Quando notamos, nossos “filhotes” já estão adultos e se preparam para voar.
Bem disse Kalil Gibram “Nossos filhos não são nossos filhos, são filhos do mundo”. É verdade!
É verdade também que nós, pais, iremos chamá-los de filhinhos até o final de nossas vidas e teremos nossos braços abertos para acolhê-los sempre que de nós precisarmos, não é mesmo?
Mas que sentimos uma insegurança ao vê-los se preparando para serem aprovados em concursos que os levarão para longe do lar, ou amando alguém que lhe dará vontade de terem seus próprios lares, ou construindo seus próprios sonhos em que não temos lugar junto deles, a isto sentimos!
Dá um aperto no coração, dá uma vontade de chorar baixinho (escondido, de preferência), dá uma vontade de que o tempo demore um pouco mais a passar.
Aí, então, é hora de nos lembrarmos do que sentiu nossos pais quando voamos para longe do lar. E tentarmos agir como eles agiram para conosco: apoiaram nossos primeiros passos fora do ninho, fortaleceram nossos sonhos ajudando-nos a realizá-los, às vezes até com algumas “ajudas financeiras”, nos consolaram e nos levantaram nas quedas da nova caminhada, e, se derramaram algumas lágrimas por nós (e creio que derramaram) procuraram estar longe de nossa presença para que não víssemos suas inseguranças.
Talvez seja a idéia de uma velhice desamparada, ou mesmo um medo da solidão, o que nos causa esta sensação de abandono ou de insegurança nesta fase de transição na vida de nossos filhos.
Mas a palavra transição diz tudo.
Logo, logo, a vida entra em nova e perfeita acomodação.
A casa fica mais vazia sim, mas preparando-se para a vinda de netos que, em futuro próximo, voltam a enchê-la de alegria e vida. Os filhos passam a ver nos pais grandes aliados na criação da nova geração, o que lhes permite momentos de descanso nesta tarefa que somente agora eles passam a conhecer.
Nós, pais, continuamos aqui, no mesmo lugar, torcendo e orando para que nossos “filhotes” sejam felizes no mundo.
Que eles não se esqueçam jamais:- podem contar conosco para o que der e vier!…
E que Deus os abençoe onde quer que estejam!…
Nenhum comentário:
Postar um comentário