Publicado em 22/11/2010 às 10h35Paulo Antolini - paulo.salvio@terra.com.br
E agora? Eles já não têm mais dez anos. Já não aceitam a ordem inquestionável. O é assim e pronto. Se antes agir assim não era recomendado, agora muito menos. Quanto mais vai se desenvolvendo a capacidade de reflexão e de compreensão, mais se faz necessário o diálogo. Mas o diálogo consequente.
Muito ouço “com meus filhos não adianta falar”, mas na verdade eles, filhos, já se acostumaram com os rompantes dos pais e o não acontecer nada. Ouço também a queixa da falta de respeito dos filhos, mas me deparo com o quanto esses mesmos filhos não foram respeitados em outras épocas.
Um comportamento recorrente entre os pais é que grande parte deles continuam a tratar seus filhos como se fossem crianças, querendo impor seu jeito de ser e não respeitando a individualidade daqueles que já possuem vontade própria e precisam experimentar suas próprias vidas, precisam cometer seus próprios erros, e aprender acertar por si mesmos.
Dentro desse mesmo princípio, quando os filhos se envolvem em alguma dificuldade, qualquer que seja a natureza, se a ajuda dos pais vem, é feita de forma a mostrar a eles o quanto foram irresponsáveis e não realmente como suporte para ajudá-los a sair da complicação que se envolveram e respondendo pelas conse-quências de suas decisões. Os pais ajudam, mas tiram dos filhos o peso do erro. É o famoso “Se não sou eu”.
Mas nem tudo é culpa dos pais. Muitos filhos, percebendo o bem-querer dos pais tentam buscar benefícios usando das formas mais variadas. Da postura do “negociante responsável” que só precisa de um capital inicial à de chantagens emocionais das mais variadas. Possuem idade cronológica muito distinta da idade comportamental: ou seja, agem como crianças mimadas, sem nenhuma condição de enfrentar as frustrações da vida e superar por si só os obstáculos comuns e frequentes no dia-a-dia de qualquer pessoa.
Não existe uma fórmula padrão para educá-los, mas existem alguns pontos que são comuns e se fazem necessários na formação de nossos filhos: o reconhecimento de que são adultos e como tal são responsáveis pelos seus atos e o respeito ao direito de opção que eles fazem.
Existe, por outro lado, pais que dedicando toda sua vida aos filhos, agora querem que eles reconheçam isso da mesma forma: dedicando-se totalmente aos seus pais. Resultado? Conflitos e afastamentos. Queixas de ingratidões e ressentimentos mútuos. Incompreensões.
Nenhum amor se cultiva através de cobranças e acusações. Por mais forte que ele seja, vai sendo ferido e causando sérios danos na manifestação do mesmo. Vejo muitos filhos, assim como também pais dizerem: “Amo muito a ele, mas quando estamos juntos não dá certo!”
Agora observem o quanto é comum filhos que tem problemas com seus pais repetirem os mesmos comportamentos deles. É claro, não admitem que isso seja possível, pois “abominam” a forma de ser dos seus pais, como podem ser um igual?
A afirmação “criar os filhos para a vida” é na maioria das vezes, se não mentirosa, distorcida. Tratamos os amigos de nossos filhos com respeito e admiração, mas com os nossos, eles continuam a ser crianças despreparadas que temos que orientar e proteger, então tem que ser do nosso jeito.
E nos casos de casais separados, onde se estabelece entre os pais a competição para ver quem os filhos irão preferir? Podem ter certeza que se não os dois, um deles irá se ferir profundamente. A pressão sobre os filhos torna-se para eles insuportável, resolvem isso se afastando de um ou mesmo dos dois, criando então uma variante familiar onde os pais não estarão mais envolvidos.
É difícil entender que o fato de serem pais não lhes dá o direito de quererer governar e dirigir a vida dos filhos, assim como o fato de serem filhos não lhes dá o direito de serem “poupados e carregados” por todo o sempre por seus pais?
Nossos filhos cresceram! Hoje, mais do que qualquer coisa só podemos procurar ser o amigo confiável para todas as horas.
Muito ouço “com meus filhos não adianta falar”, mas na verdade eles, filhos, já se acostumaram com os rompantes dos pais e o não acontecer nada. Ouço também a queixa da falta de respeito dos filhos, mas me deparo com o quanto esses mesmos filhos não foram respeitados em outras épocas.
Um comportamento recorrente entre os pais é que grande parte deles continuam a tratar seus filhos como se fossem crianças, querendo impor seu jeito de ser e não respeitando a individualidade daqueles que já possuem vontade própria e precisam experimentar suas próprias vidas, precisam cometer seus próprios erros, e aprender acertar por si mesmos.
Dentro desse mesmo princípio, quando os filhos se envolvem em alguma dificuldade, qualquer que seja a natureza, se a ajuda dos pais vem, é feita de forma a mostrar a eles o quanto foram irresponsáveis e não realmente como suporte para ajudá-los a sair da complicação que se envolveram e respondendo pelas conse-quências de suas decisões. Os pais ajudam, mas tiram dos filhos o peso do erro. É o famoso “Se não sou eu”.
Mas nem tudo é culpa dos pais. Muitos filhos, percebendo o bem-querer dos pais tentam buscar benefícios usando das formas mais variadas. Da postura do “negociante responsável” que só precisa de um capital inicial à de chantagens emocionais das mais variadas. Possuem idade cronológica muito distinta da idade comportamental: ou seja, agem como crianças mimadas, sem nenhuma condição de enfrentar as frustrações da vida e superar por si só os obstáculos comuns e frequentes no dia-a-dia de qualquer pessoa.
Não existe uma fórmula padrão para educá-los, mas existem alguns pontos que são comuns e se fazem necessários na formação de nossos filhos: o reconhecimento de que são adultos e como tal são responsáveis pelos seus atos e o respeito ao direito de opção que eles fazem.
Existe, por outro lado, pais que dedicando toda sua vida aos filhos, agora querem que eles reconheçam isso da mesma forma: dedicando-se totalmente aos seus pais. Resultado? Conflitos e afastamentos. Queixas de ingratidões e ressentimentos mútuos. Incompreensões.
Nenhum amor se cultiva através de cobranças e acusações. Por mais forte que ele seja, vai sendo ferido e causando sérios danos na manifestação do mesmo. Vejo muitos filhos, assim como também pais dizerem: “Amo muito a ele, mas quando estamos juntos não dá certo!”
Agora observem o quanto é comum filhos que tem problemas com seus pais repetirem os mesmos comportamentos deles. É claro, não admitem que isso seja possível, pois “abominam” a forma de ser dos seus pais, como podem ser um igual?
A afirmação “criar os filhos para a vida” é na maioria das vezes, se não mentirosa, distorcida. Tratamos os amigos de nossos filhos com respeito e admiração, mas com os nossos, eles continuam a ser crianças despreparadas que temos que orientar e proteger, então tem que ser do nosso jeito.
E nos casos de casais separados, onde se estabelece entre os pais a competição para ver quem os filhos irão preferir? Podem ter certeza que se não os dois, um deles irá se ferir profundamente. A pressão sobre os filhos torna-se para eles insuportável, resolvem isso se afastando de um ou mesmo dos dois, criando então uma variante familiar onde os pais não estarão mais envolvidos.
É difícil entender que o fato de serem pais não lhes dá o direito de quererer governar e dirigir a vida dos filhos, assim como o fato de serem filhos não lhes dá o direito de serem “poupados e carregados” por todo o sempre por seus pais?
Nossos filhos cresceram! Hoje, mais do que qualquer coisa só podemos procurar ser o amigo confiável para todas as horas.
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