SEUS FILHOS
- Filhos de pais separados correm o risco de ter baixo desempenho escolar
Essa foi uma das conclusões de um estudo brasileiro, coordenado pelo Instituto Glia, e que será apresentado durante congresso sobre neurologia infantil em Ribeirão Preto-SP. Saiba mais e veja outros pontos que serão discutidos no evento
Simone Tinti
Como se não bastasse o estresse causada pela separação dos pais, um estudo brasileiro, coordenador pelo Instituto Glia, mostra mais um risco para o desenvolvimento infantil: baixo desempenho escolar. Ao todo, os pesquisadores questionaram pais e professores de 5961 crianças e adolescentes (na faixa de 5 a 18 anos) de 17 estados. Mas se você passou - ou está passando - por um divórcio não precisa ficar tão preocupado. “O estudo mostra que há um risco, sim, mas não que seja uma causa do baixo rendimento na escola”, explica Marco Antonio Arruda, neurologista da infância e adolescência e coordenador da pesquisa.
Uma saída para controlar esse risco? Ficar perto das crianças durante o processo de divórcio. “Os pais devem preservar o filho o máximo possível e saber que, nesse momento, vão precisar dar mais atenção às crianças do que o habitual”, diz Arruda.
Esses dados fazem parte de um estudo maior, chamado Atenção Brasil, em que os pesquisadores avaliaram possíveis dificuldades emocionais, problemas de conduta, hiperatividade e desatenção, problemas com os colegas e comportamento pró-social (empatia) das crianças. E como o objetivo final é orientar os pais e professores sobre a boa saúde mental das crianças, o instituto criou uma cartilha, disponível para download gratuito no site do projeto. Como explica Arruda, saúde mental é um estado de bem estar no qual a pessoa está apta a exercer suas habilidades, superar as dificuldades da vida, poder estudar e trabalhar de forma produtiva, colaborando com sua comunidade. “Ou seja, é mais do que apenas não ter uma doença mental”, diz o neurologista.
A pesquisa foi desenvolvida em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), a universidade La Sapienza (de Roma, Itália) e o Albert Einstein College of Medicine (de Nova York, Estados Unidos).
Uma saída para controlar esse risco? Ficar perto das crianças durante o processo de divórcio. “Os pais devem preservar o filho o máximo possível e saber que, nesse momento, vão precisar dar mais atenção às crianças do que o habitual”, diz Arruda.
Esses dados fazem parte de um estudo maior, chamado Atenção Brasil, em que os pesquisadores avaliaram possíveis dificuldades emocionais, problemas de conduta, hiperatividade e desatenção, problemas com os colegas e comportamento pró-social (empatia) das crianças. E como o objetivo final é orientar os pais e professores sobre a boa saúde mental das crianças, o instituto criou uma cartilha, disponível para download gratuito no site do projeto. Como explica Arruda, saúde mental é um estado de bem estar no qual a pessoa está apta a exercer suas habilidades, superar as dificuldades da vida, poder estudar e trabalhar de forma produtiva, colaborando com sua comunidade. “Ou seja, é mais do que apenas não ter uma doença mental”, diz o neurologista.
A pesquisa foi desenvolvida em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), a universidade La Sapienza (de Roma, Itália) e o Albert Einstein College of Medicine (de Nova York, Estados Unidos).
Filhos de pais separados: Cada idade, uma reação
Para saber como seu filho vai lidar com o fato e adaptar a família à nova vida, você precisa entender exatamente em qual fase de desenvolvimento a criança está
Marina Vidigal
Este mês foi confirmado na imprensa que a atriz Danielle Winits se separou do ator Cássio Reis, com quem teve Noah, de 2 anos. Em entrevista aos tabloides, o casal afirmou que a maior preocupação era o bem-estar do filho. E de fato são as crianças as que mais sentem com os novos rumos que os pais decidem tomar.
Ao se separar, o casal tem de buscar toda a maturidade possível para encaminhar bem a reação dos filhos à nova fase que se inicia. E, por mais que os pais sejam cuidadosos, a rotina muda. Bebês ficam agitados, crianças pequenas voltam a fazer xixi na cama e crianças crescidas passam a dar problemas na escola. Mas, bola pra frente. Separação não é só drama: se a decisão aconteceu, ajudar os filhos a encarar a nova fase será importante para todos.
Ao se separar, o casal tem de buscar toda a maturidade possível para encaminhar bem a reação dos filhos à nova fase que se inicia. E, por mais que os pais sejam cuidadosos, a rotina muda. Bebês ficam agitados, crianças pequenas voltam a fazer xixi na cama e crianças crescidas passam a dar problemas na escola. Mas, bola pra frente. Separação não é só drama: se a decisão aconteceu, ajudar os filhos a encarar a nova fase será importante para todos.
Coma ajuda de especialistas, podemos dizer que há uma forma de preparar a criança conforme a idade dela. Vai depender da fase do desenvolvimento, da dinâmica da família e, claro, de como isso será conduzido pelos adultos. Por isso, cada faixa etária pede um tipo de cuidado e uma abordagem. “Acompanhadas de demonstrações de afeto, de amor, cuidado, carinho e respeito, essas atitudes fazem toda a diferença para as crianças”, garante o psicólogo Ricardo Muratori. Dividimos aqui as reações mais comuns e uma série de orientações baseadas nas idades das crianças. É claro que isso pode variar muito, mas serão dicas preciosas nesse delicado momento familiar. E mais: a separação do casal não precisa ser motivo para mais culpa em relação aos filhos. Mas deve ser encarada com responsabilidade e como uma nova chance para todos.
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