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domingo, 30 de janeiro de 2011

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: HORTA ESCOLAR: UM LABORATÓRIO VIVO NO ENSINO DE QUÍMICA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: HORTA ESCOLAR: UM LABORATÓRIO VIVO NO ENSINO DE QUÍMICA

FINOM – FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS
GILVAR DA SILVA SOUSA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: HORTA ESCOLAR: UM LABORATÓRIO VIVO NO ENSINO DE QUÍMICA

ALMEIRIM – PA
2010
FINOM FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS
GILVAR DA SILVA SOUSA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: HORTA ESCOLAR: UM LABORATÓRIO VIVO NO ENSINO DE QUÍMICA

Artigo científico apresentado à Faculdade de Educação da FINOM/PROMINAS, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Ensino de Química.

ALMEIRIM – PA
2010 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: HORTA ESCOLAR: UM LABORATÓRIO VIVO NO ENSINO DE QUÍMICA

Gilvar da Silva Sousa1


RESUMO

O presente trabalho aborda questões sobre o ensino de química relacionando a degradação do ambiente, com a falta de conscientização, e que a implementação da Educação Ambiental em uma escola deva ter objetivos distintos, porém intimamente ligados e complementares, ao perceber a escola como mantenedora e reprodutora de uma cultura que é predatória ao ambiente, busquem mudanças em seu currículo e metodologia que possam não só diminuir tal influência, mas talvez invertê-la por uma que traga conseqüências benéficas ao mesmo. Partindo das definições sobre Interdisciplinaridade e Educação Ambiental, reafirma a importância da integração no conhecimento e da ação ambiental no campo da educação, abordando diferentes métodos na Interdisciplinaridade e a Educação. Demonstra que a utilização de compostos orgânicos nas hortas são instrumentos eficientes, para diminuir o acumulo de lixo, que é gerado pela própria escola, onde a compostagem possibilita a criação de microorganismos poderosos que irão fornecer na quantidade certa e constante todos os nutrientes de que as hortaliças precisam. Para melhor desenvolver este estudo, iniciou-se um levantamento teórico de obras ligadas diretamente ao objeto de estudo e outras afins na tentativa de demonstrar que o processo de ensino e aprendizagem em Química não deve ser desenvolvido somente de forma teórica, mas também com aulas práticas facilitando dessa forma a aprendizagem do educando. Como resultado destaca-se que, esses fatores acima mencionados são condicionantes que estão diretamente interligados com as necessidades educativas tanto dos alunos como dos professores para que haja uma educação de qualidade.

Palavras-chave: Educação ambiental, compostos orgânicos, horta escolar, ensino de química.

Introdução

O mundo está vivendo um momento muito especial e estratégico no que se refere ao ambiente. A poluição evolui através dos anos, com o desenvolvimento da indústria como dos: agrotóxicos, polímeros e o crescimento do contingente humano no planeta. Fato que está gerando até problemas de saúde pública. Um dos grandes problemas ambientais da atualidade é o destino a ser dado ao lixo. O lixo é gerado por toda a sociedade, por isso deve ser uma questão e responsabilidade de todos e não somente de alguns indivíduos. Todas as atenções estão voltadas a tudo o que atinge direta ou indiretamente a biodiversidade do Planeta. Nessa perspectiva, surge a escola como principal responsável pelos processos de conscientização e formação dos futuros cidadãos brasileiros, que como empreendedores ou não, venham agir de modo responsável e com sensibilidade, conservando o ambiente saudável no presente pensando no futuro.


A educação assume um papel importante na formação do educando. Para isto, é necessário fazer da escola um espaço de descobertas e reflexão criando condições para uma compreensão crítica sobre a realidade da vida. A relação entre a educação ambienta e o ensino da química possibilita ao educando observar as transformações que ocorrem no ambiente viabilizando melhorar a assimilação dos conteúdos. Para isso faz-se necessário que o professor trabalhe de forma contextualizada os diferentes conteúdos com a preservação ambiental, uma das formas viáveis de trabalhar a educação ambiental no ensino de química é através do processo de compostagem que é um método eficaz para diminuir o impacto ambiental causado pelo lixo, devolvendo ao solo, nutrientes que são importantes na construção de uma horta escolar, onde a mesma se utilizada de forma adequada pelos educadores torna-se um excelente laboratório vivo interdisciplinar. Segundo Gigante (2005)
Os projetos interdisciplinares favorecem o agrupamento dos alunos por eixos de interesse e a aproximação dos mesmos aos diferentes conhecimentos de maneira produtiva abertos para o mundo, aprendendo pela riqueza de relações que estabelecem.
Nesse contexto a interdisciplinaridade emerge a perspectiva de uma educação que restabeleça a ética, resgate os valores, preserve a cultura, a vida e que, acima de tudo, torne o ensino de disciplinas como o da Química algo contextualizado, compreensível e útil para inserção da educação ambiental. Os conteúdos de química podem ser trabalhados com diferentes metodologias, podendo observar que durante o processo de compostagem, ocorrem diferentes reações químicas e produção de energia. Segundo Beltran (1996)
O conteúdo de Química é praticamente inesgotável. Cumpre ao professor fazer a escolha do que vai trabalhar com seus alunos. O programa deve ser amplo (...), porém a extensão não pode prejudicar a clareza dos conceitos, nem confundir suas conexões (...). É preciso trabalhar os conteúdos de maneira a incorporá-los definitivamente ao conhecimento do estudante.
Diante do exposto entende-se que cabe ao professor escolher os conteúdos adequados para serem trabalhados nas aulas praticas.
Para que haja um bom rendimento por parte dos educandos, o educador deve relacionar os conteúdos teoria/pratica com a preparação da compostagem e posteriormente com o crescimento das hortaliças que serão possíveis graças aos diferentes nutrientes encontrados no adubo orgânico.
Diante das possibilidades da inserção da Educação Ambiental nas escolas faz-se a seguinte problemática.
• Quais as contribuições que a interdisciplinaridade em relação ao ensino de química e a educação ambiental podem oferecer para a sociedade?
Com intuito de aprimorar esta pesquisa, lança-se como hipótese a seguinte afirmativa:
• A utilização do espaço escolar (horta) como um laboratório vivo para desenvolver conteúdos previstos no plano de ensino proporciona oportunidades para o educando refletir sobre suas ações com relação ao ambiente permitindo a socialização de conhecimentos, assim como a valorização de práticas ambientalmente corretas.
Este trabalho de pesquisa busca responder aos seguintes objetivos:
Objetivo Geral:
• Demonstrar que a Química não deve ser entendida como um conjunto de conhecimentos isolados, nem tratada de forma enciclopédica, dedutiva e distante da realidade.
Objetivos Específicos:
• Apresentar a educação ambiental como uma possibilidade para amenizar a degradação ambiental.
• Utilizar composto orgânico no plantio de hortaliças.
• Compreender a importância da compostagem, para reduzir o impacto ambiental ocasionado pelo lixo
• Compreender que os conteúdos de química podem ser trabalhados com auxilio da horta escolar
À medida que se investiga os teóricos como embasamento desta pesquisa entende-se que a educação ambiental é um tema que deve estar presente tanto nas disciplinas quanto nos currículos educacionais, Reis (2004, p.13) afirma que:

Acima de tudo, educação ambiental é educação. Educação em suas várias dimensões; portanto, é preciso considerar a formação do homem no espaço educacional mais amplo ou no espaço educacional mais restrito – a escola. Em todos os sentidos é preciso levar em conta o caráter sócio - histórico do homem.


De acordo com o autor a Educação Ambiental é um processo de reconhecimento de valores e classificações de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos, também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhoria da qualidade de vida.
Observa-se que a Educação Ambiental é relatada na Lei 9.795/99 de 27/04/1999, que institui a Política Nacional, que a define em seu artigo 2º como: Um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, “em caráter formal e não-formal. Mostra-se voltada para a formação de uma educação política”. Porém, não se pode em nenhum momento ignorar o óbvio, pois se sabe que a Escola não educa sozinha para Filippsen (2003 p. 05)
Se não existir um impacto social com as demais instituições sociais, inclusive as famílias somadas às reformas necessárias ao seu desenvolvimento, não será possível formar cidadãos nos valores propostos pelos PCNs, sobretudo em relação à Transversalidade Ambiental,
Neste contexto é fundamental que a escola enfrente a problemática ambiental, a partir de trabalhos que estimulem o envolvimento além do ser humano particular, a coletividade, para uma sustentabilidade eqüitativa e um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida.

Desenvolvimento

1- Educação Ambiental na Escola:

Entende-se que a educação ambiental é um dos eixos fundamentais para impulsionar os processos de prevenção da degradação, garantindo os direitos dos cidadãos a um ambiente sustentável. Neste contexto é fundamental que a escola enfrente a problemática ambiental, a partir de trabalhos que estimulem o envolvimento da escola nas grandes constante de educação Ambiental que envolva além do ser humano particular, a coletividade, para uma sustentabilidade eqüitativa e um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida. Tal educação afirma valores e ações que contribuem para a transformação humana e social e para a preservação ecológica. Sato (2004) relata que:
 
O papel da escola não se reduz simplesmente a incentivar a coleta seletiva de lixo, em seu território ou em locais públicos, para que seja reciclado posteriormente. Os valores consumistas da população tornam a sociedade uma produtora cada vez maior de lixo. A necessidade que existe é, na verdade, de mudanças de valores.
Considerando o posicionamento do autor na importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, entende-se que a escola deverá oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente, para Sachs (2006, p.82)
O problema não está em escolher entre crescimento e qualidade do ambiente, e sim em uma redefinição de padrões de uso de recursos e das finalidades do crescimento, tentando harmonizar objetivos socioeconômicos e ambientais.
Nessa linha, afirma, ainda, que, "deixar de crescer para livrar-se dos impactos negativos do crescimento sobre o ambiente é uma proposição intelectualmente simplista e politicamente suicida"
Neste sentido, viver de forma sustentável é aceitar a busca da harmonia com as outras pessoas e com a natureza, a Educação Ambiental assume uma perspectiva mais abrangente, "não restringindo seu olhar à proteção e uso sustentável de seus recursos naturais, mas incorporando fortemente a proposta de construção de sociedades sustentáveis" (QUÍMICA AMBIENTAL, 1999).

1.1 A importância do ensino de Química

A relação entre o ensino da química na formação do cidadão é assegurar ao indivíduo o exercício consciente da cidadania. O aprendizado da Química é vital para o entendimento de absolutamente tudo o que nos rodeia, permitindo traçar parâmetros para avaliar o desenvolvimento social e econômico e, com isso, exercer a cidadania. Segundo Vidal, (1986):
A química é hoje uma Ciência experimental. Enquanto ciência, ela estrutura, através de teorias, os nossos conhecimentos de natureza. Reagrupa a multiplicidade das observações e das experiências respeitantes às transformações da matéria em conjuntos cujos elementos são unidos por meio de leis, por meio de relações de tipo explicativo. As teorias orientam as investigações para novas descobertas. A química aproxima-se também de uma técnica pelo seu caráter experimental. É por isso que seu objetivo consiste em dominar a Natureza, em modificá-la. Para isso, analisa e sintetiza corpos; por um lado, aqueles que a própria natureza produz, por outro, aqueles que as leis da Natureza tornam possíveis.
De acordo com o autor a química está presente no nosso cotidiano, através da água, do ar, do solo em tudo que existe. Desta forma é um dever, como cidadão, adquirir conhecimento e entender os objetivos dessa disciplina para poder participar com maior fundamentação na sociedade. Porém, é importante efetivar um diálogo interdisciplinar, principalmente no campo sócio-ambiental, no qual as idéias e o saber estão presentes em todos os campos do conhecimento.

1.2- Aulas práticas na horta escolar.

O ensino da química através de aulas práticas facilita o aprendizado dos alunos, pois esta ciência está diretamente relacionada com os acontecimentos do dia-a-dia. Visto que a Química esta presente em toda matéria ao nosso redor. Portanto os educadores precisam utilizar metodologias que facilitem o aprendizado possibilitando uma ligação entre teoria/prática para que o processo de ensino aprendizagem se facilite e seja eficaz. “A experimentação permite que os alunos manipulem objetos e idéias e negociem significados entre si e com o professor durante a aula’’. (CACHAPUZ, 2002).
A colocação do autor reafirma que, todo ser humano aprende com mais facilidade, quando o que se estuda tem relação com seu cotidiano.
Percebe-se que a química é difícil de ser interpretada e, muitas vezes, o conteúdo é complexo, porém quando o professor associa teoria e prática usando criatividade no desenvolver dos conteúdos ele estimula os educandos a construírem individualmente seus próprios significados para as experiências que vivenciam. De acordo com Galiazzi e Gonçalves, (2004).
A experimentação é uma ferramenta importante no processo de ensino/aprendizagem, porém não basta dispor de laboratório completo para se obter resultados significantes no ensino, é preciso que as atividades sejam bem elaboradas e aplicadas com categoria e, se assim não o forem, o conteúdo acaba não tendo significado.
Tomando como referencia os olhares dos autores entende-se que as aulas práticas são fundamentais para que o educando assimile com mais facilidade os conteúdos expostos. Porém para que surtam efeitos positivos faz-se necessário que o educador utilize ferramentas adequadas, e a horta escolar aqui apresentada é um suporte pedagógico que contribui para a plenitude no ensino de química, pois a horta viabiliza aos educandos realizarem experimentos nas aulas praticas, uma vez que várias atividades podem ser utilizadas na escola com o auxílio de uma horta onde o professor relaciona diferentes conteúdos e coloca em prática a interdisciplinaridade com os seus alunos. Para Souza, (2007).
As hortas têm um papel fundamental, tanto do ponto de vista estético como educativo; funcionam como um espaço de descoberta e aprendizagem direta de muitas matérias que são abordadas na sala de aula. Mas, acima de tudo, dão à criança a oportunidade de se ligar à Natureza, de sentir que faz parte dela, que tem um lugar e um papel a desempenhar, tal como todos os outros seres.
Com essa reflexão, reafirma-se que a horta facilita a socialização e a troca de informações entre os alunos facilitando o seu processo de aprendizagem, como exemplo, no ensino de química pode ser trabalhado o conceito das propriedades gerais e específicas da matéria como: peso, volume, cor, odor, sabor, densidade e viscosidade dentre outros.

1.3- A utilização de compostagem na horta escolar

A compostagem é um processo que pode ser utilizado para transformar diferentes tipos de resíduos orgânicos em adubo e, quando adicionado ao solo, melhora as suas características físicas, físico-químicas e biológicas. Tomando como referência o olhar da autora
O composto melhora a qualidade do solo e reduz a contaminação e poluição ambiental; estimula o exercício à cidadania pela contribuição na diminuição do lixo; melhora a fertilização dos solos, pois sua atividade devolve ao ambiente, substâncias necessárias para a produção das proteínas dos vegetais Por isso o adubo orgânico é um elemento fundamental na reciclagem. (OLIVEIRA 2005)
De acordo com a autora o uso de compostos orgânicos no plantio de hortaliças além de diminuir, o acumulo de lixo que é gerado diariamente, também concentra de forma equilibrada nutrientes para as, hortaliças e da estrutura e vida ao solo, fazendo com que as mesmas cresçam de forma saudável possibilitando ao educador utiliza – lá como um laboratório vivo para diferentes atividades didáticas.
 
Aprender fazendo, agindo ,experimentando é o modo mais natural, intuitivo e fácil de assimilação de conteúdo A utilização de uma horta é uma forma de facilitar à participação e a troca de informações dos alunos no seu processo de construção do conhecimento. (SOUZA 2007).


O processo de construção da horta escolar com o uso da compostagem é um recurso fundamental nas aulas praticas para despertar o estímulo das turmas, através do estudo do desenvolvimento das plantas, o ciclo da água, decomposição, ciclo do oxigênio, fotossíntese, brotamento e surgimento de fungos. Com esse recurso também é possível discutir os fatores abióticos e bióticos, além da importância da temperatura e luz solar para a transformação do material orgânico em adubo e desenvolvimento das plantas, é uma das formas de trabalhar a educação ambiental de forma contextualizada com o ensino de química.

Conclusão

Tendo em vista os diferentes olhares apresentados sobre o ensino de química e a educação ambiental, percebe-se que a formação de atitudes de reflexão é fundamental para garantir o sucesso da prática educacional.
Entende-se que a química está presente no dia-dia dos seres vivos, portanto para que os educandos assimilem com mais facilidade os conteúdos, é necessário que o educador relacione os mesmos com a realidade dos alunos. O ensino de química pode ser contextualizado com a educação ambiental com o intuito de despertar a consciência dos alunos no que diz respeito aos impactos de suas ações do cotidiano, visando favorecer uma postura reflexiva que o leve a adotar novos valores e atitudes, uma vez que a educação ambiental faz se necessária para amenizar a problemática da degradação ambiental causada pelo acumulo de lixo. Ao trabalhar o “lixo”, deve-se perceber que na realidade ele é matéria-prima proveniente principalmente de recursos não-renováveis e que podem ser utilizados como compostos orgânicos no plantio de hortaliças, compreendendo que os conteúdos de química podem ser trabalhados também com auxilio da horta escolar propiciando aos educandos analisar através dos conhecimentos adquiridos a importância desse espaço como um campo de estudo vivo, onde a interação homem/ ambiente se realiza, sendo este homem capaz de compreender sua ligação na teia de interações com os demais seres vivos.

Bibliografia:


BELTRAN, M. H. R.; Destilação: a arte de “extrair virtudes - Caderno Temático de Química Nova na Escola, São Paulo: nº 04, 1996


CACHAPUZ, Antônio F. – A Universidade e a Valorização do Ensino e a Formação de seus Docentes. In: MACIEE, Lizete S. B. Reflexões sobre a formação de professores – Campinas, SP; Papirus, 2002 – (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico).


FELIPPSEN, R. M. Jardim-FACCAT, e mestre de Ensino de Ciência e matemática, pela ULBRA, 2003 E-mail: filipson @ terra. Com. BR


GALIAZZI, Maria do Carmo; GONCALVES, Fábio Peres. A natureza pedagógica da experimentação: uma pesquisa na licenciatura em química. Quím. Nova, São Paulo, v. 27, n. 2, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.com. br&#8805; Acesso em: 26 de agosto de 2008.


GIGANTE, Ana Maria Beltrão. A escola, os projetos e a interdisciplinaridade. Jornal Mundo Jovem. Porto alegre-. Julho/2005. Nº 358, p. 11.


Lei Nº. 9.795/99 de 27/04/1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial de União 1999; 28 de Abril.


OLIVEIRA, Arlene Maria Gomes Pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, Caixa Postal 83, 45810-970, Porto Seguro, BA 2005 arlene@cnpmf.embrapa.br


QUÍMICA AMBIENTAL. (1999) Disponível em: http: www.wikipedia.org.br. Acesso em: 20 set. 2008.


REIS, M. Freitas. Educação ambiental: natureza, razão e história/ Campinas, SP. 2004.


SACHS, A. “A Mania dos Orgânicos: O alimento sem agrotóxico vira moda ao vencer a idéia de que são mais saudáveis”. Revista VEJA Edição nº 1932, ano 38, nº 47, de 23/11/2006 p 82-83. São Paulo Editora Abril.


SATO, Michele. Educação Ambiental. 3ª Edição, editora Rima – São Carlos, 2004


SOUZA, Eduardo Luiz de. Faculdades Integradas Fafibe – Bebedouro (SP) 2007. eduardo@fafibe.br.


VIDAL, B. História da Química. Lisboa: Edições 70, 1986

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