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quarta-feira, 6 de abril de 2011

A Revolta do Jiló

                     
Peça Teatral Infantil de André Faxas- 1996
Registrada no EDA da BN-RJ sob o nº 279.594 livro 504 Folha 254, na SBAT sob o nº 2797 . registro do autor André Faxas na SBAT: 31533 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
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CONTATOS COM O AUTOR:
telefones: (21) 2799.5319 / 8612.1798
PERSONAGENS:
JILÓ- O legume discriminado. Inventivo e extrovertido
LEÔNCIO- O dono da lanchonete. Grosso e atrapalhado
DANICA- A menina que não gosta de jiló.
CENÁRIO ÚNICO: LANCHONETE DO LEÔNCIO
(MÚSICA DA ENTRADA DE LEÔNCIO) (LEÔNCIO ENTRA, TRAZENDO UM SACO DE ALIMENTOS NAS COSTAS)
LEÔNCIO - (AO PÚBLICO) – Até que enfim chegou o carregamento ! Batatas, hambúrgueres, lingüiças, frutas, ingredientes ! Meu faturamento será enorme com o movimento. Muitos fregueses, muito dinheiro ! Vamos ao confere... Carne ? (OLHA O SACO) Ok. Pão ? Ok. Óleo de soja ? Ok. Batatas ? Ok. Ok, sal, açúcar, manteiga, catchup, maionese, jiló, sorvete... O quê ??? Jiló ??? Jiló??? (ESTÁ COM UM JILÓ NAS MÃOS) Eu não pedi jiló, não quero jiló ! Ninguém gosta de jiló ! Vai ficar aí encalhado até apodrecer. Comprar jiló é jogar dinheiro fora. Sabem de uma coisa ? Vou jogar esse traste no lixo, pois nem os cães comem jiló ! (JOGA O JILÓ NA COXIA) (ENTRA DANICA, QUE SE SENTA EM UMA DAS MESAS DA LANCHONETE) (LEÔNCIO FICA EUFÓRICO) Freguesa ! Tenho que atendê-la... (À DANICA) Bom dia, senhorita. O quê a jovem deseja comer ?
DANICA- Moço, eu quero dois hambúrgueres, dois refrigerantes, muita batata frita com catchup, maionese e bacon. Sorvete de creme com morango, mashmellow, castanha com cobertura de caramelo. Entendido ?
LEÔNCIO- Claro, senhorita... (SE AFASTA)
DANICA- Moço ! Tudo pra viagem !
(LEÔNCIO VAI PARA O BALCÃO) (ESTÁ CONFUSO)
LEÔNCIO- Muito bem... Ela pediu... sorvete de bacon com catchup, batata frita de morango, hambúrguer de mashmellow e...
(JILÓ ENTRA EM CENA REPENTINAMENTE)
JILÓ (A LEÔNCIO) – E eu ?
LEÔNCIO- Alguém falou comigo ? Você pediu alguma coisa, menininha?
DANICA- Eu não falei nada, moço.
LEÔNCIO- Devo estar cansado e ouvindo coisas.
JILÓ- Eu disse: quero ir para a casa da menininha e fazer parte do seu lanche.
LEÔNCIO (APAVORADO)- Falaram comigo de novo ! Não há ninguém aqui. Será que estou louco ?
JILÓ- Quero ir junto aos hambúrgueres, aos refrigerantes, às batatas e ao sorvete !
LEÔNCIO- Quem falou comigo ?
JILÓ- Fui eu, bigodudo !
LEÔNCIO- Eu quem ?
JILÓ- Jiló, o príncipe dos legumes !
LEÔNCIO- Jiló ? Não é possível, jiló não fala !
JILÓ- Não só falo, como canto, danço e represento.
LEÔNCIO- Devo estar trabalhando demais. Preciso de férias... Onde já se viu ? Um jiló falante ?
JILÓ- Acredite ou não, eu falo. E vou torrar a sua paciência, até você me escutar.
LEÔNCIO- A freguesinha vai pensar que eu sou maluco e vai embora. Não posso perder dinheiro, a coisa tá preta... (A JILÓ) Espere um momento. (SE DIRIGE À DANICA) Já está quase pronto o seu lanche, senhorita. Posso te pedir um favor ?
DANICA- O que o senhor quer ?
LEÔNCIO- Você poderia me beliscar ?
DANICA- Beliscar ?
LEÔNCIO- É... Mas não muito forte... Só um belisquinho no braço...
DANICA- Claro, moço...
(DANICA BELISCA LEÔNCIO, QUE GRITA)
LEÔNCIO- Ai !!! Não precisava ser tão forte ! Não é sonho, é realidade.
DANICA- O senhor está passando bem ?
LEÔNCIO- Claro, claro... Fique tranqüila, que já já eu trago o seu lanche, senhorita... senhorita...
DANICA- Danica.
LEÔNCIO- Já trago o seu lanche, canjica.
DANICA- Danica ! Danica !
LEÔNCIO- Claro, claro... Já volto, já volto !
(LEÔNCIO VOLTA AO BALCÃO)
JILÓ- Demorou. Aliás, como se chama, papudo ?
LEÔNCIO- Leôncio ! Leôncio !
JILÓ- Muito bem, Leôncio. Vai me ouvir agora ?
LEÔNCIO- Vou. Mas fale baixo, senão a menina vai achar que estou louco. Onde já se viu ? Conversar com um Jiló ?
JILÓ- Como disse anteriormente, sou o Príncipe dos legumes e exijo que me embrulhe para viagem junto aos outros gordurosos.
LEÔNCIO- Acho agora que o maluco aqui é você. Jiló é horrível. Ela nunca vai querer.
JILÓ- Diga à ela que possuo fibras, cálcio e as vitaminas A e B.
LEÔNCIO- Você é amargo e sem graça. E isso aqui é uma lanchonete, não um hospital. Não vendo vitaminas.
JILÓ- Sou leve e saudável. Não possuo gorduras e colesterol. Por favor, me embrulhe.
LEÔNCIO- Já disse que não ! Não posso perder a freguesia. Já pensou ? Ela chega em casa, abre o embrulho e encontra junto a todas aquelas delícias, um jiló feio, amargo e sem graça. Vai jogar o lanche todo fora.
JILÓ- Por favor, Leôncio ! O meu povo está em extinção. Os jilós estão acabando. Ninguém mais planta, ninguém mais come jiló. A menina precisa gostar de mim...
LEÔNCIO- Já estou perdendo muito tempo com você, seu legume cretino. Vou te jogar fora !
JILÓ- Não, Leôncio ! Não faça isso ! Pergunte à menina se ela me quer ?
LEÔNCIO (RINDO) – Ah, ah, ah ! Essa é boa ! Pergunte se ela te quer ? Claro que ela não quer jiló !
JILÓ- Então pergunte.
LEÔNCIO- Tá certo. Já que insiste, vou perguntar à menina. Agora, se ela disser não, o seu destino será o lixo !
(LEÔNCIO VAI À DANICA)
DANICA- Tá demorando muito esse lanche, moço.
LEÔNCIO- Já está quase pronto, senhorita...
DANICA- Danica.
LEÔNCIO- Está quase pronto, mexerica.
DANICA- Danica ! Danica !
LEÔNCIO- Eu vim perguntar se quer mais alguma coisa ?
DANICA- Quero mais nada não. Só os hambúrgueres, refrige...
LEÔNCIO (INTERROMPENDO) – Não precisa dizer, que eu já sei ! É que...que... temos um produto em oferta na casa...
DANICA- O quê ? Oferta ? Se for chocolate eu quero. Se for pudim eu quero. Se for pizza eu quero. Se for bolo eu quero. Se for doce eu quero. Se for...
LEÔNCIO (INTERROMPENDO) – Jiló ? E se for Jiló ????
DANICA- Se for Jiló ??? Se for Jiló ???
LEÔNCIO- E se for Jiló ?
DANICA (GRITANDO) – Não quero !
LEÔNCIO- Ótimo ! Ótimo, tiririca !
DANICA- Danica ! Danica !
LEÔNCIO- Tudo bem, tudo bem. Já trago o seu lanche bem quentinho ! Além disso, ainda te darei um bom desconto ! Tudo bem suculento, gostoso ! E sem jiló ! Sem jiló ! (CANTANDO EM DIREÇÃO AO BALCÃO) (JILÓ ESTÁ DESOLADO) Ela não quer jiló ! Ela não quer jiló ! (LEÔNCIO OLHA PARA JILÓ, AMEAÇADORAMENTE) Chegou a hora ! Dê adeus ao mundo dos alimentos vivos, seu jiló idiota ! Vou te jogar no valão, seu horroroso !
JILÓ- Me dê uma chance, por favor ? Posso te provar que ela gosta de mim.
LEÔNCIO- Ela te detesta, verdinho !
JILÓ- Ela cresceu, ouvindo que sou ruim e amargo. Mas, na verdade, nunca me provou. Não conhece o meu sabor... me dê um tempo para conquistá-la...
LEÔNCIO- E o que eu ganharei com isso ?
JILÓ- Venderá muito jiló e ficará muito rico.
LEÔNCIO- Rico ? Isso muito me interessa ! E se ela não te quiser nunca ?
JILÓ- Simples. Me jogue no lixo, acabe com meu povo, me mate, me destrua.
LEÔNCIO- Gosto de maldades ! Isso muito me interessa !
JILÓ- Vamos fazer essa aposta então. Você só tem a ganhar, Leôncio.
LEÔNCIO (APERTANDO A MÃO DE JILÓ)- Fechado. Te dou um dia para ela gostar de você. Senão, acabo contigo !
JILÓ- Dê o embrulho à menina. Serei irresistível !
(LEÔNCIO ENTREGA O LANCHE À DANICA) (ELE SAI DE CENA) (MÚSICA)(JILÓ PÕE UM ÓCULOS DE SOL, PEGA UM VIOLÃO E SIMULA UMA SERENATA PARA DANICA) (AO TÉRMINO DA MÚSICA, INICIA-SE O DIÁLOGO)
JILÓ- Olá, gatinha ? Belo dia, não ?
DANICA- Quem é você ? Aliás, o quê é você ?
JILÓ- Meu nome é Raddi Solanum Gilo, da nobre família solanácea. Mas pode me chamar apenas de Jiló.
DANICA- Jiló ? Você é um Jiló ?
JILÓ- Não propriamente um jiló. Modéstia à parte, eu sou o Jiló !
DANICA- Pôxa, você é feio mesmo, hein ?
JILÓ- São seus olhos, baby ! Aliás, qual a sua graça ?
DANICA- Sei fazer uma careta bem engraçada ! (DANICA FAZ CARETA)
JILÓ (AO PÚBLICO)- Acho que ela não entendeu. (À DANICA) Eu perguntei qual o seu nome ?
DANICA- Danica
JILÓ- Que nome lindo... Danica... Danica...
DANICA- Nunca ouvi dizer que os jilós falavam.
JILÓ- Mas eu não falo, eu canto...
DANICA- Tenho que ir para casa, seu Jiló. Meu lanche está esfriando e eu estou com fome.
JILÓ- Para quê a pressa, Danica ? Vamos conversar ? Precisamos nos conhecer. Aliás, você precisa me conhecer melhor...
DANICA- É difícil eu falar isso, seu Jiló. Mas eu não gosto do senhor.
JILÓ (DECEPCIONADO) – Não gosta de mim ?
DANICA- Não.
JILÓ- E por quê ?
DANICA- Porque o senhor é amargo, azedo e sem sal.
JILÓ- Pois te digo: se me temperarem bem, sou uma delícia.
DANICA- Nunca trocaria os meus hambúrgueres pelo senhor.
JILÓ- Porque é uma cretina ! Aliás, porque é uma menina... Pois então preciso que me ouça !
DANICA- Já disse que estou com fome e preciso comer meu lanche.
JILÓ- Por favor, menina... Ouça esse pobre legume que te pede ajuda ! (JILÓ FICA DE JOELHOS)
DANICA- Está bem, Jiló. Mas não demore muito.
JILÓ- Sente-se, Danica. (ELA SE SENTA) Vou te contar a minha história. Hoje sou desprezado por todos. Quase ninguém gosta de mim, principalmente as crianças. Ninguém mais planta jiló e, por isso, estou acabando. Mas, no passado, fui um dos legumes mais nobres e dos mais vendidos. Meu povo nasceu no oriente, na China, no Japão.
DANICA- O senhor é japonês ?
JILÓ (COM SOTAQUE JAPONÊS)- Um pouco, né ? (VOLTANDO AO NORMAL) Também sou um pouco índio, já que antes de descobrirem o Brasil, eles já comiam jiló. Aliás, você sabe o que Pedro Álvares Cabral mais gostava de comer ? (JILÓ IMITA UM PORTUGUÊS) Terra à vista ! Terra à vista ! Dei-me aqui ó pá, um pouco desta fruta maravilhosa para comemorar minha conquista, ora pois ! (VOLTA AO NORMAL) Jiló ! Era que Cabral comia enquanto navegava.
DANICA- Então, quer dizer que o Jiló descobriu o Brasil também ?
JILÓ- Não só o Brasil, como a América também.
DANICA- Cristóvão Colombo comia jiló ?
JILÓ- Um quilo por dia.
DANICA- Nossa !
JILÓ- Em Roma, comer jiló era sinônimo de nobreza. Só os fortes comiam. Júlio César adorava... (IMPOSTA A VOZ, E ESTICA O BRAÇO DIREITO PARA FRENTE) Ave César ! Ave Roma ! Ave Jiló !
DANICA- Mas o senhor é famoso mesmo, hein ?
JILÓ- Muito mais do que você pensa, Danica. Sou ainda adorado por muitos.

O RESTANTE, SÓ  COM PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO (21 2799.519)

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