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terça-feira, 26 de abril de 2011

Educação Infantil: desenvolvimento psicológico; motor; físico; intelectual; social; espiritual.




Idade: aproximadamente entre 2 a 5 anos

Definição do Assunto: estudo sobre o desenvolvimento da criança na
educação infantil.

OBJETIVOS:
atender a nova lei de diretrizes e bases da
educação nacional
(lei nº 9394/9 conhecida por lei darcy o ribeiro
seção ii da educação infantil
art.29 , nos diz
que: “ a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem
como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos
de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e
social,
complementando a ação da família e da comunidade.”
auxiliar os pais na educação da criança, para que a mesma, possa
alcançar um desenvolvimento saudável, enquanto seus pais trabalham
em busca do sustento familiar e sua realização profissional.

auxiliar no desenvolvimento dessa criança, dando-lhe um ambiente
confiável, pois, nessa faixa etária é que se formam as impressões de tudo que a cerca, se interiorizando, para mais tarde, até na idade adulta, se manifestarem através dos seus atos e maneiras de reagir a diferentes situações.

Justificativa:
além do interesse pessoal de trabalhar no mesmo, o tema se impõe pela necessidade de haver no estabelecimento de ensino um projeto adequado e uma educação que se estenda desde os primeiros anos da criança, de acordo com a nova l.d.b., em creches ou escolas.
estudo das características da criança de 2 a 5 anos.
fisicamente: ativa, tímida, imitadora, descobridora, desejando sempre
a aprovação dos outros.
motricidade: está desenvolvendo os músculos maiores, faz tudo como todo ser.
intelectualmente: concentração curta mas intensa; atenção de 5 a 20 minutos seguidos; aprende com ensino simples e repetido .
psicologicamente: sensível as emoções dos outros; procura novas sensações; não tem inibições; muito sensível; assusta fácil; confiante; descobre que já pode tomar algumas decisões; obs.: a disciplina correta nesta idade vale por toda a vida.
socialmente: É egoísta e simpática apesar de seu vocabulário ainda ser limitado.
espiritualmente: está na idade da inocência e já tem sede de deus,
sempre perguntando quem fez todas as coisas, aos 4 anos já é capaz
de distinguir entre o certo e errado.

sala adequada e mobília
É aconselhável que seja bem arejada e iluminada, com espaço condizente a necessidade de liberdade e ação. o cálculo ideal de espaço para esta sala é de 1 m2 por criança e adulto responsável.
É também interessante, e eficaz, uma ornamentação simples, funcional e em harmonia com ensino, com uma música suave ao fundo sempre que possível.
1. espelho para que vejam seu corpinho crescendo.
2. tapete de material não alérgico,para brincar.
3. armário para guardar brinquedos pedagógicos , pastas , lancheiras; trocador
de fraldas(na sala das crianças de 2 anos).
4. mesinha para um gravador ou aparelho de som ; filtro.
5. mural na altura das crianças para colocar os trabalhos manuais realizados por elas.
6. mesas (60 cm x 90 cm e com altura máxima de 50 cm), estas se possível devem ser redondas evitando assim qualquer acidente, e cadeirinhas (de 25 cm de altura), calcula-se do piso ao assento. todos os móveis devem ser com as pontas arredondadas.
7. armário de professor (para guardar todo material a ser utilizado).
8. quadro-giz.
9. espaço para colocar as cadeirinhas em frente ao quadro para ouvir histórias ; colchonetes no chão para as crianças descansarem ; casinha de madeira para trabalhar espaço físico com a criança.
10. pia para lavar as mãos, se possível o banheiro deve ser bem próximo a sala de aula.

professor
um adulto, que esteja preparado, conhecendo com ocorre o desenvolvimento da criança, as fases que atravessa segundo teóricos, tais como: piaget, freud, winnicott, vygotsky e outros. seja carinhoso, paciente, seguro , simpático , goste de crianças e tenha formação exigida pela nova l.d.b.; lei nº 9394/96 tÍtulo vi art.62. o professor pode atender entre 15 a 20 crianças, se possível um auxiliar de sala.
O ensino deve ser simples (de início deve-se trabalhar uma idéia por vez), repetido e variado. assim que a criança tiver 3 anos, já se pode trabalhar mais de uma idéia. toda criança tem uma necessidade imensa de se sentir amada, por isso precisamos estar atentos, pois ela necessita de “olhos nos olhos”, precisa a todo custo ser “ouvida e escutada” ,precisa de um toque de carinho, mesmo que seja por breves instantes.
a atenção desta faixa etária é governada pelas circunstâncias, sua compreensão é limitada, mas entende mais do que consegue repetir. seu vocabulário é pequeno, mas aprende com facilidade novas palavras. luta com um grande problema: o egoísmo; mas como deseja a aprovação das pessoas que ama, este pode ser usado contra aquele.
a criança na educação infantil pode: pintar, brincar sozinha ou em grupos, cantar, ouvir histórias curtas, aprender frases curtas, ajudar a guardar os lápis, as cadeirinhas, os brinquedos, etc. ela necessita de reforço positivo, tais como: “obrigada, continue assim, você é um amor... ,etc.”
a criança pode ainda trabalhar com: folha grande, gizão de cera, massinha , tinta guache, cola colorida, dobradura, quebra-cabeça , fantoche, blocos de construção, bola, boneca, teatro, música, brinquedo de encaixe, sucata, argila, lápis de cor gigante, rasgadura, colagem, em atividade individual ou coletiva .
além de tudo a criança deve brincar!

Veremos a importância e necessidade que as crianças tem de brincar, para que haja aprendizagem prazerosa .
o professor necessita saber sobre as fases do desenvolvimento que a criança está passando, para agir de maneira adequada frente ao comportamento que a mesma apresentar. diante deste fato é necessário neste projeto o levantamento sobre diversos teóricos.
 “para trabalhar com crianças é preciso aprender a jogar com elas antes de interpretar.”e. Pavlovsky “a criança joga (brinca), para expressar agressão, adquirir experiência, controlar ansiedades, estabelecer contatos sociais como integração da personalidade e por prazer.” Winnicott
“ninguém te sacudiu pelos ombros quando ainda era tempo. agora, a argila de que és feitos já secou e endureceu e nada mais poderá despertar em ti o místico adormecido ou o poeta ou o astrônomo que talvez te habitassem.”
(Exupéry.)
a cada dia que passa, as crianças vão mais cedo à escola. as escolas, por sua vez, vangloriam-se do aceleramento de seus programas e da objetividade de seus currículos. encurta-se a infância, a tão preciosa, a sagrada infância do ser humano, o período em que a semente brotada começa a desabrochar, vivendo um processo que a transformará em adulto.
A fragilidade desta pequena plantinha deixa-a totalmente à mercê dos que a cercam.
O homem, ao contrário dos animais, é totalmente dependente nos seus primeiros anos de vida. e esta dependência não se refere somente ao seu corpo, uma vez que também sua inteligência e sua sensibilidade estão sendo desenvolvidas. o poeta, o artista, o pai, a mãe, o criminoso, o amigo, o idealista ou o traidor estão latentes na criança pequena. depende de nós a nutrição e o cultivo destes diferentes aspectos da personalidade humana. a preocupação com a saúde da criança tem que abranger também a sua saúde emocional, caso contrário nunca chegaremos a ter adultos equilibrados, capazes de construir uma sociedade mais harmoniosa. não basta nutrir o corpo, é preciso nutrir a alma. não basta zelar pela qualidade dos alimentos, é preciso zelar pela qualidade das oportunidades que estão sendo oferecidas à criança para desenvolver suas potencialidades.
Quanto mais cedo colocarmos a criança em situações rigidamente estruturadas e conduzidas, menos possibilidade terá ela de chegar a encontrar seu jeito de ser, sua vocação, sua afetividade.
Sua espontaneidade é comprometida pela necessidade de cumprir tarefas predeterminadas e de ter um desempenho que lhe assegure uma boa colocação dentro da escala de valores situados entre o êxito e o fracasso.
A ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano, precisa ser mais considerada; o espaço lúdico da criança está merecendo maior atenção, pois é o espaço para a expressão mais genuína do ser, é o espaço do exercícios da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos.
Brincar facilita o aprender?
O brincar é oportunidade de desenvolvimento e aprendizagem. brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, exercita, enfim aprende com facilidade .
O brincar estimula a curiosidade, a iniciativa e a autoconfiança.
proporciona aprendizagem, desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da
concentração da atenção.
Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança. É uma arte, um dom natural que, quando bem cultivado, irá contribuir, no futuro, para a eficiência e o equilíbrio do adulto.
A brincadeira espontânea pode ser considerada sob dois aspectos:
auto-expressão e auto-realização.
a nível de auto-expressão estão as atividades livres, construções,
dramatizações, música, artes plásticas, etc.
A nível de auto-realização, o brinquedo organizado, aquele que tem uma proposta e requer determinado desempenho. quanto mais simples o material, mais fantasia existe; quanto mais sofisticado, maior desafio se constitui, mas é sempre uma oportunidade para que a criança interaja, faça escolhas e tome decisões.
Brinquedos para aprender?
“os brinquedos são meios intermediários entre a realidade da vida que a criança não pode abarcar e a sua natural fragilidade.” (seguin.)
porque o brinquedo é um convite ao brincar, facilita e enriquece
aprendizagem, proporcionando desafio motivação.
Ao ver o brinquedo, a criança é tocada pela sua proposta; reconhece umas coisas, descobre outras, experimenta e reinventa; analisa, compara e cria. sua imaginação se desenvolve e suas habilidades também. enriquecendo seu mundo interior, tem mais coisas a comunicar e pode, cada vez mais, participar do mundo que a cerca.
O brinquedo traduz o real para a realidade infantil. suaviza o impacto provocado pelo tamanho e pela força dos adultos, diminuindo o sentimento de impotência da criança.
Um ursinho de pelúcia pode ser um bom companheiro. uma bola que convida para um pouco de exercício, um quebra-cabeças que desafia a inteligência ou um colar de “pérolas” que faz a menina sentir-se bonita e importante como a mamãe, todos são como amigos, servindo de intermediários para que a criança consiga integrar-se melhor.
Através da experimentação, a criança aprende a controlar seus movimentos
e a estabelecer ordem em seu mundo.
Quando tem acesso a farto material, satisfaz suas necessidades de desenvolvimento e sente-se atraída pelas possibilidades que eles representam. as crianças trabalham com materiais não somente para alcançar um objetivo, mas pelo prazer de experimentá-los e lidar com eles.
Os brinquedos são alimentos para a fome de conhecer e aprender da
criança.

História do brinquedo
O brincar fornece aos participantes a possibilidade de estabelecerem
uma rede de relações onde estão implicados valores e costumes.
Benjamim(1984) fez algumas reflexões importantes sobre o lúdico, considerando o seu aspecto cultural. brinquedo e brincar, para ele, estão associados e documentam como o adulto se coloca em relação ao mundo da criança. seus estudos incursionam pela história cultural dos brinquedos, desde épocas remotas atingindo o seu ápice no século XIX,
Quando os objetos artesanais são substituídos paulatinamente pelos industrializados.
Segundo o autor, os brinquedos surgiram nas oficinas dos artesãos, que só podiam fabricar produtos do seu ramo. com a reforma os artistas que só produziam para a igreja orientaram sua produção
Para objetos
artesanais de pequeno porte que segundo benjamim, serviram de alegria às crianças .devido ao pequeno tamanho, exigiam a presença da mãe de forma mais íntima, o que por certo aumentava as relações com os filhos.
No final do século XIX os brinquedos tornaram-se maiores devido
à emancipação do processo de industrialização e subtraíram-se
paulatinamente das famílias, tornando-se estranho às crianças e aos pais.
Começaram a sofisticar-se perdendo o vínculo com a simplicidade e
com o primitivo.
Os estudos de benjamim mostraram como, desde as origens, o
brinquedo sempre foi um objeto do adulto para a criança.
Mesmo os brinquedos antigos com a bola, a pipa, são derivados de cultos religiosos, uma vez dessacralizados, permitiram o desenvolvimento das fantasias infantis. apesar do fascínio que exercem sobre a criança, eles constituem, da mesma forma, uma imposição dos mais velhos, para os quais os pequenos respondem sabiamente através da correção ou da mudança na forma de brincar.
Há brinquedos feitos da sucata dos adultos, que se transformaram em objetos importantes para as crianças, que, a partir do lixo da história, conseguem fazer história.
A simplicidade de determinados objetos e materiais
talvez seja responsável pelo encanto que possuem. É isso que,
segundo o autor, aproxima a criança do artista, do colecionador e do mágico.
Segundo benjamim, acreditava-se erroneamente que o conteúdo imaginário do brinquedo é que determinava as brincadeiras infantis,
quando na verdade quem faz isso é a criança; pôr essa razão,
quanto mais atraentes forem os brinquedos, mais distantes estarão do seu valor como instrumentos do brincar.
A essência do brincar não é fazer como se, mas fazer sempre de
novo. É nesse momento que há a aquisição de um saber fazer,
capaz de transformar a experiência em hábito.
Além da relevância que a brincadeira assume do ponto de vista cultural e social, ela também possui um importante papel do ponto de vista psicológico. É através do brincar que a criança vê e constrói o mundo, expressa aquilo que tem dificuldade de colocar em palavras. sua escolha é motivada pôr processos e desejos íntimos, pelos seus problemas e ansiedades. É brincando que a criança aprende que, quando perde no jogo, o mundo não se acaba.
Do ponto de vista psicológico, a obra de vygotsky (1984), entre outras, assume um papel fundamental. para ele, definir o brinquedo como atividade que dá prazer é insuficiente, porque existem outras experiências que podem ser mais agradáveis à criança. o que atribui ao brinquedo um papel importante é o fato de ele preencher uma atividade básica da criança, ou seja, ele é um motivo para ação.
A criança pequena, para ele, por exemplo, tem uma necessidade
muito grande de satisfazer os seus desejos imediatamente.
Quanto mais jovem é a criança, menor será o espaço entre o desejo e a sua satisfação.
No pré-escolar há uma grande quantidade de tendências e desejos não possíveis de ser realizados imediatamente e é nesse momento
que os brinquedos são inventados, justamente para que a criança
possa experimentar tendências irrealizáveis. a impossibilidade de realização imediata dos desejos cria tensão e a criança se envolve com o ilusório e o imaginário, onde seus desejos podem ser realizados. É o mundo dos brinquedos.
É preciso um espaço onde a partir do brincar e do brinquedo as
pessoas lidam com a possibilidade de se aprender,
permitindo a aquisição\ressignificação de conhecimentos que se movimentam em direção ao saber. sob o olhar psicopedagógico, constitui um recurso facilitador na construção de conhecimentos e vínculos entre as pessoas, na criação da comunicação.resgatando o lÚdico “resgatamos o brincar prazeroso, a alegria lentamente... brincar para produzir ... brincar... pensar ... compartilhar... conhecer... significar... saber... aprender... são os ingredientes
para essa construção.”(noffs,1995,p.83).a criança aprende brincando, é necessário que o ensinante (professor) esteja alerta, para não cair no cotidiano repetitivo com atividades onde a criança só copia , enquanto deveria estar construindo.
A brincadeira , na aprendizagem tem por objetivos :
desenvolver a capacidade lúdica ;
propiciar a interligação entre o real e o imaginário;
propiciar a construção e a interligação de conceitos na aquisição o
Conhecimento;
facilitar a ação, reflexão, ação após brincar ;
utilizar o seu próprio corpo como recurso para aprender;
propiciar a vivência e elaboração de diferentes papeis.
“ o uso dos brinquedos, jogos de materiais
pedagógicos, do ponto de vista psicopedagógico,
necessita da percepção do contexto
onde se encontram inseridos.É preciso que o ensinante identifique a matriz simbólica anterior do objeto, para entender melhor as necessidades e dificuldades mais imediatas dos alunos.”
 (mrech,p.25)
contribuiÇÕes de winnicott sobre o brincar e o aprender
para winnicott, o brincar é universal, facilita o crescimento
e, portanto, a saúde, conduz os relacionamentos grupais, é uma forma de comunicação consigo mesmo e com os outros; tem um lugar e um tempo muito especiais, não sendo algo só de ‘dentro’ , subjetivo, interno, ou só ‘de fora’ , objetivo, externo, mas se constituindo justamente num espaço potencial entre o eu e o não eu, entre o mundo interno e o externo, que justamente vão se formando á medida em que o brincar se desenvolve de forma criativa e original.

Winnicott não observava de forma passiva as crianças , ele brincava com elas, lidando com a superposição de duas áreas de brincar, a da criança e a do terapeuta, salientando a necessidade do terapeuta( ou qualquer outra pessoa) ter condições de realmente saber e poder brincar com. o brincar tem um papel insubstituível no processo vital de encontro consigo mesmo e com o outro. o processo de crescimento gera ansiedade, crescer é justamente aprender a lidar com a frustração.

Contribuições de Vygotsky sobre o significado do brincar sabendo que a criança tem um desenvolvimento maior brincando, quero ressaltar sobre a ação e o significado no brinquedo.
segundo Vygotsky , “se a criança está brincando de ser irmã, ela tenta ser o que pensa que uma irmã deveria ser. na vida, a criança comporta-se sem pensar que ela é a irmã de sua irmã. se está brincando de ser mamãe, obedece as regras de comportamento maternal .”(1984,p.92)
No brinquedo a criança, usa espontaneamente sua capacidade de
separar significado do objeto sem saber o que está fazendo. a criação
de uma situação imaginária não é algo fortuito, é a primeira manifestação de emancipação em relação as restrições situacionais.
A criança não tem que satisfazer as necessidades básicas da vida, mas pode viver a procura do prazer. a criança se desenvolve, através da atividade de brincar. o brinquedo é muito mais a lembrança de alguma coisa ( ou cena ) que realmente aconteceu do que imaginação, é mais memória em ação do que uma situação totalmente imaginária nova. até para a criança o brinquedo é um jogo sério, assim como o é para um adolescente , embora, em sentido diferente; para a criança o brinquedo sério significa que ela brinca sem separar a situação imaginária da real.
Características motoras
a criança a partir de 2 anos tem mentalidade motora. a maior parte de suas satisfações e as maiores características são de ordem muscular, gosta da atividade motora grossa, possui articulações mais flexíveis, equilíbrio superior que o permite correr, subir e descer escadas sozinha,pode pular e saltar, efetuar giros rápidos. se diverte com brincadeira dereviravoltas com um acrobata, tanto sozinha como em resposta a um estímulo . “ expressa suas emoções de alegria dançando, saltando, aplaudindo, gritando ou rindo.”(gomes, 1997,p.140) sente nos músculos fundamentais a sensação do movimento. Meneia o polegar e move a língua. Sua musculatura oral está madura. mastiga quase automaticamente. O controle manual permite virar páginas uma por uma. constrói torres com cubos. já pode cortar com tesouras, enfiar contas numa agulha (sob vigília de um adulto). permanece sentado por mais tempo. põe em evidência sua crescente facilidade para o progresso cultural doméstico. a
medida que vai crescendo (por volta dos 3 anos )suas potencialidades vãoaumentando, se entretém com jogos sedentários durante períodos mais longos ; é atraída pelo lápis, gizão ,pincel, tesoura e etc. diante de uma caixa com um
brinquedo dentro, trabalha tenazmente para tirar , uma vez que consegue, prefere estudar o problema a brincar com ele. tanto no desenho espontâneo como no imitativo, mostra uma maior capacidade de inibição e delimitação do movimento. Seus traços estão melhor definidos, revelando um crescente discernimento motor. tem controle dos traços nos planos vertical e horizontal . pode dobrar um papel, mesmo sem modelo. A criança , aproximadamente aos 4 anos gosta de realizar provas motoras, também lhe proporciona prazer as provas que exigem coordenação fina. tem facilidade para copiar o círculo, já tenta copiar outras formas geométricas. suas novas proezas atléticas se baseiam na maiorindependência da musculatura das pernas .abotoa as roupas e faz o laço dos
sapatos ,demonstrando maior refinamento e precisão.
A criança de 5 anos gosta de observar, cuidado com o que você faz em sala de aula ,pois a criança imita tudo que os adultos em sua volta diz ou faz. necessita de modelos e gosta de copiar desenhos, letras e números. A habilidade manual está, em geral, bem estabelecida, reconhece a mão que usa para escrever. quando é mantida em posição sentada, se inquieta, se levanta, volta-se para um lado e outro, ou fica parada entre a mesa e a cadeira.
Brinquedo - desenvolver e aprender
O brinquedo proporciona o aprender-fazendo e para ser melhor aproveitado é conveniente que proporcione atividades dinâmicas e desafiadoras, que exijam participação ativa da criança.
As situações-problema contidas na manipulação de certos materiais, se estiverem adequadas às necessidades do desenvolvimento da criança, fazem-na crescer através da procura de soluções e de alternativas.
O desempenho psicomotor da criança enquanto brinca alcança níveis que só mesmo a motivação intrínseca consegue.
para que o brinquedo seja significativo para a criança é preciso que tenha pontos de contato com a sua realidade.
Brinquedo – inteligência e concentração da
atençãoo
O brinquedo estimula a inteligência porque faz com que a criança solte sua imaginação e desenvolva a criatividade.
mas, ao mesmo tempo, possibilita exercício de concentração, de atenção e de engajamento. Distrai, porque oferece uma saída para a tensão provocada pela pressão do contexto adulto.
Possibilita exercício de atenção e concentração, porque leva a criança a absorver-se na atividade.
Pode-se aumentar gradativamente a capacidade para a criança permanecer em uma mesma atividade fornecendo-se, inicialmente, brinquedos que exijam menos tempo para que as atividades sejam realizadas, e, à medida que a criança já consegue executá-las, oferecer jogos que solicitem maior tempo de utilização.
Como consequência da realização de uma atividade agradável e que
provocou concentração, a criança fica mais calma e relaxada brinquedo – desenvolvendo a linguagem
O brinquedo e as brincadeiras são excelentes oportunidades para nutrir a linguagem da criança. o contato com diferentes objetos e diferentes situações estimula também a linguagem interna e o aumento de vocabulário.
O entusiasmo da brincadeira faz com que a linguagem verbal se torne mais fluente e haja maior interesse pelo conhecimento de palavras novas. a variedade de situações que o brinquedo possibilita pode favorecer a aquisição de novos conceitos. a participação de um adulto, ou criança mais velha, pode enriquecer o processo. a criança faz experiências descobrindo as leis da natureza, o adulto introduz os novos conceitos por ela vivenciados, completando assim, a sua integração. No processo de evolução em direção à linguagem oral podemos identificar três fatores que definitivamente concorrem para sua efetivação:
A rapidez com que as ligações entre os acontecimentos são feitas; o pensamento que se apóia em extensões espaço-temporais cada vez mais amplas e se liberta do imediato; a simultaneidade das representações, que vem em decorrência dos fatores anteriores. a imitação tem um papel muito importante no desenvolvimento da linguagem. É necessário reforçar que vocabulário variado não é sinônimo de domínio de linguagem, duas frases justapostas podem conter maior informação e adequada relação entre fatos do que várias frases aleatórias, simplesmente emitidas, com vocabulários repetidos. a respeito de comunicação fica claro perceber que a avaliação da linguagem da criança nos primeiros anos, ou seja até os seis anos será feita através da observação ativa na relação com o meio, com o indivíduo e com o brinquedo. deve- se lembrar sempre que:“a criança somente estará pronta à expressão oral quando sua expressão motora estiver efetivada.”
Brinquedo – desenvolvendo a sociabilidade
Brincando, a criança desenvolve sue senso de companheirismo; jogando com companheiros, aprende a conviver, ganhando ou perdendo, procurando entender regras e conseguir uma participação satisfatória.
No jogo, a lei não deriva do poder ou da autoridade, mas das regras, portanto, do jogo em si. conhecidas as normas, todos têm as mesmas oportunidades, e participando do jogo, a criança aprende a aceitar regras, pois o desafio está, justamente, em saber respeitá-las. esperar sua vez, aceitar o resultado dos dados ou de outro fator de sorte são excelentes exercícios para lidar com frustrações, e, ao mesmo tempo, elevar o nível de motivação.
Nas dramatizações, a criança vive personagens diferentes, alargando assim sua compreensão sobre os relacionamentos humanos.
As relação cognitivas e afetivas, conseqüentes da interação lúdica, propiciam amadurecimento emocional e vão, pouco a pouco, construindo a sociabilidade infantil. especialmente nos jogos grupais, a interação acontece de maneira mais fácil, pois é estimulada pela necessidade que os elementos de grupo têm de alcançar determinadas metas. para extrair resultados mais ricos dessa interação é necessário mudar sempre os elementos dentro de cada grupo.
Criança x brinquedo x adulto
a maneira como as crianças tratam os brinquedos está relacionada com a forma como os receberam.
A criança sente quando está recebendo um brinquedo por razões subjetivas do adulto, que, muitas vezes, compra o brinquedo que gostaria de ter tido, que lhe dá status, que vai comprar afeto ou servir como recurso para livrar-se da criança por um bom espaço de tempo.
A forma de introduzir o brinquedo à criança é importante. em certas situações, pode apenas ser colocado no ambiente que a criança vai explorar; outras vezes precisa ser apresentado a ela, e mostradas as possibilidades de exploração que oferece. de qualquer maneira, é indispensável que a criança seja atraída por ele.
Olhos para ver
O adulto transmite à criança uma certa forma de “ver” as coisas. quando apresentamos várias coisas ao mesmo tempo, ou então, por tempo insuficiente ou excessivo, estamos desestimulando o estabelecimento de uma atitude de observação.
Se quisermos que a criança aprenda a observar, se quisermos que ela realmente veja o que olha, teremos que escolher o momento certo para apresentar-lhe o objeto, motivá-la e dar-lhe tempo suficiente para que sua percepção penetre o objeto; teremos também que respeitar o seu desinteresse. insistir quando a criança já está cansada é propiciar o aparecimento de certas reações negativas.
Aprender a ver é o primeiro passo para o processo de descoberta.
É o adulto quem pode proporcionar oportunidades para a criança ver coisas interessantes, mas é indispensável que respeitemos o momento de descoberta da criança para que ela possa desenvolver sua capacidade de concentração.
Assim como a criatividade da pessoa que interage com a criança poderá torná-la criativa, a paciência e a serenidade do adulto influenciarão também o desenvolvimento da capacidade de observar e de concentrar a atenção.

“brinca com a gente...”
brincar junto reforça os laços afetivos. É uma maneira de manifestar nosso amor á criança.
Todas as crianças gostam de brincar com os pais, com a professora, com os avós ou irmãos mais velhos.
A participação do adulto no jogo da criança eleva o nível de interesse, pelo enriquecimento que proporciona; pode também contribuir para o esclarecimento de dúvidas referentes às regras do jogo.
A criança sente-se ao mesmo tempo prestigiada e desafiada quando o parceiro da brincadeira é um adulto. este, por sua vez, pode levar a criança a fazer descobertas e a viver experiências que tornam o brinquedo mais estimulante e mais rico em aprendizado.
Através da observação do desempenho das crianças com seus brinquedos podemos avaliar o nível de seu desenvolvimento motor e cognitivo. dentro da atmosfera lúdica, manifestam suas potencialidades e, ao observá-las poderemos enriquecer sua aprendizagem, fornecendo, através dos brinquedos, elementos nutrientes para seu desenvolvimento.
Devemos aproveitar esses momentos utilizando palavras adequadas, escutar as próprias palavras para verificar se estamos falando claramente e procurar responder por observações, perguntas ou ações. não colocar informações novas em excesso para que a criança possa aprender o que ouve; adaptar as frases ao nível da compreensão da criança, mas sem infantilizá-las.
O adulto interessado pode perceber o início do cansaço e do aborrecimento, momento em que a sua intervenção poderá ou animar ou propor uma outra atividade. mas isto só deve acontecer quando realmente a atividade estiver se esvaziando, para evitar que a saturação aconteça.
O adulto que interage pode despertar a atenção e a compreensão da criança, enriquecendo seu brincar. mas é imprescindível que antes de mais nada se observe como ela está brincando para respeitá-la, respeitando sua iniciativa, suas preferências, seu ritmo de ação e suas regras de jogo.
Não se deve interromper a concentração de uma criança que brinca, seria um sacrilégio. o momento em que ela está completamente absorvida pelo brinquedo é um momento mágico e precioso, em que está sendo exercitada uma capacidade da maior importância, da qual depende sua eficiência quando adulto, que é capacidade de observar e manter a atenção concentrada.
A criança deve explorar livremente o brinquedo, mesmo que a exploração não seja a que esperávamos. É preciso cuidado para a intervenção do adulto não interrompa a linha de pensamento da criança e não atrapalhe a simbolização que estava fazendo.
Para preservar a ludicidade, o adulto deve limitar-se a sugerir, a estimular, a explicar, sem impor determinada forma de agir. que a criança aprenda a utilizar o jogo descobrindo e compreendendo, e não por simples imitação. Por ser importante que as atividades envolvam operações do pensamento, que solicitem a imaginação, a criatividade, e que possibilitem a descoberta, é necessária a participação eventual do adulto. a criança precisa de alguém que a escute e que a motive a falar, a pensar e a inventar. precisa tanto de atividades grupais que a levem a sociabilizar-se quanto de atividades individualizadas que possibilitem o atendimento às suas necessidades pessoais.
E quando a atividade tiver que ser interrompida, deve dar-se um tempo para a transição e mudança de atividade. não podemos violentar a criança invadindo bruscamente o seu mundo.
“brinque... mas depois você tem que arrumar tudo.”
esta frase antipática , mas necessária ,certamente tem uma justificativa,
porém existem formas bem mais eficazes de fazer com que a criança adquira hábitos de ordem.
A arrumação dos brinquedos, colocada nestes termos, assume caráter punitivo, que irá provocar má vontade na hora de guardá-los.
O hábito de guardar os brinquedos com cuidado pode ser desenvolvido através da participação da criança na arrumação feita pelo adulto. quando os pais ou a professora têm o hábito de, constante e naturalmente, guardar as peças com carinho depois de utilizá-las, automaticamente a criança adquire o mesmo hábito e aprende que zelar pela ordem e conservação do brinquedo é normal, e pode haver satisfação em guardar como houve no brincar.
brincar x trabalhar: um hÁbito a ser cultivado
Porque no brincar existe necessariamente participação e engajamento, o brinquedo é certamente uma forma de desenvolver a capacidade de engajar-se, de manter-se ativo e participante. a criança que brinca bastante será um adulto trabalhador. a criança que sempre participou de jogos e brincadeiras grupais saberá trabalhar em grupo; por ter aprendido a aceitar as regras do jogo, saberá também respeitar as normas grupais e sociais. É brincando bastante que a criança vai aprender a ser um adulto consciente, capaz de participar e engajar-se na vida de sua comunidade.
O brinquedo é o trabalho da criança. como já dissemos antes, o brinquedo exercita capacidades indispensáveis a qualquer adulto profissionalmente bem-sucedido.
Se a criança brinca, acostuma-se a ter seu tempo livre criativamente utilizado. este hábito, se bem cultivado, além de trazer satisfação, irá se transformando, com a maturidade, em atitudes de predisposição para o trabalho. o importante é que seja preservada a gratuidade e o prazer; o gosto de fazer as coisas por elas mesmas e não somente pelos resultados que possam ser alcançados.
Permanecendo o prazer e o hábito de ocupar-se criativamente, a escolha profissional certamente será mais fácil e trabalho e lazer ficarão tão próximos que a única coisa que os distinguirá será a obrigatoriedade.
Quando a educação pela inteligência for uma realidade, não haverá mais razão para se conceituar opostamente lazer-trabalho, pois sendo o prazer e a criatividade preservados, a ludicidade estará igualmente presente.
Considerações sobre os diversos

Tipos de brinquedo

Brinquedos de afeto
“a criança goza e sofre de maneira tanto mais aguda quanto está inteira na impressão presente, sem nenhuma inquietude e aumentar-lhe a alegria e nenhuma esperança a limitar-lhe a dor: os pesares da criança são incomensuráveis.”(hubert)
Macios, gostosos de pegar, de aparência simpática, estes brinquedos
despertam, em todos que os vêem, uma vontade de acariciá-los e abraçá-los.
Ursinhos, gatinhos ou bebês muito “fofos” são um convite a ternura e ao gesto meigo. Provocam aconchego e oferecem consolo à criança.
devem estar à sua disposição e merecer o respeito dos adultos.

Entre os vários que possam estar disponíveis, sempre haverá um que será o “bichinho de estimação”. algumas crianças apegam-se de tal maneira a suas bonecas ou bichinhos, que não dormem sem eles e querem trazê-los consigo mesmo quando vão à escola. talvez estes brinquedos de afeto tornem-se companheiros tão indispensáveis por representarem o apoio de um amigo silencioso que nada pergunta e nada pede, só oferece conforto.
Este é um brinquedo que, pelo tipo de vínculo afetivo que possibilita, deve realmente pertencer à criança. não é aconselhável tê-lo em brinquedotecas para empréstimo pois a criança poderia ficar triste ao ter que devolvê-lo.
Brinquedos para o “faz-de-conta” –jogo
Simbólico
O pensamento da criança evolui a partir de suas ações. as crianças precisam vivenciar suas idéias em nível simbólico para poder compreender seu significado na vida real.
Podem conhecer objetos ou pessoas, mas suas idéias a respeito vão tornar-
se mais claras quando representarem em seu jogo simbólico.
Os brinquedos de “faz-de-conta” funcionam como elementos introdutórios e de apoio à fantasia; facilitam o processo de simbolização e propiciam experiências que. além de aumentarem o repertório de conhecimentos da criança, favorecem a compreensão de atribuições e de papéis; não é necessário que sejam cópias idênticas da realidade: um bloca de madeira pode ser utilizado para representar um boneco. entretanto, quando forem miniaturas de objetos reais, devem possibilitar utilização semelhante a eles; por exemplo, um carrinho deve rodar, um barquinho deve flutuar e um bule deve poder conter um pouco de líquido; as ferramentas também devem poder ser utilizadas. caso contrário, perderão a finalidade de provocar a vontade de brincar com eles como se fossem “de verdade”.
Quando a vontade de “brincar de...” já existe, a atuação da criança poder ser mais criativa, pois ela mesma poderá inventar os objetos, valendo-se de qualquer sucata. a brincadeira fica até mais divertida quando as crianças têm que descobrir o que está representando o quê.
o “faz-de-conta” dá oportunidade para expressão e elaboração em forma simbólica de desejos e conflitos; quanto mais rica for a fantasia e a imaginação da criança, maiores serão suas chances de ajustamento ao mundo ao seu redor.
Casa de madeira
A casa de madeira é um excelente brinquedo, pois nela é possível :
arrumar os diversos ambientes de diversas maneiras , nomear cada móvel e dizer qual a sua utilidade
e de que foi feito (madeira , plástico , etc.), dramatizar situações que ocorrem no dia-a-dia de uma casa, os personagens podem representar a família.
Ação sobre o plano objetivo e subjetivo:
definição funcional dos objetos.
brincadeiras de faz-de-conta.
imaginação e criatividade.
dramatização.
desenvolve a sociabilização, atenção e memória.
telefone
o telefone é outro brinquedo que as crianças gostam muito,
são coloridos , de diversas formas e tamanhos; não nos esquecendo que enquanto se brinca estamos explorando o aprender. o telefone pode ser usado na dramatização, escolhendo participantes e tema central. pode ainda ser discado, explorando o som . pode-se comunicar uma mensagem com clareza usando cumprimentos e saudações .

ação no plano objetivo e subjetivo:
fluência verbal.
elaboração de diálogos.
sociabilização.
faz-de-conta.
atenção e concentração.
boliche
o boliche é um jogo em plástico colorido, contendo seis garrafas de cores diferentes e duas bolas para fazer os arremessos. para jogar o boliche , rola-se a bola em direção às garrafas e procura-se derrubar o maior número delas, é interessante variar a distância. pode-se jogar : de costas , por entre as pernas ,usar as mãos direita e esquerda , chutar a bola com o pé direito e esquerdo.
ação sobre o plano objetivo e subjetivo:
brinquedo possibilita socialização e competição.
coordenação motora ampla (arremessar).
coordenação viso-motora ( acertar o alvo ).
controle da força muscular.
percepção de semelhanças e diferenças (cores ).
posição no espaço e relações espaciais.
concentração e atenção.
desenvolve a sociabilização.
boneca
não só as crianças são atraídas por bonecas, mas também os adultos e até
animais.
como miniaturas do ser humano, elas recebem a forma que o adulto
aprecia e imagina que a criança vá gostar.
mas se o adulto as faz, é a criança que lhes dá vida e lhes atribui
sentimentos, projetando nelas suas próprias emoções.
Quando são muito perfeitas ou sofisticadas, provocam admiração e a criança, em vez de utilizá-la para a sua brincadeira de “faz-de-conta”, passa a investigá-las ou exibí-las.
As crianças pequenas preferem bonecas macias e flexíveis e não valorizam tanto os detalhes da aparência.
os meninos também gostam de bonecas, mas, como não as têm, usam outros objetos para representar pessoas.
As bonecas são imprescindíveis porque dão à criança a oportunidade de exercer poder sobre elas, de sentir-se forte e grande como um adulto, de repreender, de superproteger, de castigar, de cuidar, de amar ou rejeitar.
Como objetos de afeto, fazem companhia e transmitem segurança.
o brinquedo com bonecas dá à criança a oportunidade de amadurecer
através da elaboração de sentimentos e da vivência do papel de adulto.

Ação sobre o plano objetivo e subjetivo:
brinquedo que constitui um bom suporte de investimento afetivo.
favorece os primeiros jogos de imitação e as personificações .
vida cotidiana(vestir, despir, banhar, alimentar, fazer dormir).
conhecimento do corpo humano.
esquema corporal, desenvolvimento do pensamento, coordenação
motora .
criatividade a partir da boneca(acessórios necessários para interagir,
criar.)
carro
os carros de plástico ou de madeira , desmontável ou não ,
é um
brinquedo muito atrativo . pode ser puxado , empurrado ou desmontado .toda criança , menino ou menina gosta de brincar com carrinhos seja de que modelo for .

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