Eduardo Moreira/Fundador
Uma das preocupações atuais é o aumento da violência e o comportamento inconseqüente de nossos jovens. Estamos assustados e vendo todos os dias notícias na televisão e jornais, sobre crimes e violação contra a vida. Porque o mundo de hoje se apresenta tão macabro? Só posso pensar que a mudança da sociedade não poderá ser feita sem a mudança da família.
O mundo é marcado por várias evoluções sociais, morais, tecnológicas que trazem benefícios, mas ao mesmo tempo traz muitos conflitos e perdas e mais do que nunca a família tem sido atingida por tudo isso. Toda essa desordem moral e essa inversão de valores desabam sobre as nossas famílias e os seus maus frutos caem sobre a sociedade.
É hora de reagir começando pela educação dos nossos filhos. Cresce a responsabilidade dos pais de educarem seus filhos na verdade, formar para o bem, segundo a vontade de Deus, a fim de que o mundo possa renascer.
Segundo a UNESCO, a família é a “primeira comunidade natural de acolhida e desenvolvimento do homem… é realmente a família que preserva e transmite valores”. Educar os filhos é a grande missão que Deus confiou aos pais. De todos os estudos e reflexões sobre a educação dos filhos, uma coisa é certa: nossos filhos estão cada vez mais distantes da convivência familiar. Uns estão estudando o dia todo, outros cumprindo uma extensa agenda (balé, música, esporte, inglês…), outros nos shoppings com a namorada, outros no quarto com a porta fechada navegando o dia todo na internet. E os pais estão sempre ocupados, preocupados em ganhar muito dinheiro para dar-lhes esta vida “cômoda”.
Jean Vanier disse um dia que: “a arte de educar exige renuncia, perseverança e presença” A vida profissional dos pais nos dias atuais, apesar de suas exigências, pode e precisa ser ajustada para que se tenha tempo de qualidade, mas para que isso aconteça é preciso priorizar a família.
A educação exige muito amor, mas um amor maduro, que dá liberdade aos filhos, cuidado e afeto, mas que é também capaz de impor limites, regras e de dizer não. A autoridade quando exercida com equilíbrio é com certeza manifestação de amor. Muitos pais hoje não colocam limites para os filhos, que estão fazendo o que bem entenderem. É importante que os pais entendam que a crianças precisam de liberdade, mas que por si só elas não têm condições de avaliar o que é melhor ou pior.
Mais tarde vão ser jovens sem estrutura e sem segurança para enfrentar a vida. Não posso deixar de falar, por exemplo, da televisão e da internet. Tanto uma como a outra tem seu lado bom e seu lado mau. Não temos dúvida do quanto estes meios de comunicação exercem hoje influencia negativa de anti-valores cristãos. É preciso despertar um censo critico dos filhos para que eles não aceitem tudo que vêem nas telas.
Não basta somente ter consciência sobre tudo isso, precisamos ainda rezar e conduzir nossos filhos para Deus. Ele é absoluto o resto é relativo! Vamos mais do que falar de Deus mostrá-Lo em nossas vidas e testemunhá-Lo para nossos filhos. “Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado” (Mt 6,34).
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