Rafael Cabral CruzSão Gabriel/RS - Brasil, 46 anos
SINFONIA DE AMOR
Quero fazer um poema para cada parte de teu corpo:
de cada toque, um verso,
de cada beijo, uma estrofe,
de cada carícia
uma palavra de amor enternecida.
Quero compor uma música para cada gesto de teu corpo:
pra cada olhar, uma valsa,
pra cada abraço, uma salsa,
pra cada noite nua
uma sinfonia de amor enlouquecida.
Quisera ter o dom de Neruda
e os sentidos de Beethoven
para te conduzir aos céus!
Como não tenho asas pra voar,
me abrace, feche os olhos
e deixe meu sonho te levar!
06/06/2008
de cada toque, um verso,
de cada beijo, uma estrofe,
de cada carícia
uma palavra de amor enternecida.
Quero compor uma música para cada gesto de teu corpo:
pra cada olhar, uma valsa,
pra cada abraço, uma salsa,
pra cada noite nua
uma sinfonia de amor enlouquecida.
Quisera ter o dom de Neruda
e os sentidos de Beethoven
para te conduzir aos céus!
Como não tenho asas pra voar,
me abrace, feche os olhos
e deixe meu sonho te levar!
06/06/2008
Rafael Cabral Cruz
DO SORRISO
Teu sorriso são vagas perfeitas
que me envolvem, retorcem,
acariciam, massageiam.
Meus olhos encantados,
que me alucinam, mareiam,
escorrem, entorpecem....
Explodem!
.....................
Sobe ao céu
uma nuvem
de meu olhar
esfumaçado...
Desce um véu
de neblina
no teu olhar
iluminado...
06/06/2008
que me envolvem, retorcem,
acariciam, massageiam.
Meus olhos encantados,
que me alucinam, mareiam,
escorrem, entorpecem....
Explodem!
.....................
Sobe ao céu
uma nuvem
de meu olhar
esfumaçado...
Desce um véu
de neblina
no teu olhar
iluminado...
06/06/2008
Busco teu cheiro!
Meu amor por ti é feito loucura,
rios de sensações alucinantes,
de águas cristalinas e puras
que deslizam espumas dançantes...
Meu amor é feito de abraços,
corpos quentes, suados, arfantes,
juras de amor, prazer e cansaços,
lágrimas de gozo lancinantes...
Busco teu cheiro, tuas texturas...
Gosto do teu sal e tua doçura,
entre toques e línguas deslizantes...
Me encontro e me perco no teu colo
e, como filho que busca consolo,
repouso do cansaço dos amantes...
10/03/2008
rios de sensações alucinantes,
de águas cristalinas e puras
que deslizam espumas dançantes...
Meu amor é feito de abraços,
corpos quentes, suados, arfantes,
juras de amor, prazer e cansaços,
lágrimas de gozo lancinantes...
Busco teu cheiro, tuas texturas...
Gosto do teu sal e tua doçura,
entre toques e línguas deslizantes...
Me encontro e me perco no teu colo
e, como filho que busca consolo,
repouso do cansaço dos amantes...
10/03/2008
Noturnas IV
Enquanto o sereno resvala na janela,
a lua desliza no escuro firmamento,
meu peito pula, saltita sentimentos,
e dança, como a chama de uma vela.
Se o cursor chama, no branco da tela,
logo respondo alucinadamente,
meus dedos dançam simplesmente
teclando palavras singelas.
Lá no quarto, tão longe e perto,
me chama a mulher amada:
- Porque estás ainda desperto?
- Descanso nas telas a vontade
de amar-te, mulher desejada,
em loucas noites de felicidade!
São Gabriel, 09 de fevereiro de 2008.
a lua desliza no escuro firmamento,
meu peito pula, saltita sentimentos,
e dança, como a chama de uma vela.
Se o cursor chama, no branco da tela,
logo respondo alucinadamente,
meus dedos dançam simplesmente
teclando palavras singelas.
Lá no quarto, tão longe e perto,
me chama a mulher amada:
- Porque estás ainda desperto?
- Descanso nas telas a vontade
de amar-te, mulher desejada,
em loucas noites de felicidade!
São Gabriel, 09 de fevereiro de 2008.
DO DESEJO
Teus olhos tem desejos,
luzes castanhas cintilantes,
que me despertam,
envolvem-me
amantes.
Tua pele tem desejos,
vales dourados deslizantes,
que me agitam,
entortam-me
vibrantes.
E, assim,
desejo teu desejo.
Amo teu corpo
e tua luz.
Na loucura
de te querer
e de me dar,
de ser e não ser,
e, mesmo assim,
continuar sendo
para ti....
Meu grande amor,
desejo desejar-te,
nos teus vales deslizantes,
no suor de dois amantes...
Até que a lágrima derradeira,
de um olhar apaixonado,
deslize no vale de madeira,
seque no calor da fogueira
e volte ao ar que respiras:
uma última aliança
de nosso amor iluminado!
Porto Alegre, 12 de janeiro de 2008.
Para Sônia
luzes castanhas cintilantes,
que me despertam,
envolvem-me
amantes.
Tua pele tem desejos,
vales dourados deslizantes,
que me agitam,
entortam-me
vibrantes.
E, assim,
desejo teu desejo.
Amo teu corpo
e tua luz.
Na loucura
de te querer
e de me dar,
de ser e não ser,
e, mesmo assim,
continuar sendo
para ti....
Meu grande amor,
desejo desejar-te,
nos teus vales deslizantes,
no suor de dois amantes...
Até que a lágrima derradeira,
de um olhar apaixonado,
deslize no vale de madeira,
seque no calor da fogueira
e volte ao ar que respiras:
uma última aliança
de nosso amor iluminado!
Porto Alegre, 12 de janeiro de 2008.
Para Sônia
AMOR E POENTE
No céu os pássaros dançam,
a brisa assobia nos varais.
O sol vai caindo no poente
e a tua luz chega docemente
por entre as sombras dos quintais.
A carícia do vinho aveludado...
Aveludadas nuvens voam suaves
e teu corpo chega de repente,
no vento que vem lá do poente,
flor e perfume das tardes.
Clara flor da primavera!
Branca flor do meu jardim!
Vento! Traz a mim esta saudade,
enche de sonhos esta cidade,
traz minha flor p’ra perto de mim!
24/11/1986
a brisa assobia nos varais.
O sol vai caindo no poente
e a tua luz chega docemente
por entre as sombras dos quintais.
A carícia do vinho aveludado...
Aveludadas nuvens voam suaves
e teu corpo chega de repente,
no vento que vem lá do poente,
flor e perfume das tardes.
Clara flor da primavera!
Branca flor do meu jardim!
Vento! Traz a mim esta saudade,
enche de sonhos esta cidade,
traz minha flor p’ra perto de mim!
24/11/1986
REENCONTRO
É BOM TE VER DE NOVO,
POR ENTRE OS SONHOS
QUE FIZERAM PÓ
NA NOSSA ESTRADA.
É BOM TE VER GUERREIRA,
POR ENTRE AS LUTAS
QUE CANTAMOS SÓS
NAS MADRUGADAS.
VER A FACE NUA DA VIDA....,
(A NOITE VEM TRAZENDO A LUA
E O PASSARINHO ERGUEU A SUA VOZ,
E AS SUAS ASAS VOAM ALTO,
O CÉU VIROU SEU NINHO...).
EU VOU SOLTAR A VOZ,
O TEU SILÊNCIO SERÁ MEU ALTAR,
E NO CARINHO DESTE TEU OLHAR
EU ME OFEREÇO PARA O TEU AMOR.
É BOM TE VER GUERREIRA,
POR ENTRE OS SONHOS
QUA CANTAMOS SÓS
NA NOSSA ESTRADA.
É BOM TE VER DE NOVO,
POR ENTRE AS LUTAS
QUE FIZERAM PÓ
NAS MADRUGADAS.
SOBRE A FACE NUA DA TERRA,
(A NOITE VEM TRAZENDO O FRIO,
E O TEU CALOR BUSCOU O MEU ABRIGO,
AS TUAS ÂNSIAS
ENCHARCARAM O CORPO DE SUOR).
EU VOU GANHAR O TEMPO,
O MEU SILÊNCIO SERÁ TEU ALTAR,
E NO OCASO DESTE MEU CANTAR,
TU TE OFERECE PARA O MEU AMOR.
ABRIL/1988
POR ENTRE OS SONHOS
QUE FIZERAM PÓ
NA NOSSA ESTRADA.
É BOM TE VER GUERREIRA,
POR ENTRE AS LUTAS
QUE CANTAMOS SÓS
NAS MADRUGADAS.
VER A FACE NUA DA VIDA....,
(A NOITE VEM TRAZENDO A LUA
E O PASSARINHO ERGUEU A SUA VOZ,
E AS SUAS ASAS VOAM ALTO,
O CÉU VIROU SEU NINHO...).
EU VOU SOLTAR A VOZ,
O TEU SILÊNCIO SERÁ MEU ALTAR,
E NO CARINHO DESTE TEU OLHAR
EU ME OFEREÇO PARA O TEU AMOR.
É BOM TE VER GUERREIRA,
POR ENTRE OS SONHOS
QUA CANTAMOS SÓS
NA NOSSA ESTRADA.
É BOM TE VER DE NOVO,
POR ENTRE AS LUTAS
QUE FIZERAM PÓ
NAS MADRUGADAS.
SOBRE A FACE NUA DA TERRA,
(A NOITE VEM TRAZENDO O FRIO,
E O TEU CALOR BUSCOU O MEU ABRIGO,
AS TUAS ÂNSIAS
ENCHARCARAM O CORPO DE SUOR).
EU VOU GANHAR O TEMPO,
O MEU SILÊNCIO SERÁ TEU ALTAR,
E NO OCASO DESTE MEU CANTAR,
TU TE OFERECE PARA O MEU AMOR.
ABRIL/1988
NÉVOAS DE FOGO E ÁGUA
Lentes vivas de um começo
buscam focos de nitidez
no quadro louco deste amor.
Busco à toa por luzeiros
no meio da luz difusa
por estas névoas de paixão.
Sou um lago de sim e não
levado ao vento confuso.
Neste estado nebuloso,
encontro de fogo e água,
vejo pedaços de ilusões
mesclados a corpos humanos
na busca de seus anseios.
Lindo circo em fantasia,
rebuliço em rebeldia,
início de tanta invenção.
Inventar nossa loucura
como semente de razão;
remexer nossas cabeças
buscando nosso encontro,
nebulosas contradições;
apagando incoerências,
construindo consciências:
um amor em revolução.
18/07/1985
buscam focos de nitidez
no quadro louco deste amor.
Busco à toa por luzeiros
no meio da luz difusa
por estas névoas de paixão.
Sou um lago de sim e não
levado ao vento confuso.
Neste estado nebuloso,
encontro de fogo e água,
vejo pedaços de ilusões
mesclados a corpos humanos
na busca de seus anseios.
Lindo circo em fantasia,
rebuliço em rebeldia,
início de tanta invenção.
Inventar nossa loucura
como semente de razão;
remexer nossas cabeças
buscando nosso encontro,
nebulosas contradições;
apagando incoerências,
construindo consciências:
um amor em revolução.
18/07/1985
MEU AMOR
Meu amor por ti
é mais do que um sonho,
mais do que noites e dias
de amores e carícias.
Meu amor por ti
é toda uma vida,
e se luto pela vida,
pela vida, luto por ti.
Meu amor por ti
é mais do que tolerância,
mais do que a paz tranqüila
de momentos felizes.
Meu amor por ti
é toda uma vida,
e quando te enfrento
pela vida, enfrento por ti.
Meu amor por ti
é mais do que somos,
mais do que a presença
nos momentos seguintes.
Meu amor por ti
é toda uma vida,
e, se pela vida, me ausento,
pela vida, me ausento por ti.
E quando nos encontramos,
se os momentos não são sonhos,
não são tranqüila paz,
e se o tempo é curto;
se nos enfrentamos
e nos despimos
frente à frente,
é porque assim
fazemos com a vida,
frente à frente
lutamos, enfrentamos,
e seguimos vivendo.
Meu amor por ti
é como essa vida,
e se te amo pela vida,
pela vida, amo a ti.
26/03/1986
é mais do que um sonho,
mais do que noites e dias
de amores e carícias.
Meu amor por ti
é toda uma vida,
e se luto pela vida,
pela vida, luto por ti.
Meu amor por ti
é mais do que tolerância,
mais do que a paz tranqüila
de momentos felizes.
Meu amor por ti
é toda uma vida,
e quando te enfrento
pela vida, enfrento por ti.
Meu amor por ti
é mais do que somos,
mais do que a presença
nos momentos seguintes.
Meu amor por ti
é toda uma vida,
e, se pela vida, me ausento,
pela vida, me ausento por ti.
E quando nos encontramos,
se os momentos não são sonhos,
não são tranqüila paz,
e se o tempo é curto;
se nos enfrentamos
e nos despimos
frente à frente,
é porque assim
fazemos com a vida,
frente à frente
lutamos, enfrentamos,
e seguimos vivendo.
Meu amor por ti
é como essa vida,
e se te amo pela vida,
pela vida, amo a ti.
26/03/1986
Da partida e do retorno
Me abracem
com o corpo inteiro.
Enxuguem as lágrimas,
deixem que molhem
o tecido que cobre
meu peito tristonho.
No momento da despedida,
não façam do adeus
um tormento,
um sonho triste
e medonho.
Como se fosse luto
do amor verdadeiro.
No momento da despedida,
digam-me boa viagem,
vá com Deus,
volte logo.
Deixem-me carregar,
no peito enternecido,
a palavra adeus
vestida com o manto
repleto de encanto
de um simples:
eu te amo.
No momento da chegada,
me abracem
com o corpo inteiro.
Me amassem.
Me dobrem.
Me atordoem.
Quero ouvi-los
perguntando:
Como foi a viagem?
Estás cansado?
Amor.... Paiêê...Paizinho....!
com o corpo inteiro.
Enxuguem as lágrimas,
deixem que molhem
o tecido que cobre
meu peito tristonho.
No momento da despedida,
não façam do adeus
um tormento,
um sonho triste
e medonho.
Como se fosse luto
do amor verdadeiro.
No momento da despedida,
digam-me boa viagem,
vá com Deus,
volte logo.
Deixem-me carregar,
no peito enternecido,
a palavra adeus
vestida com o manto
repleto de encanto
de um simples:
eu te amo.
No momento da chegada,
me abracem
com o corpo inteiro.
Me amassem.
Me dobrem.
Me atordoem.
Quero ouvi-los
perguntando:
Como foi a viagem?
Estás cansado?
Amor.... Paiêê...Paizinho....!
No momento da chegada,
deixem a saudade de lado,
abracem meu peito cansado,
não me deixem ficar sozinho.
E,
passado o furor,
me dêem somente o afago,
pois a sede que trago
é sede de amor.
deixem a saudade de lado,
abracem meu peito cansado,
não me deixem ficar sozinho.
E,
passado o furor,
me dêem somente o afago,
pois a sede que trago
é sede de amor.
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