SÓ E FELIZ
Estou sozinho, mas não estou só.Eu ando pela estrada tortuosaque me leva à cidade onde nasci,assim como eu ando pela vida,sabendo onde quero chegar.
Por mais que existam pontes caídas,eu sei onde vou chegar.
Estou sozinho, mas não estou só.Nesta estrada,meus pensamentos me acompanham.Esta presença viva das pessoas que amo,de quem me ama.
Para mim,viver tem uma única finalidade:ser feliz.
Assim, agora,neste momentoem que estou na estrada...sozinho...,estou feliz.Porque estou sozinho,mas não estou só.
Da Lágrima
A lágrima é um encontro com a origem.
São gotas de nós, corpos aquáticos,
Sentimentais, oscilantes vertigens.
Humilde rebento de nós,
Que busca a terra, os oceanos, as praias,
Como quem busca o ventre de GAIA.
São gotas de nós, corpos aquáticos,
Sentimentais, oscilantes vertigens.
Humilde rebento de nós,
Que busca a terra, os oceanos, as praias,
Como quem busca o ventre de GAIA.
MUTANTE
VIVO NESTE MUNDO MUTANTE
NO QUAL, A CADA INSTANTE
NÃO SOU MAIS EU.
NO ENTANTO, SOU
NESTA REDE DE VIDA,
QUE ME FAZ CONSTANTE,
UM FRUTO DO AMOR
QUE ME FAZ FELIZ.
NO QUAL, A CADA INSTANTE
NÃO SOU MAIS EU.
NO ENTANTO, SOU
NESTA REDE DE VIDA,
QUE ME FAZ CONSTANTE,
UM FRUTO DO AMOR
QUE ME FAZ FELIZ.
Das rimas
Um dia busquei a rima
Como criança que busca
Os olhos brilhantes,
O corpo estonteante
Daquela linda prima.
Imaginava nela a musa,
A estrela do amanhecer,
O cometa radiante
Noturno, inebriante,
Sem calça, sem blusa.
Mas o tempo passou
Entre sonhos e realidades.
A musa desmanchou-se,
dando lugar às emoções.
As palavras brotam
como lágrimas de alegria
ou tristezas soluçantes,
Permitindo-se,
No instante,
Um surto de saudade,
A eventual rima,
Que retorna,
Não como norma,
Mas como sonho de liberdade
Como criança que busca
Os olhos brilhantes,
O corpo estonteante
Daquela linda prima.
Imaginava nela a musa,
A estrela do amanhecer,
O cometa radiante
Noturno, inebriante,
Sem calça, sem blusa.
Mas o tempo passou
Entre sonhos e realidades.
A musa desmanchou-se,
dando lugar às emoções.
As palavras brotam
como lágrimas de alegria
ou tristezas soluçantes,
Permitindo-se,
No instante,
Um surto de saudade,
A eventual rima,
Que retorna,
Não como norma,
Mas como sonho de liberdade
Das perdas
Em cada dia que vivo
Construo significados,
Símbolos espalhados
Na poeira dos crivos.
Aquilo que era ontem
Não segue sendo hoje.
Guardo na lembrança
Uma saudade passada,
Uma perda deixada
No rumo da mudança.
Na vida tudo muda,
Logo, tudo se perde.
Mesmo que da aurora
O dia se faz luminoso,
Fica o gosto saudoso
Da noite de outrora.
Na morte o sentido,
Na vida o significado.
De perda e vitória,
De morte e alegria,
Verdade e alegoria,
Derrotas e glórias.
A cada momento
Perco, porque vivo.
Perdendo e ganhando!
Do luto do momento
Desfaço o tormento
Que vai me acossando.
O que foi se perdeu,
O que virá se perderá.
Só tenho o agora,
Este instante fugidio,
Qual as águas do rio
Que se vão embora.
O amor de hoje
Será saudade amanhã.
Construo significados,
Símbolos espalhados
Na poeira dos crivos.
Aquilo que era ontem
Não segue sendo hoje.
Guardo na lembrança
Uma saudade passada,
Uma perda deixada
No rumo da mudança.
Na vida tudo muda,
Logo, tudo se perde.
Mesmo que da aurora
O dia se faz luminoso,
Fica o gosto saudoso
Da noite de outrora.
Na morte o sentido,
Na vida o significado.
De perda e vitória,
De morte e alegria,
Verdade e alegoria,
Derrotas e glórias.
A cada momento
Perco, porque vivo.
Perdendo e ganhando!
Do luto do momento
Desfaço o tormento
Que vai me acossando.
O que foi se perdeu,
O que virá se perderá.
Só tenho o agora,
Este instante fugidio,
Qual as águas do rio
Que se vão embora.
O amor de hoje
Será saudade amanhã.
DO HEROI APRENDIZ
Sem revista, sem gibi,
sem livro, sem filme.
Um rosto disperso
na contingência dos dias.
Simplesmente,
transformando a dor em sorriso,
o feio em belo,
destroçando castelos e muralhas
que escondem o sentimento humano.
Espalhando raios
de seus poderes de paz e luz;
com amor e sabedoria.
2007
sem livro, sem filme.
Um rosto disperso
na contingência dos dias.
Simplesmente,
transformando a dor em sorriso,
o feio em belo,
destroçando castelos e muralhas
que escondem o sentimento humano.
Espalhando raios
de seus poderes de paz e luz;
com amor e sabedoria.
2007
A VOZ E O CANTO
Que voz traz o canto notívago?
Que canto traz a voz enternecida?
Será mais linda que a noite vaga
essa voz e esse canto nativo!
Nativos sonhos em vestes sentidas
que voam suaves na brisa vadia.
Busco em barco a Bela Adormecida,
em sonhos de barro e barrancas,
nos serenos, suaves ou sombrios,
nos caminhos de areias brancas.
Por mais linda que seja a fissura
que o teto de luzes me traz,
mais fundo me fala a cantiga
que flutua num canto de sala
e que me traz um pouco de paz.
Versos vertem na voz do poeta
que partilha pedaços de sentimentos.
Sentinelas solenes do casamento
de dois pombos de belas virtudes:
o canto e a voz continuam voando,
por noites e dias descortinando
o universo do único amor.
22/07/1985
Que canto traz a voz enternecida?
Será mais linda que a noite vaga
essa voz e esse canto nativo!
Nativos sonhos em vestes sentidas
que voam suaves na brisa vadia.
Busco em barco a Bela Adormecida,
em sonhos de barro e barrancas,
nos serenos, suaves ou sombrios,
nos caminhos de areias brancas.
Por mais linda que seja a fissura
que o teto de luzes me traz,
mais fundo me fala a cantiga
que flutua num canto de sala
e que me traz um pouco de paz.
Versos vertem na voz do poeta
que partilha pedaços de sentimentos.
Sentinelas solenes do casamento
de dois pombos de belas virtudes:
o canto e a voz continuam voando,
por noites e dias descortinando
o universo do único amor.
22/07/1985
A VIDA NÃO TEM SENTIDO
A vida não tem sentido.
Não busco nada.
Flutuo no Universo
exportando entropia,
construindo meu mundo
com ciência e fantasia,
demolindo certezas
com destreza
e poesia.
A vida não tem sentido.
Não busco nada.
Só o que faz sentido
é o carinho, o afago,
o gesto amoroso,
os sonhos que trago
os versos perdidos,
canto esquecido
do pago.
A vida não tem sentido.
Não busco nada.
Não posso buscar
o tempo não parido:
somente vivê-lo.
Construindo sentidos,
plantando amores,
lindas flores
e amigos.
2007
Não busco nada.
Flutuo no Universo
exportando entropia,
construindo meu mundo
com ciência e fantasia,
demolindo certezas
com destreza
e poesia.
A vida não tem sentido.
Não busco nada.
Só o que faz sentido
é o carinho, o afago,
o gesto amoroso,
os sonhos que trago
os versos perdidos,
canto esquecido
do pago.
A vida não tem sentido.
Não busco nada.
Não posso buscar
o tempo não parido:
somente vivê-lo.
Construindo sentidos,
plantando amores,
lindas flores
e amigos.
2007
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