O pinheirinho humilde
Conta-se que, quando os pastores foram adorar o Divino Infante, decidiram levar-lhe frutos e flores produzidos pelas árvores. Depois dessa colheita, houve uma conversa entre as plantas, num bosque. Regozijavam-se elas de ter podido oferecer algo ao seu Criador recém-nascido: uma, as suas tâmaras; outra, as nozes; uma terceira, as amêndoas; outras ainda, como a cerejeira e a laranjeira, que haviam oferecido tanto flores quanto frutos. Do pinheiro, porém, ninguém colheu nada. Pontiagudas folhas, ásperas pinhas, não eram dons apresentáveis.
O pinheiro reconheceu a sua nulidade e, não se sentindo à altura da conversa, rezou em silêncio: “Meu Deus recém-nascido, o que Vos vou oferecer? Minha pobre e nula existência. Esta, alegremente Vo-la dedico, com grande agradecimento por me terdes criado na vossa sabedoria e bondade”.
Deus ficou comovido com a humildade do pinheiro e, em recompensa, fez descer do céu uma multidão de estrelinhas, que pousaram nele. Eram de todos os matizes que existem no firmamento: douradas, prateadas, vermelhas, azuis.. Quando o outro grupo de pastores passou, levou não apenas os frutos das demais árvores, mas o pinheiro inteirinho, a árvore de tal forma maravilhosa, da qual nunca se ouvira falar.
E lá foi o pinheiro ornar a gruta de Belém, sendo colocado bem junto do Menino Jesus, de Nossa Senhora e de São José.
O pinheiro reconheceu a sua nulidade e, não se sentindo à altura da conversa, rezou em silêncio: “Meu Deus recém-nascido, o que Vos vou oferecer? Minha pobre e nula existência. Esta, alegremente Vo-la dedico, com grande agradecimento por me terdes criado na vossa sabedoria e bondade”.
Deus ficou comovido com a humildade do pinheiro e, em recompensa, fez descer do céu uma multidão de estrelinhas, que pousaram nele. Eram de todos os matizes que existem no firmamento: douradas, prateadas, vermelhas, azuis.. Quando o outro grupo de pastores passou, levou não apenas os frutos das demais árvores, mas o pinheiro inteirinho, a árvore de tal forma maravilhosa, da qual nunca se ouvira falar.
E lá foi o pinheiro ornar a gruta de Belém, sendo colocado bem junto do Menino Jesus, de Nossa Senhora e de São José.
O PEQUENO ABETO
Era uma vez um pequeno abeto que tinha crescido na floresta. Durante quase todo o ano os seus vizinhos troçavam dele.
- És tão pequeno! - disse-lhe o enorme cedro.
- Nem sequer podes dar sombra! - troçou o carvalho de ramos fortes e copa larga.
- Tens agulhas em vez de folhas! - disse-lhe o plátano.
Uma certa noite, o pequeno abeto olhou para a estrela mais brilhante que havia no céu e fez-lhe um pedido:
- Estrela cintilante, faz com que eu seja uma verdadeira árvore!
Mas na manhã do dia seguinte o abeto continuava a ser ainda uma árvore pequena.
O tempo foi passando. Estava mesmo a chegar o Inverno e também o Natal. Os vizinhos do pequeno abeto - o cedro, o carvalho e o plátano - há muito tempo que tinham adormecido no longo sono de Inverno, todos despidos de folhas. Pareciam mortos! Só o abeto estava desperto no silêncio da floresta!
De repente, ouviu barulho. Eram três crianças que se aproximavam, acompanhadas por um adulto.
- Ora aqui está a árvore que vamos enfeitar este ano! - disse o senhor.
- É tão lindo! - disse uma das crianças, colocando-lhe uma estrela na cabeça.
- É tão bem feito! - disse outra criança, enfeitando-o com um fio de Natal.
- Tem umas folhas tão fininhas! - disse a terceira criança, colocando-lhe uma linda e brilhante bola de Natal.
Depois de o terem enfeitado, os quatro amigos afastaram-se e sorriram.
- Está lindo, não está? - perguntou o senhor. E todos concordaram com ele e sorriram ainda mais. O abeto, muito satisfeito e mesmo sabendo que os humanos não conseguiam ver, sorriu também.
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