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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Valores
Principais: Honestidade, verdade, justiça, ética, disciplina, integridade, paz (auto-estima, autocontrole, autoconfiança, auto-aceitação e desapego) e amor.

Devemos ter uma saúde mental, espiritual, emocional, física e financeiras equilibradas e integrada sem atropelo para uma saúde harmonizada e equilibrada.

Virtudes 
Ordenadas em ordem crescente de santicidade, as sete virtudes sagradas são:
Castidade (Latim castitate) - opõe luxúria
Auto-satisfação, simplicidade. Abraçar a moral de si próprio e alcançar pureza de pensamento através de educação e melhorias.
Generosidade (Latim, liberal is) - opõe avareza.
Desprendimento, largueza. Dar sem esperar receber, uma notabilidade de pensamentos ou ações.
Temperança (Latim temperante) - opõe gula
Autocontrole, moderação, temperança. Constante demonstração de uma prática de abstenção.
Diligência (Latim diligencia) - opõe preguiça
Presteza, ética, decisão, concisão e objetividade. Ações e trabalhos integrados com as próprias crenças.
Paciência (Latim, patientia) - opõe ira.
Serenidade, paz. Resistência a influências externas e moderação da própria vontade.
Caridade (Latim, humanitas) - opõe inveja.
Auto-satisfação. Compaixão, amizade e simpatia sem causar prejuízos.
Humildade (Latim, humilitas) - opõe soberba.
Modéstia. Comportamento de total respeito ao próximo.


Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também, mas obras que eu faço e outra maior fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso fará, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.
João 14.12-13

O perdão
O perdão é uma estrada de mão dupla. Sempre que perdoamos alguém, estamos também perdoando a nós mesmos. Se formos tolerantes com os outros, fica mais fácil aceitar nossos próprios erros. A partir daí, sem culpa e sem amargura, conseguimos melhorar nossa atitude diante da vida. “(Paulo Coelho)”.

Pensei muito se deveria falar desse assunto... Fé. É algo tão íntimo e tão complexo, que fica difícil dizer alguma coisa concreta. Eu não critico, não julgo e não fico analisando a fé alheia...Acho que ninguém tem autoridade pra isso.
Fé é coisa que a gente adquire. Se trouxer conforto, fica com a gente pra sempre. O que eu posso falar é da minha fé. Daquilo que move os meus sonhos.Eu tenho fé e ela me traz conforto, sim.E ela tem o peso e a força de tudo o que eu penso de bom pra minha vida.
Quer saber então o tamanho da minha fé?É imensa!Dizer pra você ter fé pode parecer lugar comum. Mas eu ouvi isso um dia: "Tenha fé”... E foi muito bom.Hoje eu sei que, sem ela, não iria muito longe.
Dê o nome que você quiser à fé. Chame de força, de pensamento positivo, de energia...Chame até de intuição...Mas o importante é saber onde ela está.E ela tem que estar aí dentro de você.Nunca em outra pessoa, nunca na crença do outro.
Ter a fé aqui dentro transforma tudo. Dá sentido às coisas...E torna sonhos possíveis, por mais impossíveis que eles possam parecer.Mesmo que a vida me pregue peças, esse sentimento não sai de mim...Porque eu não conheço uma pessoa feliz, realizada e otimista, que não tenha fé.
Texto de Lena Gino

Gratidão
I Tessalonicenses 05h18min
18 Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. 21 Examinai tudo. Retendo o bem.
Salmos 100
1 Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras.2 Servi ao Senhor com alegria; e entrai diante dele com canto.3 Sabei que o Senhor é Deus; foi ele que nos fez, e não nós; somos povo seu e ovelhas do seu pasto.4 Entrai pelas portas dele com louvor, e em seus átrios com hino; louvai-o e bendizei o seu nome.5 Porque o Senhor é bom, e eterna a sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração a geração.
Salmos 45:2
2 Tu és mais formoso do que os filhos dos homens, a graça se derramou em teus lábios; por isso Deus te abençoou para sempre.
Salmos 69:30
30 Louvarão o nome de Deus com cântico, e engrandecê-lo-ei com ação de graças.
Provérbios 3:4
4 E acharás graça e bom entendimento aos olhos de Deus e dos homens.5 Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.6 Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.

Sorriso
1 - Não custa nada e rende muito...
2 - Enriquece quem o recebe sem empobrecer quem o dá!
3 - Dura somente um instante, mas seus efeitos perduram para sempre!
4 - Ninguém é tão rico que dele não precise...
5 - Ninguém é tão pobre que não o possa dar a todos.
6 - Leva a Felicidade a todos e a toda à parte...
7 - É símbolo da amizade; da boa vontade, é alento para os desanimados; repouso para os cansados; raio de sol para os tristes; ressurreição para os desesperados...
8 - Não se compra, nem se empresta.
9 - Nenhuma moeda do mundo pode pagar o seu valor!
10-Não há ninguém que não precise tanto de um sorriso, como aquele que não sabe mais sorrir!
11-Quando você nasceu todos sorriram só você é que chorava!Viva de tal maneira, que quando você morrer, todos chorem e somente você sorria!

Não é o mais brilhante, mas é o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. Não importa o tempo, a ausência, os adiantamentos, à distância, as impossibilidades. Quando há AFINIDADE, qualquer reencontro retoma a relação,o diálogo, a conversa,o afeto, no exato ponto de onde foi interrompido.
AFINIDADE é não haver tempo mediante a vida. É a vitória do adivinhado sobre o real,do subjetivo sobre o objetivo,do permanente sobre o passageiro,do básico sobre o superficial.
Ter AFINIDADE é muito raro, mas quando ela existe, não precisa de códigos verbais para se manifestar. Ela existia antes do conhecimento,irradia durante e permanece depois que aspes soas deixam de estar juntas.
AFINIDADE é ficar longe,pensando parecidos ares peito dos mesmos fatos que impressionam, comovem, sensibilizam.
AFINIDADE é receber o que vem de dentro com uma aceitação anterior ao entendimento.
AFINIDADE é sentir com. Nem sentir contra, sem sentir para... Sentir com e não ter necessidade de explicação do que está sentindo.É olhar e perceber.
AFINIDADE é um sentimento singular, discreto e independente. Pode existir a quilômetros de distância,mas é adivinhado na maneira de falar,de escrever,de andar,de respirar.....
AFINIDADE é retomar a relação no tempo em que parou. Porque ele (tempo) exila (separação) nunca existiram.Foi apenas a oportunidade dada (tirada)pelo tempo para que a maturação pudesse ocorrer e que cada pessoa pudesse ser cada vez mais.
(Artur da Távola)


Poema Justiça
Por LUA

Que se grite aos ventos o erro do passado
Para que perturbe os ouvidos
Para que não seja esquecido esse erro
Que a mente de quem o causou não sossegue
Que a mente de quem o defende se abra

E a mente de quem vai julgar esteja certa

Do isso para que se faça justiça
Para os culpados haverá punição
Para quem defende haverá o dever cumprido
Para quem reza por justiça haverá...
... Sim...
Um sorriso não só nos lábios
Haverá um sorriso na alma
Virá enfim o alívio
E ao fitar o céu...
Conseguiremos respirar em paz
Pois voltaremos a ver o céu limpo
Pois nesse céu o veremos
Veremos teu sorriso tão lindo
Veremos teus olhinhos tão brilhantes

Poema Disciplina
O trabalho começa ao romper do dia. Mas nós começamos,
Um pouco antes do romper do dia, a reconhecer-nos.
Nas pessoas que passam na rua. Ao descobrir os raros
Transeuntes, cada um sabe que está sozinho.
E que tem sono — perdido no seu próprio sonho,
Cada um sabe, no entanto que com o dia abrirão os olhos.
Quando a manhã chega, encontra-nos estupefatas.
A fixar o trabalho que agora começa.
Mas já não estamos sozinhos e ninguém mais tem sono
E pensamos com calma os pensamentos do dia
Até que o sorriso vem. Com o regresso do sol
Estamos todos convencidos. Mas às vezes um pensamento
Menos claro — um esgar — surpreende-nos inesperadamente
E voltamos a olhar para tudo como antes do amanhecer.
A cidade clara assiste aos trabalhos e aos esgares.
Nada pode turvar a manhã. Tudo pode
Acontecer e basta levantar a cabeça
Do trabalho e olhar. Rapazes que se escaparam
E que ainda não fazem nada passam na rua
E alguns até correm. As árvores das avenidas
Dão muita sombra e só falta à erva
Entre as casas que assistem imóveis. São tantos
Os que à beira-rio se despem ao sol.
A cidade permite-nos levantar a cabeça
Para pensar estas coisas, e sabe bem que em seguida a baixamos.
esare Pavese, in 'Trabalhar Cansa'

Poema Ética
Aprendi com os meus pais, que ser pobre não é vergonha,
Vergonha é roubar, que se transformou em peçonha.
A ética coitadinha é jogada pra escanteio,
Enquanto o povo brasileiro vive à míngua sem esteio.
Todos os valores morais, esquecidos por inteiro.
Enquanto o marajá de Brasília, pinta e borda sorrateiro.


 

Integridade
Metade

Oswaldo Montenegro

“Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio”.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Que metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que tristeza.
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor.
Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos.
Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.
E que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso, mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei...
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a platéia e a outra metade, a canção.
E que a minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade... “Também.”
 

Poema Paz Mário Quintana
Se tu me amas, ama-me baixinho.
Grites de cima dos telhados


Deixam em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
Enfim,
Tem de ser bem devagarzinho, Amada,
Que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

Mário Quintana

Poema sobre retidão
Retidão

Tem ciúmes e muitas curvas
O que nunca faltou, atitudes.
Sabe deixar um homem boquiaberto
Somente com virtudes
Onde mora a paixão
No âmago e no coração
Sempre será loba e visceral
Antes da emoção e cerebral
Na vida é constante nas tentativas
Quer segurança e retidão
Curvas só as próprias
Do corpo violão
Na boca guarda sabores e violação
De mulher madura e consciente
Do poder da sua sedução
A cada dia essa mulher é superação
Desfruta o sabor do saber e usa
O melhor da intuição
Não quer ter mais uma frustração
Vai direto ao ponto, realização.
Sem rodeio, consumação.

Ulisses Reis®




PRINCIPAIS VALORES HUMANOS:

AMOR - manifestado através dos gestos virtuosos ele é a força vital no ser.

VERDADE-ação correta, que não deixa dúvida.

RETIDÃO - coerência entre a fala e a ação. A Retidão é o caminho estreito que o homem deve tomar para recobrar o paraíso perdido. O VALOR, A AUDÁCIA E O SOFRIMENTO.

PAZ (auto-estima, auto controle, auto confiança, auto-aceitação e desapego) e
- tranqüilidade e calma, ascender à luz inteira, alegria interna. NÃO VIOLÊNCIA - ação de evitar causar dor a si e aos outros.

HONESTIDADE – o ato, qualidade, ou condição de ser honesto. Isto pode incluir ser a pessoa ou instituição verdadeira em seus atos e declarações, não propensa a enganar, mentir ou fraudar; sem malícia.

JUSTIÇA – O valor da justiça é o alicerce mais sólido da paz.

ÉTICA – ética é a obediência ao que não é obrigatório

DISCIPLINA – A honestidade é encarada como um obstáculo por aqueles que querem subir na vida e não olham os meios para atingir os seus fins.

INTEGRIDADE – Integridade é a integração dos ideais, das convicções, dos critérios e das crenças – e do comportamento. É a confiança.
Todo experimenta a revolta quando a injustiça nos atinge ou atinge outras pessoas que estimamos.
Não há maior gerador de violência nas pessoas, nas sociedades e entre as nações do que a injustiça.
De tal modo a injustiça é contrária à razão humana que os homens injustos,
Para a manterem e tornarem admissível,
Recorrem à mentira, à difamação e à fraude.
O valor da justiça é o alicerce mais sólido da paz.
A injustiça fere os direitos fundamentais das pessoas e dos povos,
Impedindo-os de atingir a sua dignidade humana.
A injustiça fere as pessoas e os povos no seu núcleo mais sagrado: os direitos humanos.

Valores Humanos
VALORES HUMANOS

Luiz Alvarenga Torres

O mercado nos diz que quem possuir a decantada empregabilidade, está com grandes chances de se manter na ativa. Jornais, revistas e livros indicam o novo perfil do profissional do futuro. Os profissionais do assunto relatam sempre os fatores-chave de sucesso empresarial para quem quiser.
Tudo muito bom, coerente e preciso. Mas quem se lembra que antes do profissional, vem o homem? Alguém se recorda que valores humanos são mais poderosos e valiosos que indicadores de um melhor desempenho?
É muito bom dominar dois idiomas e dominar a tecnologia. Mas isso dá mais condição ao ser humano do que ética, honestidade e outros valores semelhantes? Dá mais qualidade de vida e integridade?
Os valores humanos são fundamentos morais e espirituais da consciência humana. Todos os seres humanos podem e devem tomar conhecimento dos valores a eles inerentes. Muito das causas que afligem a humanidade está na negação destes valores como suporte e inspiração para o desenvolvimento integral do potencial individual e consequentemente do social.
A vivência dos valores alicerça o caráter, e reflete-se na conduta como uma conquista espiritual da personalidade.
Para um profissional/homem conduzir com sucesso (que é um conceito relativo a cada um) a sua vida, tem de percorrer lado a lado com os seus valores humanos, a sua escalada e a sua trajetória por este mundo.
Entendo que os principais sejam: honestidade, verdade, justiça, ética, disciplina, integridade, paz (auto-estima, autocontrole, autoconfiança, auto-aceitação e desapego) e amor.
Ter as dimensões da saúde respeitadas e harmonizadas passa a ser o grande aliado dos valores humanos de cada um. Saúde mental, espiritual, emocional, física e financeira equilibradas e integrada sem atropelo.
Pense um pouco nisso, quando falar de empregabilidade, antes de sair correndo atrás de idiomas, tecnologia ou outras formas de preparo profissional. Pense em você inteiro e holístico, pense como amigo, como mentor e como cidadão. A responsabilidade de lembrar de você é somente sua, de ninguém mais.
“O maior crescimento é o processo de dar à luz a si mesmo”.


As sete virtudes
As sete virtudes são derivadas do poema épico Psychomachia, escrito por Prudêncio, intitulando a batalha das boas virtudes e vícios malignos. A grande popularidade deste trabalho na Idade Média ajudou a espalhar este conceito pela Europa. É alegado que a prática dessas virtudes protege a pessoa contra tentações dos sete pecados capitais, com cada um tendo sua respectiva contraparte. Existem duas variações distintas das virtudes, reconhecidas por diferentes grupos.
 As sete virtudes Ordenadas em ordem crescente de santicidade, as sete virtudes sagradas são:
Castidade (latim: castitas) — opõe luxúria.
Auto-satisfação, simplicidade. Abraçar a moral de si próprio e alcançar pureza de pensamento através de educação e melhorias.
Generosidade (latim: liberal itas) — opõe avareza.
Desprendimento, largueza. Dar sem esperar receber, uma notabilidade de pensamentos ou ações.
Temperança (latim: temperantia) — opõe gula.
Autocontrole, moderação, temperança. Constante demonstração de uma prática de abstenção.
Diligência (latim: diligencia) — opõe preguiça.
Presteza, ética, decisão, concisão e objetividade. Ações e trabalhos integrados com a própria fé.
Paciência (latim: patientia) — opõe ira.
Serenidade, paz. Resistência a influências externas e moderação da própria vontade.
Caridade (latim: humanitas) — opõe inveja.
Auto-satisfação. Compaixão, amizade e simpatia sem causar prejuízos.
Humildade (latim: humilitas) — opõe soberba.
Modéstia. Comportamento de total respeito ao próximo.

Generosidade
À medida que se consegue dar, fica-se mais rico...
Em um mundo em que o ter supera, muitas vezes, o ser, o sentimento de generosidade aparece contaminado por enfoques de doações materiais e estas, embora certamente ajudem, não alimentam a alma humana.
A generosidade é filha do amor que, desligado de pré-conceitos e de interesses ocultos, abre as portas de nosso coração para que nos comuniquemos com o outro, de um modo mais solto, mais fácil e aberto.
A generosidade é irmã da amizade que une e solidariza os homens, possibilitando o ultrapassar de suspeitas e de distâncias sociais e raciais.
Seus maiores inimigos serão os egoísmos, que nos cega, e o sentimento de posse, que não admite perdas ou concessões.
Por outro lado, quando se consegue ser generoso com alguém, estados mentais positivos se instalam, estados que nos enriquecem por nos conduzirem a uma melhor saúde mental e à sensação de felicidade.
Refletindo sobre generosidade, lembrei-me do texto "O último discurso” de Charles Chaplin, em que ele diz:
“Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador”. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar - se possível - judeus, o gentio... negros... brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma do homem... Levantou no mundo as muralhas do ódio... E tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, emperdenidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. “Sem essas duas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.”

Introspecção

Desde que experimentei o verdadeiro silêncio,
Deixei de temer a morte.
Que mais pode ser a morte
Que um silêncio prolongado...
Aquele silêncio
Em que o relógio que o pode marcar
É o relógio solar
Ponteiro dirigido ao céu,
Sem tic-tac.
Desde que conheci o verdadeiro silêncio,
Deixei de ter medo da vida,
Da vida que come o silêncio...
Conto-me no relógio de areia,
Uma a uma
Deixa-se tombar,
Há contar os segundos,
Sem ruído de ponteiros,
Nem cucos a espreitar.
É nesse marcar de tempo
Sem tic-tac de solidões
Que me nascem orquestras de silêncios
Em ondas a levarem-me ao céu
Como que na derradeira viagem,
Com o tempo contado
Em relógios de lua...
Que mais será a morte
Que um silêncio,
Aonde o compasso não vem da areia,
Nem do sol,
Mas tão só da lua,
Donde mire o mundo com poesia,
Donde continuarei a fazer-te poesia,
Calma, serena,
A minha,
Viva...
Gravada pelo vento
Nas dunas do meu silêncio...

Adelaide Monteiro

GENEROSIDADE
Esquecer as mágoas, perdoando aqueles que nos magoa e oferecer amor, é aliviar a dor que nos oprime a alma, nos faz crescer, enquanto pessoa humana. Generosidade é a nossa essência pura.
Soltar do coração toda a generosidade da qual somos capazes, faz-nos mais felizes porque nos inunda o coração com momentos de alegria!

TRÊS PENEIRAS VERDA. BONDADE.NECESSIDADE
As Três Peneiras (Liderança)

Olavo foi transferido de setor.
Logo no primeiro dia, para fazer média com o novo chefe, saiu-se com esta:
- Chefe o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Marco.
- Disseram que ele… – Antes mesmo de terminar a frase, Juliano, o chefe, interrompeu:
- Espere um pouco Olavo, o que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras, chefe?
- A primeiro Olavo, é a da VERDADE.
Você tem certeza que este fato é absolutamente verdadeiro?
- Não, não tenho não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram… Mas eu acho que…
E, novamente Olavo é interrompido pelo chefe.
- Então sua história já vazou a primeira peneira.
Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE.
O que você vai me contar é coisa boa? Gostaria que os outros também dissessem isso a seu respeito?
- Claro que não! Deus me livre, chefe! – diz Olavo assustado.
- Então – continua o chefe – Sua história vazou a segunda peneira.
Vamos ver a terceira que é a da NECESSIDADE.
Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda a melhorar a empresa e seu ambiente de trabalho?
- Não, chefe. Passando pelo crivo destas peneiras, vi que não sobrou nada do que eu iria contar – falou Olavo surpreendido…
- Pois é, Olavo. Já pensou como as pessoas seriam mais felizes e as empresas muito mais agradáveis pra se trabalhar se todos usassem essas peneiras? – diz o chefe sorrindo, e continua…
- Da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo das três peneiras antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante: Verdade, Bondade e Necessidade.

Pessoas inteligentes falam sobre idéias. Pessoas comuns falam sobre coisas. Pessoas medíocres falam sobre pessoas.

Qual é o perfil da pessoa fofoqueira? Geralmente são pessoas infelizes consigo mesma, com a vida, com o trabalho, com a família, enfim, nada pra elas tem uma razão nem um sentido positivo. A pessoa fofoqueira, como não tem perspectivas e nem motivação pessoal, ocupa o seu tempo julgando e falando mal da vida alheia.
A fofoca chega até nossos ouvidos, geralmente com as seguintes frases:
- Já está sabendo da novidade?
- Sabe da última?
-Você não vai acreditar…
Independentemente da frase maldosa que venha a chegar aos seus ouvidos, pense: Se alguém fala mal de algum conhecido para mim, quem me garante que quando viro as costas essa pessoa não estará falando mal de mim também?
Caso a fofoca venha acompanhada da seguinte frase: Vou te contar uma coisa, mas jura que guarda segredo?
Desbanque o fofoqueiro com classe, dizendo: Se é um segredo seu, sinto-me lisonjeado por você confiar em mim. Caso eu não possa ajudá-lo, pelo menos ouvirei e guardarei segredo, mas se for fofoca sobre a vida de alguém, por favor, não me conte, pois não quero saber!
Não aproveite o impulso diante de uma situação para falar mal de alguém. Não julgue o todo por uma parte, e não julgue para não ser julgado. Lembre-se de que quando você aponta um dedo para uma pessoa na intenção de julgá-la, três dedos da sua própria mão se voltam contra você.

A fofoca (rádio peão, rádio corredor, telefone sem fio) é um dos mais nocivos instrumentos de desagregação no ambiente de trabalho. O verdadeiro líder deve fazer uso destas três peneiras sempre que comentários mal-intencionados chegarem até ele. Não devemos esquecer que toda história tem pelo menos dois lados, e pra tomarmos decisões justas e acertadas, todos os envolvidos precisam ser ouvidos.

VALE A PENA ASSISTIR!

Meu nome não é Johnny
Maria cheia de graça
Ray
Cazuza - O tempo não para
Bicho de sete cabeças
28 dias
Trafica
O barato de Grace
A corrente do bem
Notícias de uma guerra particular
Despedida em Lãs Vegas
Transpoitting
Diário de um adolescente
Quando um homem ama uma mulher
Ironweed
Por volta da meia noite
Eu, Christiane F., 13 anos, drogada e prostituída.
La Luna

Competências e Habilidades
O termo competência tem recebido vários significados ao longo do tempo. Percebo que em certos momentos algumas palavras assumem o significado de paradigma, e isto tem ocorrido com as palavras: competências e habilidades, apesar de que atualmente parece haver uma idéia comum de competência. Mesmo assim, sinto que precisamos ainda, clarear o real significado de termos tão usados por nós educadores. Vêem-me a mente algumas questões como: Devemos dizer educar para competências ou educar por competências? A expressão "habilidades e competências", que sentido tem? Afinal que significado tem estas palavras?Se observarmos o funcionamento das estruturas intrínsecas do processo educacional como um todo, perceberemos que a organização escolar estrutura-se em função das respostas dadas a estas perguntas, isto é, em torno da idéia da formação do sujeito para resolver situações-problemas do dia-a-dia, que envolvem diferentes graus de complexidade. Estudiosos contemporâneos, afirmam, que as transformações pelas quais a sociedade está passando, estão criando uma nova cultura e modificando as formas de produção e apropriação dos saberes. Por isto competências e habilidades ganharam destaque nos debates atuais, pois fazem referências simultâneas ao cotidiano social e educacional. Segundo o professor Vasco Moretto, um dos sentidos de competência aflora na utilização da palavra no senso comum quando utilizamos expressões como "vou procurar um dentista, mas quero que seja competente", ou "meu irmão é um pianista competente". Todas elas têm o mesmo sentido: uma pessoa é competente quando tem os recursos para realizar bem uma determinada tarefa. A expressão isolada "fulano é competente" não tem muito sentido, provocando outra pergunta: "competente para fazer o quê?" Poderíamos dizer que Ronaldinho (jogar de futebol) é mais, ou menos competente que Guga (tenista)?Vislumbrando as varias acepções de competências, parece-me mais lógico o conceito de competência relacionado à capacidade de bem realizar uma tarefa, ou seja, de resolver uma situação complexa. Para isso, o sujeito deverá ter disponíveis os recursos necessários para serem mobilizados com vistas a resolver a situação na hora em que ela se apresente. Educar para competências é, então, ajudar o sujeito a adquirir e desenvolver as condições e/ou recursos que deverão ser mobilizados para resolver a situação complexa. "Assim, educar alguém para ser um pianista competente é criar as condições para que ela adquira os conhecimentos, as habilidades, as linguagens, os valores culturais e os emocionais relacionados à atividade específica de tocar piano muito bem" (Moretto). A competência é "portátil", por si só não é amarrada, tem de ter flexibilidade. Nesta analise, a idéia de competência é: "como me viro diante de uma situação complexa? A pessoa que realmente adquiriu uma competência tem condições de resolver este tipo de situação com criatividade. Assim, a metodologia com relação a competências precisa dar conta de situações novas. O trabalho em grupo e a pedagogia de projetos estão se destacando como facilitadores para uma nova metodologia. Porem, nem o professor nem o aluno estão preparados para trabalhar com a pedagogia de projetos. Para os educadores o entrave é trabalhar com as deficiências que os alunos trazem, independentemente do que eles têm de saber; Outra dificuldade que nós educadores temos é a de não termos sido educados para isso. Repetimos na nossa ação o modelo pelo qual fomos educados. A excessiva ênfase na comparti mentalização em disciplinas é uma das coisas que dificultam o desenvolvimento de competências. Tanto o ensino fundamental quanto o médio têm tradição conteudista. Na hora de falar de competência mais ampla, carrega-se no conteúdo. Não estamos conseguindo separar a idéia de competência de conteúdos, a escola traz para os alunos respostas para perguntas que eles não fizeram: o resultado é o desinteresse; As perguntas são mais importantes que as respostas.Em decorrência, será necessário também uma mudança no conceito do que é ensinar. O professor é um elemento chave na organização das situações de aprendizagem, pois compete-lhe dar condições para que o aluno "aprenda a aprender", desenvolvendo situações de aprendizagens diferenciadas, estimulando a articulação entre saberes e competências. Em lugar de continuar a decorar conteúdos, o aluno passará a exercitar habilidades, e através delas, a aquisição de grandes competências ou seja desenvolvendo habilidades através dos conteúdos. Caberia então aos professores mediar a construção do processo de conceituação a ser apropriado pelos alunos, buscando a promoção da aprendizagem e desenvolvendo condições para que eles participem da nova Sociedade do conhecimento. Neste contexto definimos o papel do educador: aquele que prepara as melhores condições para o desenvolvimento de competências, isto é, aquele que, em sua atividade, não apenas transmite informações isoladas, mas apresenta conhecimentos contextualizados, usa estratégias para o desenvolvimento de habilidades específicas, utiliza linguagem adequada e contextualizada, respeita valores culturais e ajuda a administrar o emocional do aprendiz. E o ato de ensinar como o processo que proporciona a aquisição de recursos que possam ser mobilizados no momento em que situações-problema se apresentem. Poderíamos dizer que uma competência permite a mobilização de conhecimentos para que se possa enfrentar uma determinada situação, uma capacidade de encontrar vários recursos, no momento e na forma adequadas. A competência implica uma mobilização dos conhecimentos e esquemas que se possui para desenvolver respostas inéditas, criativas, eficazes para problemas novos. O conceito de habilidade também varia de autor para autor. As habilidades são inseparáveis da ação, mas exigem domínio de conhecimentos. As competências pressupõem operações mentais, capacidades para usar as habilidades, emprego de atitudes, adequadas à realização de tarefas e conhecimentos. Desta forma as habilidades estão relacionadas ao saber fazer. Assim, identificar variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar situações-problema, sintetizar, julgar, correlacionar e manipular são exemplos de habilidades. Sabemos que é necessário educar para competências, mas como fazê-lo ?Torna-se necessária uma revisão daquilo que é desenvolvido em sala de aula, através da contextualização e da interdisciplinaridade. Ou seja, conteúdos impregnados da realidade do aluno demarcam o significado pedagógico da contextualização e a intercalação dos diversos conteúdos dentro de uma mesma disciplina explicita a interdisciplinaridades. Isto imprime significados e relevância aos conteúdos escolares favorecendo uma ruptura com as práticas tradicionais e o avançar em direção a uma "educação competente", pluralista, em rede, harmônica, flexível, aberta e processual. Para conhecimento:
Vasco Moretto aponta cinco recursos para resolução de situações complexas: a) o conhecimento de conteúdos relacionados à situação; b) as habilidades (saber fazer) para resolver a situação; c) o domínio das linguagens específicas relacionadas ao contexto; d) a compreensão dos valores culturais que dão sentido à linguagem e que torna a situação relevante no contexto, e) a capacidade da administração do emocional diante do problema.
E as diretrizes do MEC explicitam cinco competências:
Domínio de linguagens
Compreensão de fenômenos
Construção de argumentações
Solução de problemas
E elaboração de propostas

OUTRAS VISÕES DE COMPETÊNCIA:- A competência é o que o aluno aprende. Não o que você ensina. Jamil Cury/CNEB-Competência é a capacidade de mobilizar conhecimentos, valores e decisões para agir de modo pertinente numa determinada situação. Competências e habilidades pertencem à mesma família. A diferença entre elas é determinada pelo contexto Em resumo: a competência só pode ser constituída na prática. Guiomar Nambu de Mello- Competência -"qualidades de quem é capaz de apreciar e resolver certos assuntos". Ela significa ainda habilidade, aptidão, idoneidade. Muitos conceitos estão presentes nessa definição: competente é aquele que julga, avalia e pondera; acha a solução e decide, depois de examinar e discutir determinada situação, de forma conveniente e adequada. É ainda quem tem capacidade resultante de conhecimentos adquiridos. Dicionário Aurélio- Competência em educação é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos - como saberes, habilidades e informações - para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações. Philippe Perrenoud- Competência é mais do que um conhecimento; Ela pode ser explicada como um saber que se traduz na tomada de decisões, na capacidade de avaliar e julgar. Lino de Macedo- Conceito de competência, já claramente exposto nas Diretrizes e bem repetido aqui pelo Professor Cordão, envolve muito mais que acumular conhecimento, desenvolver habilidades e introjetar valores. O sentido é muito importante: não é uma soma de valores, de conhecimentos, de habilidades. É a capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação esses componentes, para um desempenho eficiente e eficaz. Então, valores, conhecimentos e habilidades são componentes que, por si sós, não são a competência. Bahij Amin Aur - Conselho Estadual de Educação de SP - Competência: "o saber em acepção" ou "o agir em situação". DEB (2001): Currículo nacional do Ensino Básico Competências Essenciais; Ministério da Educação, Departamento da Educação Básica, Lisboa. - A idéia de competências tem três ingredientes básicos. Primeiro: relaciona-se diretamente à idéia de pessoa. Você não pode dizer que um computador é competente; competente é o seu usuário, uma pessoa. Segundo: a competência vincula-se à idéia de mobilização, ou seja, a capacidade de se mobilizar o que se sabe para realizar o que se busca. É um saber em ação. Aliás, da má compreensão deste aspecto vem outra crítica, a de competência como mero saber fazer algo. Agir é mais do que fazer. Nilson Machado-Um conceito de competência pode ser apresentado como o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes demonstrados pela pessoa na realização de uma tarefa. Dizemos que somos competentes numa atividade quando esse conjunto de comportamentos apresentados resulta no sucesso para a realização daquela atividade. Harber- Competências se desenvolvem em um contexto. Aprender, fazendo, o que não se sabe fazer. Philippe Meirieupara pensar:- A quem compete facilitar o desenvolvimento de competências?- O que é ser competente?- Nós queremos desenvolver competências sob que ótica: a do capital, a do saber escolar, a da vida?- Quais as grandes mudanças por parte do professor e do aluno no ensino atual e no ensino para competência?- A competência valoriza o profissional?- O que o aluno ganha com isto?Bibliografia: BRASIL, MEC. Em Aberto (Currículo: referenciais e tendências). INEP, Brasília, N.º 58, abril/jun. 1993.COLL, César et alii. Os Conteúdos na Reforma: ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes, Porto Alegre, Artes Médicas, 1998JANTSCH, A. P. e BIANCHETTI, L. (Orgs). Interdisciplinaridade. Rio de Janeiro, Vozes, 1995. MORETTO, Vasco P. Construtivismo, a produção do conhecimento em aula. 3ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. MORIN, Edgar. Sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cotez,2000.PERRENOUD, Philipe. Construir as competências desde a escola, Porto Alegre, Artes Médicas, 2000. ____________. Dez novas competências para ensinar, Porto Alegre, Artes Médicas, 1999. REVISTA NOVA ESCOLA. Edições diversas.
 

Valores Éticos
Quando falamos de degradação de valores éticos é muito comum associarmos essa idéia às mudanças de comportamento ocorridas nos últimos anos, quase todas relacionadas com a sexualidade e com certos "contratos sociais". A aceitação e/ou discussão em torno de certos temas como o homossexualismo, o divórcio, as relações extraconjugais, o aborto e a eutanásia, são alguns dos exemplos de mudança de comportamento frente a temas, antes considerados como tabus na maioria das culturas.
No Brasil, se alguns desses temas são ainda indiscutíveis, como a eutanásia, por exemplo, vemos que outros como o aborto e o homossexualismo estão na ordem do dia como pauta, inclusive no Congresso Nacional. Serão essas degradações dos valores éticos? Certamente que não. Muito embora tendências mais retrógradas pretendam nos fazer crer que a nossa conduta deva ser regida por contratos imutáveis e eternos, como dogmas religiosos. A história nos mostra o contrário e justamente revela a transitoriedade dos contratos sociais. Estão-se de acordo que a felicidade é o fim último de toda conduta humana, devemos buscar que os "contratos sociais" estejam a serviço da vida e não o contrário.
Nesse sentido, a "degradação dos valores éticos" está, na verdade, presente em todas as ações que impedem o homem de realizar seu projeto de uma vida feliz.
São, a meu ver, exemplos de degradação da conduta humana, a violência e a injustiça social que, no Brasil, se expressam pela negação do acesso a terra, trabalho, saúde e educação. Parece-me, portanto, hipócrita sermos contra o aborto quando sabemos que, no Brasil, centenas de mulheres pobres morrem a cada ano em clínicas clandestinas ou em decorrência de métodos inadequados para impedir a gestação de um feto. Ainda mais hipócrita é dar a um embrião um estatuto moral que está acima do estatuto moral de um homossexual ou de um bandido a quem a sociedade prefere condenar à morte.
São com essas contradições que temos que lidar no nosso dia-a-dia e é a escola, além da família e das igrejas, o espaço privilegiado para buscar a construção de uma nova qualidade de relações entre os homens. E, em nossa sociedade, onde os pais mal podem sustentar seus filhos e onde as igrejas, parecem caminhar contra ou fora do tempo, fica com a escola o desafio de olhar para o passado e pensar o presente tendo em vista um futuro melhor.
Mots-clés
Education populaire, changement social, système de valeurs , Brésil
Notes
Através do incentivo à produção e leitura de fichas de capitalização de experiências pedagógicas, a rede BAM pretende favorecer a um processo de formação continuada junto a coletivos de educadores de jovens e adultos (hoje, existentes nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco). Está apoiado numa metodologia que valoriza a autoria e promove a interação entre educadores de diferentes contextos.
Source
 

Ética

A ética não se ocupa em saber como se alimentar melhor, qual a maneira mais recomendável de se proteger do frio ou o que fazer para atravessar um rio sem se afogar, todas as questões muito importantes, sem dúvida, para a sobrevivência em determinadas circunstâncias; o que interessa a ética é como viver bem a vida humana, a vida que transcorre entre humanos. (SAVATER, Fernando. Ética para meu filho.).

Ilustração: reprodução Ultimamente "ética" tem sido uma palavra muito utilizada em nosso cotidiano, mas não há consenso sobre o seu significado. Comecemos, então, lembrando de algumas circunstâncias nas quais ela pode aparecer.
Algumas vezes, ouvimos dizer que Fulano é muito ético, ou que Sicrano não tem ética. Nessas avaliações, a ética é tratada como algo que as pessoas podem ter ou não. Também são comuns os debates sobre a ética relacionados a uma atividade humana específica, tais como ética profissional, ética política, ética esportiva, bioética, ética médica, ética religiosa e tantas outras. Nesses casos, a palavra ética normalmente se refere a um código de condutas que deve orientar as pessoas que exercem essas atividades.
Podemos, também, dizer que uma determinada pessoa agiu bem, que foi corajosa ao enfrentar uma situação difícil ou que foi covarde ao fugir de sua responsabilidade. Nesses casos, também há uma discussão sobre ética. A palavra, aqui, representa um conjunto de parâmetros sobre o que é agir bem que permite a aprovação ou a reprovação dos comportamentos das pessoas.
Como se vê, os usos cotidianos do termo "ética" são diversos, nem sempre indicando a mesma coisa. Essa multiplicidade de significados também aparece nas discussões filosóficas, que remontam ao século V aC, nas cidades-estado gregas. Entretanto, mesmo sendo uma palavra usada com sentidos e intuitos muito diferentes, ética se refere sempre ao que um dado grupo social entende como o que deve ser o bom comportamento humano. Sendo assim, as discussões sobre ética se referem aos modos de valorar os próprios comportamentos e o das outras pessoas e, também, aos parâmetros que servem para orientar essas ações.
A origem do termo ética remonta ao termo grego "ethos", que significa costumes e hábitos sociais. Já a palavra moral tem origem no termo "mores", do latim, e tem o mesmo significado. No entanto, historicamente esses conceitos foram adquirindo significados diferentes. Alguns autores definem moral como conjunto de princípios, crenças, regras que orientam o comportamento das pessoas nas diversas sociedades e ética como reflexão crítica sobre a moral e também como a própria realização de um tipo de comportamento. Outros autores, por sua vez, procuram distinguir as duas palavras usando o termo moral para os códigos de valores diferentes e específicos que existem e o termo ética para a busca de valores universais, que seriam válidos no âmbito da humanidade como um todo e não apenas em um grupo específico.
Nesse texto não entraremos na minúcia dessas discussões, pois nosso objetivo é, apenas, fazer algumas reflexões gerais sobre os valores morais e algumas de suas relações com as ações humanas.

Valores morais e vida social
Ilustração: Luiz maias valores morais são juízos sobre as ações humanas que se baseiam em definições do que é bom/mau ou do que é o bem/o mal. Eles são imprescindíveis para que possamos guiar nossa compreensão do mundo e de nós mesmos e servem de parâmetros pelos quais fazemos escolhas e orientamos nossas ações.
Eles estão presentes nos nossos pensamentos, nas coisas que dizemos e escrevemos e, claro, nas nossas ações. Apesar dessa presença em toda a nossa vida, as ocasiões mais propícias para investigarmos sua importância para a compreensão e direcionamento das ações são aquelas em que somos chamados a fazer escolhas importantes. Nesses momentos, sabemos que não podemos agir em função da primeira coisa que passar pela cabeça; precisamos pensar bem, avaliar o que realmente queremos, quais as conseqüências se fizermos isso ou aquilo, o que perdemos e o que ganhamos.
Uma das principais dificuldades em tomar decisões significativas é que nunca sabemos exatamente o que vai acontecer se fizermos isso ou aquilo. Não temos controle sobre as ações dos outros; entre o que planejamos e o que acontece realmente existem muitas variáveis. Além disso, as situações que vivemos nunca são puramente boas ou más; ao contrário, na maior parte das vezes são ambíguas. Outra dificuldade é que um mesmo ato pode ser bom em uma ocasião e completamente reprovável em outra.
Não faltam exemplos de dilemas nas situações do cotidiano e respostas diferentes para cada questão. Um jovem casal sempre se previne em suas relações sexuais, mas a menina acaba por engravidar; eles não têm condições materiais nem mesmo emocionais de educar o filho. Diante disso, deve-se ou não fazer um aborto? Um parente querido está muito doente e só se mantém vivo por estar ligado a aparelhos; não há possibilidades de que ele volte a viver bem e o sofrimento de todos é muito grande. Devem-se desligar os aparelhos ou não? Um chefe de família desempregado vê seu filho adoecer e não tem dinheiro para comprar os remédios para curá-lo; ao passar por uma farmácia, vê vários deles expostos. Deve se arriscar e furtar uma caixa ou não?
No mundo natural, esses dilemas não estão colocados. A natureza é o reino da necessidade, da determinação. Por mais que um animal seja capaz de expressar sentimentos como raiva, afeto, ansiedade e calma; ou vontades como fome, sono ou sede, ele não é capaz de levar esses desejos e essas vontades à consciência, de construir representações verbais sobre elas, de negociar a interpretação delas com outros seres e, a partir daí, planejar sua ação no tempo e no espaço. No reino da natureza, a ação é dada em um constante aqui e agora. A existência de um animal é restrita aos limites impostos pela sua condição natural.
Ilustração: Luiz MaiaA existência de cada ser humano, por sua vez, precisa ser inventada. Nascemos biologicamente humanos, mas precisamos transformar nossa natureza biológica e desenvolver todos os saberes que são necessários para vivermos com as pessoas com as quais nos relacionamos. Assim, ao longo de nossas vidas, vamos construindo nosso modo de ser, pensar, vamos revendo nossos planos e nossas maneiras de agir e se relacionar com os outros.
A intermediação da consciência é decisiva para a constituição da ação humana. Após nascermos, ao tomarmos parte das atividades da vida social, vamos desenvolvendo uma vida interior marcada por representações das relações que estabelecemos conosco, com os outros e com o meio externo a nós. O desenvolvimento da consciência e da linguagem nos permite trazer à consciência nossas necessidades, vontades e nossos desejos. A partir daí, podemos interpretar o que se passa conosco e com os outros, imaginar o futuro, mobilizar experiências e saberes já realizados e podemos, enfim, orientar nossas ações futuras segundo determinadas finalidades.
Todas essas possibilidades, no entanto, podem dar a impressão de que vivemos em grande liberdade, mas isso é relativo. Há uma série de circunstâncias que acontecem conosco e nas quais nos vemos envolvidos sem que as tenhamos escolhido. Por essa razão, podemos afirmar que a vida social instaura a construção histórica e sempre relativa da liberdade.
Desse modo, embora nossa liberdade tenha limites, é possível afirmar que nossas condutas não são inteiramente determinadas de fora e jamais temos apenas uma alternativa a seguir. Nossa capacidade de interpretar o mundo e orientar nossas ações no tempo nos dá, a cada instante, um leque de possibilidades para novos arranjos de vida,
Sendo assim, não podemos evitar nossa liberdade relativa, nem suas conseqüências. Portanto, nós precisamos, necessariamente, fazer escolhas para inventarmos, dentro de certos limites, e nas possibilidades que nos são dadas, a nossa vida. Diante disso é comum nos depararmos com dúvidas como o que devemos fazer? Como saber o que é mais importante ou urgente? Como escolher?
Os valores morais servem justamente para orientar as pessoas no momento de escolhas e de construção de suas existências. Como a ação humana é aberta e não inteiramente determinada, toda comunidade humana precisa criar valores que permitam distinguir os comportamentos desejados e bons dos indesejados e maus. Do mesmo modo, toda sociedade promove uma reflexão crítica sobre seus valores morais e suas práticas reais.
Assim, todos nós fazemos apreciações morais e nos colocamos indagações sobre o que é bom e mau. Por essa razão, todo mundo tem valores morais e não há ninguém sem ética. O que acontece, com freqüência, é que os valores variam entre pessoas e grupos são diferentes e, muitas vezes, podem questionar e mesmo agredir nossas convicções do que é certo ou justo.

 A historicidade dos valores morais
Ilustração: Luiz Maiacriados na vida social para orientar as ações humanas e regulares a relação entre as pessoas, os valores morais não têm validade universal. Ao contrário, eles são válidos apenas em um contexto específico, no quadro de uma cultura determinada, e têm existência histórica.
Os valores são válidos apenas em contextos específicos, ou seja, em um determinado aqui/agora, porque um comportamento bom e aprovável em certo momento pode ser ruim e profundamente reprovável em outro. Mentir é reprovável na maioria das ocasiões, mas quem recriminaria as pessoas que, fugindo da perseguição do exército nazista, mentiram sobre o paradeiro de seus colegas e não os entregaram?
São válidos no quadro de uma cultura, porque os valores não fazem sentido isolado de todas as outras dimensões da vida humana. Assim, é preciso levar em conta o quadro de relações que leva um grupo a definir alguns comportamentos como aprováveis ou reprováveis. Por essa razão, um mesmo ato pode ter sentidos diferentes se tiver acontecido nas classes médias urbanas de metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro ou em uma pequena cidade interiorana; se uma ação ocorre entre um povo indígena ou em um país do oriente.
Esses valores são válidos historicamente porque são criações humanas e, como tais, atendem a necessidades de um determinado grupo e um dado momento. Por isso, são passíveis de mudanças. A história das mulheres nas sociedades ocidentais ao longo do século XX pode exemplificar essas mudanças: uma série de comportamentos mal vistos e indesejados há 50 anos hoje é aceitos e até mesmo valorizados.
Como se vê, os valores morais não estão organizados em uma tábua de prescrições de condutas que levam automaticamente a uma vida boa. Ao contrário, eles são criações humanas ligadas às condições de vida historicamente criadas. Não podemos ter tudo a todo instante e aprender a decidir é, também, aprender a hierarquizar o que é mais importante do que é menos importante na situação em que a escolha nos é colocada.

Liberdade e Dependência
Ilustração: Luiz Maia Como se pode deduzir, a questão da liberdade é um dos grandes temas nas discussões morais. Mais que escolher entre duas alternativas, liberdade é decidir conscientemente por que se está tomando esta atitude e não outra. Assim, a liberdade pressupõe uma pessoa que interiorize as razões pelas quais se age, ou seja, um sujeito que se coloca como a causa última das próprias ações.
Para interiorizar as razões de nossas ações, é preciso:
Analisar a situação;
Ter consciência das vontades e necessidades;
Esforço para antever as conseqüências que essa ou aquela ação pode provocar.
O desenvolvimento da consciência e da capacidade de atribuir sentido ao mundo, portanto, aumentam a possibilidade de ação livre das pessoas. Ao contrário, nas situações em que não conseguimos compreender o que está se passando, que não entendemos o que nos acontece, nossa capacidade de tomar decisões é muito mais limitada e restrita.
Entretanto, a realização da liberdade não depende apenas da capacidade de compreensão do mundo e de planejamento da ação. Para, além disso, é preciso reunir as condições objetivas para a ação acontecer. Assim, o acesso aos meios de vida criados socialmente também são condições para a realização da liberdade.
A liberdade permite que o sujeito tome decisões e possa ser o autor, em certa medida, de sua própria existência. Entretanto, para viver a liberdade, precisamos nos responsabilizar por ela, ou seja, a liberdade traz em contrapartida a responsabilidade. Somos livres para tomar uma decisão, mas devemos assumir a autoria daquilo que decidimos fazer.
No campo contrário ao da liberdade, está a dependência. A ação dependente é baseada em uma causa externa e as escolhas não são feitas a partir de uma reflexão e da própria compreensão do mundo.
Podemos concluir, portanto, que a liberdade é uma construção histórica que depende do trabalho dos humanos. No mundo da natureza não há liberdade possível, pois nas condições da ação natural não existe representação consciente do mundo, nem ação planejada e orientada a finalidades. Por ser um mundo restrito aos limites dados previamente e sujeito ao que acontece, a natureza é o mundo da necessidade e da dependência.
Assim, a reflexão sobre os valores morais serve para aprendermos a lidar melhor com a nossa capacidade de escolher e com o uso dessa particularidade humana, que é a liberdade. Ao definirmos o que é bom ou mau, estamos projetando um modo de viver humanamente, em sociedade. Por essa razão, a reflexão sobre liberdade e responsabilidade não pode deixar de ser feita tendo em vista as relações humanas.
Nós nos formamos na interação com os outros. Sem o outro, não poderíamos desenvolver nossos conhecimentos, modos de agir, nem nossa consciência. Assim, é na relação com o outro que podemos exercer a liberdade. Por esse motivo, podemos concluir que reconhecer o outro como humano livre e tratá-lo como tal, fortalecendo sua liberdade, não é uma atitude altruísta pura e simplesmente, não é uma ação que beneficia apenas o outro. Tratar o outro como humano é criar condições para que o outro fortalecido na sua condição de humano, possa reconhecer e fortalecer a nossa própria condição humana, a nossa liberdade.
Texto original: Mauricio Érnica Edição: Equipe EducaRede
 
Que tipos de valores existem?
Podemos classificar os valores de um duplo ponto de vista: formal e material. Do ponto de vista formal, os valores dividem-se como segue:
1 – Positivos: e negativos. Valor positivo é aquele que mais geralmente costumamos designar pela expressão pura e simples de “valor”. O conceito de “valor” é geralmente usado numa dupla acepção: umas vezes, entende-se por esta palavra o valor em geral, independentemente da polaridade valor-desvalor, como conceito neutro, outras vezes entende-se só o seu aspecto positivo contraposto ao negativo. Ao valor positivo contrapõe-se o negativo, chamando-se então a este mais propriamente “desvalor”. Esta polaridade pertence à própria estrutura essencial da ordem axiológica, que assim se distingue fundamentalmente da ordem do ser a que é estranha tal estrutura.
2 – Valores das pessoas e valores das coisas, ou valores pessoais e reais. Valores das pessoas ou pessoais são aqueles que só podem pertencer a pessoas, como os valores éticos. Reais (de ris) os que aderem a objetos ou coisas impessoais, como os das coisas ditas valiosas, designadas mais geralmente pela expressão “bens”.
3 – Valores em si mesmo, ou autônomos e valores derivados de outros ou dependentes. O valor em si reside na sua mesma essência; possui esse caráter com independência de todos os outros valores; não depende deles; não é meio para eles.
Como todos os valores se acham referidos a um sujeito – o sujeito humano, o homem – e este é, antes de tudo, um ser constituído por sensibilidade e espírito, daí o poderem classificar-se imediatamente todos os valores nas duas classes fundamentais de: valores sensíveis e valores espirituais. Os primeiros referem-se ao homem enquanto simples ser da natureza, os segundos ao homem como ser espiritual.
A – Valores sensíveis.
A esta categoria pertencem:
1 – Os valores do agradável e do prazer, também chamados “hedônicos”. Ela abrange não só todas as sensações de prazer e satisfação, como tudo aquilo que é apto a provocá-las (vestuário, comida, bebidas, etc.). À ética que apenas conhece estes valores chama-se geralmente hedonismo.
2 – Valores vitais ou da vida. São aqueles valores de que é portadora a vida, no sentido naturalista desta palavra, isto é, Bios. Cabem aqui o vigor vital, a força, a saúde, etc. Como se sabe, foram estes os valores que Nietzsche reputou os mais elevados de todos na sua escala axiológica, como os únicos mesmo. E ao que se chama biologismo ético ou naturalismo.
3 – Valores de utilidade. Coincidem com os chamados valores econômicos. Referem-se a tudo aquilo que serve para a satisfação das nossas necessidades da vida (comida, vestuário, habitação, etc.) e ainda aos instrumentos que servem para a criação destes bens. Distinguem-se dos restantes valores desta classe, nomeadamente dos sensíveis, para os quais, aliás, concorrem, por não serem, do ponto de vista formal, autônomos, mas derivados, no sentido que acima vimos.
B – Valores espirituais.
Estes se distinguem dos valores sensíveis, no seu conjunto, não só pela imaterialidade que acompanha a sua per durabilidade, como pela sua absoluta e incondicional validade. Muitos filósofos, que encaram os valores só por este último lado, identificando-os por isso com o conceito de simples “valor” ou validade formal, pretendem que só os valores espirituais são verdadeiros valores. Porém, quem se lembraria de negar aos economistas o direito de usarem também do termo e do conceito de valor? À categoria dos valores espirituais pertencem:
1- Os valores lógicos. Quando se fala de valores lógicos, é preciso ter presente que se pode entender por esta expressão duas coisas distintas: a função do conhecimento – o saber, a posse da verdade e o esforço para alcançá-la – e o conteúdo do conhecimento. No primeiro sentido, é óbvio que podemos falar, com todo o direito, em valores lógicos ou no valor do conhecimento. Contrapor-se-lhe-ão, como desvalor lógico, a ignorância, o erro, a falta de interesse pela verdade, a ausência de esforço para alcançá-la, etc. Mas a expressão “valor lógico” pode significar também o próprio conteúdo do conhecimento. E, neste segundo caso, é “valor lógico” tudo aquilo que cai dentro do par de conceitos verdadeiro-falso [...].
2 – Valores éticos: ou do bem moral. Destes podem dar-se as seguintes características:
a) Só podem ser seus portadores as pessoas, nunca as coisas. Só seres espirituais podem encarnar valores morais. Por isso o âmbito destes valores é relativamente restrito; muito mais, por exemplo, que o dos estéticos.
b) Os valores éticos aderem sempre a suportes reais. Também, por este lado, se distinguem dos valores estéticos, cujo suporte é constituído por algo de irreal, de mera aparência.
c) Os valores éticos têm o caráter de exigências e imperativos absolutos. Dele desprende-se sempre um categórico “tu deves fazer” ou “tu não deves fazer”, isto ou aquilo; exigem, imperiosamente, que a consciência os atenda e os realize. E nisto se separam também dos estéticos que não impõem nenhuma exigência desta natureza, nem se nos impõem incondicionalmente. d) Os valores éticos dirigem-se ao homem em geral, a todos os homens; é universal, a sua pretensão a serem realizados é universal. Os estéticos não estão neste caso, apenas dirigem o seu apelo a alguns homens, para que estes os realizem, e nem todos podem ser obrigados a dar-lhe acolhimento, a fazer arte, ou a cultivá-las de qualquer maneira. e) Além disso, é, pode dizer-se, ilimitada também a exigência que os valores éticos nos fazem: constituem uma norma ou critério de conduta que afeta todas as esferas da nossa atividade e da nossa conduta da vida. Esta se acha sujeita, total e incondicionalmente, a eles na sua imperiosa jurisdição e validade. Nada deve ser feito que os contrarie. Poderia definir-se esta característica dos valores éticos chamando-lhes totalitários. Não assim os valores estéticos. Estes só reclamam de nós que os realizemos em certas situações e momentos da vida, permanecendo calados durante os restantes; não somos obrigados a ser estetas e, menos ainda, a toda a hora (…).
3 – Valores estéticos, ou do Belo. Incluímos aqui no conceito de belo, no mais amplo sentido desta palavra, o sublime, o trágico, o amorável, etc.
“4 –”, Valores religiosos ou do “sagrado”. Já atrás aludimos ao que há de original nestes valores. A eles não adere propriamente nenhum “deve ser”. Não temos que realizar esses valores; nem isso é possível nem necessário. Não são valores de um “deve ser”, mas valores de um “ser”; Nisto se afastam dos valores éticos para se aproximarem dos estéticos com os quais estão numa relação muito íntima. Todavia, existe também entre eles e estes últimos uma diferença que cumpre salientar: a realidade do “sagrado”, não é, como a do “Belo”, apenas uma realidade aparente, mas uma realidade no mais eminente sentido desta palavra.
Johannes Hessen
 







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