Derrotas e vitórias fazem parte da vida
Lidar com as vitórias e as derrotas é aprendizado que começa na infância.
Redação Crescer
Ganhar e perder são circunstâncias da vida e aprender a administrá-las é um desafio para a criança. Ajudá-la a incorporar a idéia de se esforçar para vencer e se arriscar a fracassar, sem estimular a competitividade desenfreada, é um desafio também para os pais, que não devem menosprezar essas experiências dos filhos. É por volta dos 8 anos que os jogos esportivos, as gincanas e as competições escolares se intensificam e a garotada fica mais sensível a êxitos e fracassos. Antes, os pequenos até entendem a derrota e a vitória, mas não as consideram como um fim, pois ainda estão muito envolvidos com a atividade em si mesma. O aguçamento do espírito competitivo nessa fase está relacionado ao desenvolvimento infantil. "Nessa idade, a criança já percebe muito as diferenças entre ela e as outras. Isso causa insegurança e ela precisa ir testando suas capacidades e seus limites. A competição ajuda a se ver em relação ao outro", explica a psicóloga Deborah Moss Ejzenbaum. É claro que a experiência da vitória passa a ser muito significativa, mas a frustração também faz parte do processo. "Nessa faixa, a criança está passando do egocentrismo para a vida social. O desempenho passa a ser relevante diante do grupo. E ela também compreende melhor as regras que condicionam os jogos", diz Isabel Cossalter, coordenadora pedagógica do Colégio I. L. Peretz, em São Paulo.
Na torcida A essa altura, os pais precisam ser duplamente cuidadosos. Por um lado, não podem minimizar a vivência da derrota, que é real para a criança. Por outro lado, devem estimular a persistência e a busca do melhor desempenho, sem cobrar vitórias a qualquer preço."O problema é a exigência do sucesso, que elimina a possibilidade de errar, de refazer caminhos, de testar soluções diferentes. É um risco supervalorizar o acerto e subestimar o erro", alerta Isabel. O designer gráfico Maurílio Arcanjo, pai de Joaquim, de 9 anos, acha que esse é um aprendizado difícil para as crianças. "O Joaquim encara mal as derrotas, mesmo que seja a do Corinthians, time para o qual ele torce. Fico repetindo que o importante é ir lá e fazer o melhor", diz o pai. E ele está no caminho certo. "O estímulo não deve ser à vitória, mas ao esforço de quem se arrisca, de quem se expõe, inclusive ao fracasso", observa Deborah.
Respeito ao erro A crítica à competitividade exagerada da sociedade moderna tem levado as escolas a enfatizar os jogos cooperativos, em vez dos competitivos. Quando bem administrados, eles têm uma função importante."O jogo competitivo é pedagógico se for usado para ensinar a criança a insistir, a não ter medo de errar", diz a psicóloga Deborah Moss Ejzenbaum. "Essas experiências são importantes também para ensinar à criança o respeito ao erro do outro", diz Isabel Cossalter, do colégio paulistano I. L. Peretz. Como a própria garotada diz, até zoada tem limite.
Na torcida A essa altura, os pais precisam ser duplamente cuidadosos. Por um lado, não podem minimizar a vivência da derrota, que é real para a criança. Por outro lado, devem estimular a persistência e a busca do melhor desempenho, sem cobrar vitórias a qualquer preço."O problema é a exigência do sucesso, que elimina a possibilidade de errar, de refazer caminhos, de testar soluções diferentes. É um risco supervalorizar o acerto e subestimar o erro", alerta Isabel. O designer gráfico Maurílio Arcanjo, pai de Joaquim, de 9 anos, acha que esse é um aprendizado difícil para as crianças. "O Joaquim encara mal as derrotas, mesmo que seja a do Corinthians, time para o qual ele torce. Fico repetindo que o importante é ir lá e fazer o melhor", diz o pai. E ele está no caminho certo. "O estímulo não deve ser à vitória, mas ao esforço de quem se arrisca, de quem se expõe, inclusive ao fracasso", observa Deborah.
Respeito ao erro A crítica à competitividade exagerada da sociedade moderna tem levado as escolas a enfatizar os jogos cooperativos, em vez dos competitivos. Quando bem administrados, eles têm uma função importante."O jogo competitivo é pedagógico se for usado para ensinar a criança a insistir, a não ter medo de errar", diz a psicóloga Deborah Moss Ejzenbaum. "Essas experiências são importantes também para ensinar à criança o respeito ao erro do outro", diz Isabel Cossalter, do colégio paulistano I. L. Peretz. Como a própria garotada diz, até zoada tem limite.
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