mais para agradar à professora do que pela noção de responsabilidade, que ainda não está consolidada", explica Vânia.Compreendendo esse processo, os pais podem ajudar o filho, envolvendo-se com a vida escolar e colaborando, por exemplo, na organização dos deveres. É assim que ele vai adaptando-se à escola e tornando-se de fato um estudante, mais seguro e menos dependente do professor, como Bruno, de 8 anos. "Ele adorava a professora da primeira série e quando nos mudamos de cidade foi uma tristeza. Agora, na segunda série, ele gosta da professora também, mas está mais maduro e já disse que não vai ter problemas se houver outra mudança", conta a mãe, a médica Cláudia de Almeida Nunes.
Educação afetiva
A inabilidade dos adultos para lidar com a carência da criança recém-saída da escola infantil e ajudá-la a superar a insegurança pode levar ao desinteresse pelo estudo. "Não é à toa que a criança desgosta é da escola fundamental. Ela gosta da infantil porque é mais bem atendida", observa a pedagoga Neide Saisi. Acontece que as necessidades afetivas que são consideradas na escola infantil permanecem para toda a vida, embora em escala diferente. "O ser humano precisa de reconhecimento e valorização sempre. Os grandes educadores são os que ercebem isso", alerta a professora.
Dependência e maturidade
A diferença do contato com a "tia" da escola infantil e com a professora é tão impactante que os pequenos precisam se aproximar dela até fisicamente. "Eles querem se certificar da relação o tempo todo: se passarem dez vezes pela professora, fora da sala de aula, dez vezes eles vão cumprimentá-la", conta Vânia. Por isso, nessas séries iniciais, o educador tem mesmo de levar em conta o afeto infantil. "A criança faz o dever de casa, por exemplo, muito mais para agradar à professora do que pela noção de responsabilidade, que ainda não está consolidada", explica Vânia.Compreendendo esse processo, os pais podem ajudar o filho, envolvendo-se com a vida escolar e colaborando, por exemplo, na organização dos deveres. É assim que ele vai adaptando-se à escola e tornando-se de fato um estudante, mais seguro e menos dependente do professor, como Bruno, de 8 anos. "Ele adorava a professora da primeira série e quando nos mudamos de cidade foi uma tristeza. Agora, na segunda série, ele gosta da professora também, mas está mais maduro e já disse que não vai ter problemas se houver outra mudança", conta a mãe, a médica Cláudia de Almeida Nunes.
Educação afetiva
A inabilidade dos adultos para lidar com a carência da criança recém-saída da escola infantil e ajudá-la a superar a insegurança pode levar ao desinteresse pelo estudo. "Não é à toa que a criança desgosta é da escola fundamental. Ela gosta da infantil porque é mais bem atendida", observa a pedagoga Neide Saisi. Acontece que as necessidades afetivas que são consideradas na escola infantil permanecem para toda a vida, embora em escala diferente. "O ser humano precisa de reconhecimento e valorização sempre. Os grandes educadores são os que ercebem isso", alerta a professora.
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