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domingo, 21 de novembro de 2010

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O ESPANTALHO E A ESPIGA

Marlene B. Cerviglieri


Era uma vez uma cidade muito bonita, onde as famílias viviam muito felizes! As casas eram grandes, os quintais todos plantados com árvores de muitas frutas que se chamava o pomar. Além deste pomar havia também uma área muito grande toda plantada de milho e cana.
As crianças tinham animais de estimação como cachorrinhos, porquinhos e filhotes de cavalo também. Todos aprendiam cedo a montar num cavalo, sabiam tirar leite da vaca e cuidar dos bezerrinhos até uma certa idade. Tinham suas tarefas, mas nem por isso deixavam de ir a escola.
Saiam de casa cedo e caminhavam até lá, levando seus lanches nas mochilas, só voltando na hora do almoço. Estavam todos muito felizes com a preparação da festa junina que sempre era muito bonita e cheia de atividades. Faziam os pares e a professora os treinava na famosa quadrilha.
Cantavam também em duplas tocando violão, pois aprendiam com os pais., que também dançavam a quadrilha. Havia doces e salgados de todos os tipos, principalmente de milho que era o que plantavam. No meio desta algazarra toda, existia uma pessoa que andava meio triste. Ah...quem seria? Acredite se quiser, o Sr. Espantalho...
É, ele ficava no meio do milharal para espantar os pássaros que vinham bicar as espigas, afugentando-os. Uma manhã salvou uma bela Espiga de Milho que vários pássaros estavam espreitando.
- Obrigado, Sr.Espantalho, por ter me salvado.  Estou muito grata.
Era muito educada esta Espiga sempre agradecia e pedia por favor, pois assim aprendera com seus pais.
- Posso fazer alguma coisa pelo senhor?
- Pensando bem, pode sim, respondeu o Sr. Espantalho.
- Pois diga então...
Chegou-se até ela e falou bem baixinho perto de seu ouvido.
Oh...oh.. repetia a Espiga.
- E então aceita?
- Sim de minha parte tudo bem, mas vou pedir permissão para minha mamãe.
E assim chegou o dia da Festa Junina no Arraial. Quase toda a cidade estava lá, comendo bebendo o suco de cidra quentinha e cantando. Foi anunciada a primeira quadrilha. Vieram as crianças e foi muito bonito tudo. Veio a segunda dos pais, foi também muito bonita. Ai chegaram os pares para cantarem as modas de viola. Estavam  no palco todo feito com os caixotes das frutas, enfeitado com bandeirinhas, e um  bambu enorme em forma de arco e muito enfeites com legumes e espigas de milho.

Era o costume, pois também agradeciam a colheita que haviam tido, por isso usavam estes enfeites. Mas eis que de repente, no meio da música que estavam  cantando, apareceu quem? O Sr espantalho e a Espiga de Milho... Dançaram muito bem e bastante até o final quando já o chapéu dele escorregava da cabeça... Estavam   lindos os dois, a Espiga toda enfeitada e de trancinhas.
Todos os presentes adoraram e bateram muitas palmas, eu diria que mais para eles do que para a quadrilha. Foi então que as crianças entraram no meio fizeram uma roda e os colocaram dentro. É não devíamos ter esquecido deles, afinal fazem parte da família da cidade e nos ajudaram bastante. A festa prosseguiu animada o resto da tarde.
A lição ficou, mesmo que pareçam insignificantes certas coisas são importantes em nossas vidas, como por exemplo...


A LENDA DO PÁSSARO URUI
Marlene B. Cerviglieri
 A aldeia ficava bem no meio das encostas de montanhas altas redondas e cheias de vegetação. O povo era simples, viviam de pequenas plantações e algum gado. Era difícil manter gado, pois o solo era íngreme bem alterado e, quase sempre um boi ou uma vaca despencava da estrada. Criavam mais galinhas, porcos e algumas ovelhas. A vida era muito simples e de muito trabalho. Todos tinham suas tarefas até as crianças. Existia apenas uma igreja na cidade a qual frequentavam todos principalmente aos domingos, dia de menos trabalho.
Tudo era muito pacato naquela cidade até que começaram a surgir estórias sobre um tal pássaro, o Urui. O que contavam era que o tal pássaro, grande de cor azulada e bico muito afiado, gostava de arrancar os olhos de bichos e de pessoas também. Foi o bastante para que os pais, preocupados com suas crianças, proibissem seus filhos de irem mais longe do que o pátio de casa.
Os filhos acostumados a irem para as montanhas, nadar nas nascentes ficaram muito tristes com a tal estória. Certo dia, Elias que era um rapazinho já nos seus doze anos, convidou dois amigos e resolveram tirar isto a limpo. Foram até lá procurar o tal pássaro. Assim sendo, uma manhã ao invés de irem levar a carroça de feno para o posto onde deviam ir, pegaram o caminho de uma das montanhas.
Embrenharam-se pela vegetação falando e imaginado o que poderiam encontrar. Não sentiam medo, mas usavam bonés para em caso de um ataque do pássaro esconderem os olhos. Andaram bastante e ficaram cansados. Resolveram descansar embaixo de uma frondosa e enorme árvore. Haviam levado pão e linguiça e começaram a comer. Quando já estavam satisfeitos, recostaram-se e tiraram um cochilo.
Todos estavam quase dormindo, menos Elias que ficara atento. Daí percebeu que alguma coisa se aproximava. Ficou alerta. Esperou e não disse nada.
- Será, meu Deus, que é ele?
Assim ficou quietinho e viu quando um pássaro desceu da árvore e veio até o chão comer as migalhas de pão. Ficou quietinho e observou bem o pássaro. Grande quase de cor preta, era um azul bem escuro, pernas longas, bico grande e comprido. Mas e os olhos? Credo, quase nem se via os olhos de tão pequeninos!
Começou então a notar a dificuldade do pássaro em encontrar as migalhas que estavam no chão.
- Parece que ele não enxerga!
E para seu espanto o pássaro veio para perto dele. Elias não se mexeu. O pássaro parecia querer sentir o menino. Subiu por seu braço, chegando até seu ombro. Elias permanecia duro de medo. E pensava: é agora vai me arrancar os olhos!
Mas o pássaro nada fez e catou as migalhas que ainda estavam em suas roupas. Elias percebeu a dificuldade e então o pássaro saiu voando para a árvore.
- Será mesmo o que estou pensando?
E era mesmo verdade. Voltando para a aldeia contaram para os pais o que havia passado. Resolveram montar uma arapuca e pegar o pássaro, já que parecia tão manso. Assim o fizeram no fim de semana. Trouxeram-no, e o mantiveram numa grande gaiola.  Observaram-no tempo todo. Certo dia porém, o gato da casa chegou perto da gaiola. E o Urui não teve dúvidas: Furou-lhe um olho. O Urui  sentiu a ameaça e defendeu-se. Como não enxerga bem, ataca para se defender.
Mesmo assim até hoje a Lenda existe, e muitas crianças e até pessoas tem receio de ir para a mata sem uma proteção para os olhos. Encontrar o pássaro Urui, credo Deus Pai! Coisas de aldeias, estórias de montanheses.

Marlene B. Cerviglieri
O GATO SORRATEIRO

Marlene B. Cerviglieri



O gato sorrateiro
O aquário foi cheirar
Com a água gelada
Só pode suspirar!

Não desiste o bichano
Volta a carga, devagar
E como de imediato
Gelado se fez ficar...

Mia, Mia meu gatinho
Deixa eu te enxugar
Aprenda a lição
E no seu canto vá nanar...

Marlene B. Cerviglieri



O Piano e as Teclas

Marlene B. Cerviglieri

A sala era muito grande, toda circundada pelas janelas altas, com vidros coloridos.Quando o sol batia ali parecia que um grande arco íris estava dentro da sala. Era ali, que estava o imenso piano. De cor preta com imensa cauda brilhando sempre. O banquinho que sempre o acompanhava era da mesma cor, preto brilhante e com o estofado vermelho. Orgulhava-se de acompanhar o piano seu grande senhor. Por cima deste não havia nada.Não colocavam vasos nem porta retratos que era para não arranhar o móvel tão maravilhoso. E o som que dali saia então, era divino. Mas com tudo isto o piano estava triste. O som já não era o mesmo. O que estaria acontecendo?
O banquinho andava meio nervoso, pois percebendo toda esta tristeza não podia fazer nada. Ah, pensou, vou perguntar direto para ele. Assim o fez.
- Diga-me senhor piano o que está acontecendo? Sinto sua tristeza seu som não está igual.
- É, meu amigo, as coisas não vão bem.
- Por quê? Posso saber ou ajudar?
- Agradeço a atenção, banquinho, mas já falei até com o pedal que lá debaixo vê tudo. Até as cordas já me perguntaram o que estaria acontecendo. Sei o que é mas duvido que eu consiga resolver.
- Diga-me então, quem sabe posso ajudar.
- São as teclas, meu caro. Estão brigando entre elas por causa da flanelinha. Não querem mais a flanelinha encima delas o tempo todo. Assim sendo ficam irritadas e não prestam atenção no serviço. Não tenho culpa já disse a elas, mas está difícil. Estão misturando tudo, até as teclinhas pretas entraram no joguinho delas.
- Ah, sr Piano, e agora o que vai fazer?
- Não sei, estou pensando ainda para ver se resolvo o caso.
Passaram-se alguns dias e a situação era a mesma.
Foi então que na sala apareceu o espanador. Grande com seus penachos tirando o pó de tudo.
- Pronto está aí a solução, vou pedir para que ele ajude as teclas, poderemos então retirar a flanelinha.
E assim foi feito. Estavam livres sem a flanelinha agora, já podiam trabalhar. Mas no cantinho da sala a flanelinha toda sentida chorava o lugar que havia perdido. Com que carinho cobrira as teclas por muitos anos, e agora não servia para mais nada. Foi então que alguém ali na sala disse:
- Puxa, que maravilha era a flanelinha que eu estava procurando! Gosto de ter uma sempre no meu carro e esta é ótima!
E lá se foi a flanelinha toda contente, pois iria ser útil novamente. É amiguinho, precisamos tomar cuidado para não fazermos trocas desnecessárias, magoando até quem nos ajudou por muito tempo. Mas pensando bem sempre há alguém que precisa do que descartamos. É sempre melhor dar do que jogar fora.
Ah, as teclas se arrependeram, pois o espanador era meio brusco e muitas vezes arranhava as pobrezinhas que já sentiam falta da flanelinha sempre macia e delicada.
Portanto preste muita atenção numa possível troca, quando estamos muito bem e procuramos novidades às vezes mais tarde reconhecemos que tínhamos o melhor.

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