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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

INFORMÁTICA EDUCATIVA

O uso de tecnologias na Educação Infantil nos convida a uma reflexão sobre as novas formas de construção do conhecimento, desenvolvimento de habilidades, múltiplas linguagens e processos de constituição de identidade, sobre a cultura da infância e o brincar.
 À criança – um ser produtor de cultura – não deve ser negado o acesso às inúmeras possibilidades de expressão das diferentes linguagens presentes no universo midiático.
 Construir situações de aprendizagem utilizando o computador, bem como câmeras e filmadoras digitais, gravadores de som, CD, projetor multimídia, escâner e outros é oferecer às crianças experiências por meio do lúdico que desperta que provoca e que suscita.
 Nesse sentido, a interação entre as crianças, permeada pela troca de suas leituras e escritas (gestos, rabiscos, desenhos, imagens, animações, quadrinhos...) ampliam as possibilidades de vivências que permitem a emergência de escritas.
 A exploração das interfaces de softwares como o pincel, a tinta, a tesoura, o copiar e colar, carimbos e tantos outros contribuem para que brincando e experimentando letras, texturas, cores e formas seja desencadeada a fruição do processo criador que evidencia uma visão de mundo próprio da infância.
 A elaboração desse livro foi o modo encontrado de iniciarmos uma conversa com você educador sobre a importância e o papel das tecnologias no universo infantil. Uma forma de dialogarmos com muitos ao mesmo tempo e socializarmos práticas já existentes no âmbito educacional em que crianças e adultos ensinam e aprendem ao mesmo tempo uns com os outros.


Equipe de Informática Educativa


Denise Mortari Gomes Del Grandi

PARA ALÉM DO PORTFÓLIO (continuação)


O uso da linguagem midiática possibilita à criança explorar o seu potencial criativo, ressaltando o seu papel enquanto aprendiz e produtora de conhecimento, inserida em ações individuais e coletivas.
O registro comunica os fazeres do tempo real, desvelando aspectos vividos e não percebidos em sua importância no tempo presente.
Nessa perspectiva, as unidades educacionais de Educação Infantil apresentam práticas de registro nas quais as mídias potencializam o fazer pedagógico.


PASSADO , PRESENTE E FUTURO -   EMEI Montessori – DRE IQ
Coordenadora Pedagógica: Gabriela Reis de Santana Carvalho


Com experiências continuadas utilizando computadores em sua Brinquedoteca, a EMEI Maria Montessori apresenta duas experiências: uso de telão para apresentação de atividades e uma Feira Cultural com a temática Passado, presente e futuro do bairro.  O uso das diversas mídias permitiu não somente gravar, apresentar e organizar os registros, mas se mostrou fundamental como processo de registro da prática pedagógica e da construção da história e da memória do bairro.
 
IDENTIDADE EM FOTO E VÍDEO-  CEI Jardim Aricanduva - DRE IQ
Profª Edileuza da Conceição Ferreira
Profª Fernanda Spezamilio
Coordenadora Pedagógica – Solângela Ferreira
 
Criando oportunidade para  o manuseio de equipamentos — máquina fotográfica, filmadora e computadores para a obtenção e apreciação de fotos e vídeos, o trabalho realizado no CEI Jardim Aricanduva gera material de registro além de atuar como meio de partilha de conhecimentos e produto num processo de construção de sua identidade e imagem pessoal e no grupo.
  
UM REGISTRO QUE DEU O QUE FALAR - CEI Penha – DRE PE
Profª Maria Andréa Oliveira


Um relato contando como a educadora do CEI Penha começou a registrar sua prática pedagógica utilizando recursos tecnológicos, para reflexão, ação e registro das mesmas, fazendo uma relação dos avanços e necessidades das crianças, promoveu ampliação e compreensão das intenções e ações entre os envolvidos no processo educativo.


Denise Mortari Gomes Del Grandi


CIRANDA DO TEMPO (continuação)


Da mesma forma que a dança, a música também é parte integrante da linguagem midiática.
 Ao ouvir música, a criança passa a praticá-la prazerosamente: motiva-se pelo seu aspecto lúdico e intera-se com ela numa participação integral (mente, corpo e emoção. (ÁVILA, Marli Batista; SILVA, Karen Batista Ávila,2003, p.79).
 Neste contexto, música, som e tecnologia recriam um cenário de dramaticidade, despertam emoções muitas vezes esquecidas.
 A música, por meio do computador, pode ser apresentada em diversas formas: uma apresentação de um concerto no DVD, histórias musicalizadas ou um CD gravado com as músicas preferidas do grupo.
 Assistir a um concerto no DVD possibilita à criança desenvolver a atenção, apreciação e interação com a música como representação cultural.
 A História musicalizada, quando mediada pelo educador, pode ser uma boa situação de aprendizagem, uma vez que o desenvolvimento dessa atividade pode tornar-se um grande desafio para a criança diante da necessidade de negociar com o outro a escolha das músicas que irão compor a história selecionada, o ajuste do estilo da música ao enredo e o planejamento do tempo para cada produção. Esse processo envolve a criança em situações de tomada de decisões, organização e manipulação das mídias, como gravador, Power Point ou Movie Maker.
 A gravação de um CD com as músicas preferidas do grupo é uma atividade que possibilita à criança, em conjunto com o educador e os pais pesquisar, selecionar e coletar músicas da internet, elaborar lista com os nomes das músicas que irão compor o repertório e criar a capa do CD numa proposta de produção coletiva.
 Um aparelhinho de som instiga a curiosidade da criança e pode tornar-se um objeto de aprendizagens, exploração e exercício de autonomia. A possibilidade de a criança manusear aparelhos de som, escolher um CD para tocar no computador a privilegia como usuária desses portadores, instiga à investigação e, conseqüentemente, à produção de novos conhecimentos. Quando o educador estimula a criança a participar desse mundo cheio de botões mágicos, ele proporciona diferentes formas de significar e aprender a utilização desses recursos.

Estimular a criança a narrar histórias, parlendas, adivinhas, cantar canções, utilizando os recursos do Audacity, Movie Maker, Power Point ou o próprio gravador de som do computador, são atividades que desencadeiam grandes desafios. Para o educador, uma nova forma de planejar, organizar tempos e espaços adequados para o desenvolvimento da tarefa que exige atenção e preparo da criança. Para a criança, o seu maior desafio é construir essas narrativas, a cadência, os ritmos apropriados aos recursos que estão colocados à disposição e o tempo da apresentação.
 Esse tipo de atividade possibilita várias formas de desdobramento, pois pode ser realizada também com a inserção de imagens da criança no momento da narração. Tanto no CEI quanto na EMEI pode ser ricamente explorada entre grupos, as crianças maiores podem fazer narrações de histórias para os menores, atribuindo-lhes autonomia e co-autoria.
 A utilização do microfone para uma apresentação pode contribuir para boas oportunidades de desinibição, de desenvolvimento da linguagem oral e para a ampliação do seu repertório. Dar voz à criança é permitir que ela faça escolhas, dê opiniões, oferecendo-lhe um ambiente de exercício de autonomia e liberdade de expressão.
    Quando a criança é ouvida e sente que pode manifestar seus pensamentos, compartilhando-os com um real interlocutor, reconhece melhor suas preferências e parece sentir-se mais segura para fazer suas escolhas nas brincadeiras, nos desenhos etc.(FERREIRA, Paulo Nin 2003, p.146)
   Descobrir e produzir sons diferentes ganham destaque quando o educador apresenta as narrações das crianças gravadas por meio de recursos de mídia.
 A tela do computador também dá vida e movimento as atividades de selecionar e identificar sons de animais, instrumentos musicais e outras sonoridades.
 Integrar música e tecnologia é permitir à criança desenvolver outras capacidades, ampliar o seu universo de sons, movimentos e imaginação, numa prática que transcende a exploração e a criatividade, fazendo do processo o maior aprendizado.
A dança e a música trazem além de seus movimentos também as suas imagens, pois toda imagem tem em si movimento, musicalidade, sonoridade, sabores e saudade...
Todo lugar tem um potencial pedagógico, explícito ou implícito. As paredes falam, têm ouvidos, guardam segredos, dão arrepios, emocionam, fazem-nos lembrar, sonhar, pensar. Em toda a organização espacial, seja berço ou cidade, há uma forma silenciosa de ensino. (FARIA, Ana Beatriz Goulart de, 2007, p101)

Fotos das crianças e de seus familiares quando expostas no ambiente da escola podem estreitar vínculos e propiciar momentos de aconchego. Sob o olhar curioso da criança, essas imagens trazem novas formas de interação e novas experiências na relação com o outro e com as diferenças estabelecidas no grupo.

Neste percurso, o educador pode elaborar murais utilizando essas imagens e proporcionando à criança esse movimento de aproximação entre a escola e a família.
Criar ambientes, nos quais a criança possa ver a si mesma, é acolher a diversidade que está posta no grupo, trazer para o contexto do espaço de aprender as peculiaridades características de cada uma e reconhecê-las como sujeito de sua história.
Desta forma, a imagem ocupa um lugar de relevância no trabalho com a identidade de cada um do grupo, pois cada imagem produzida vem carregada de emoções, histórias e individualidades, como também de grupo.
Neste sentido, o educador pode realizar outras atividades que contribuem para que a criança observe e perceba o seu próprio corpo. Atividades com o uso do espelho, quando associadas às fotos da criança, enriquecem situações de aprendizagens e podem resultar num movimento de exploração da própria imagem, da expressão facial e das mais diversas sensações, estimulando o ato de olhar para si e para o outro no desenvolvimento das relações interpessoais.
Da exploração desse ambiente imagético podem originar atividades de investigação e curiosidade, pois envolve a criança como um todo, dando a ela a possibilidade de registrar suas etapas de crescimento e suas aprendizagens, desde as mais simples até as mais elaboradas, como amarrar o tênis, trocar de roupa sozinha entre outras.
Para tanto, é possível construir um álbum de cada criança, utilizando-se das imagens dos momentos vividos na unidade. Esse registro pode apontar dados importantes no seu desenvolvimento como peso, altura, cor dos olhos, do cabelo, as primeiras palavras ou os primeiros passos. É permitir que a criança se reconheça em sua individualidade, em seu processo de crescimento e na apropriação de seus novos conhecimentos. Essa atividade torna-se ainda mais rica na medida em que o educador envolva os pais nesta construção, coletando histórias de sua vida e também imagens de seu acervo pessoal. Refazer essa trajetória e reconhecê-la como protagonista é atribuir-lhe a responsabilidade de suas marcas pessoais.
Construir um quebra - cabeça com a foto do grupo também é uma atividade prazerosa e que partilha desses pressupostos.
 A força do encontro da imagem com o olhar, segundo Costa (2002) é respeitada e reconhecida como o mecanismo mais sensível e marcante para a percepção, impressão, inteligibilidade e representação da realidade do ser humano (MARCONATTO, Simone Cleuse

Ainda no campo das imagens, o educador pode explorar o trabalho com a arte visual que pode enveredar por caminhos de sensibilidade e apreciação. A criança ocupa o lugar de apreciador. É olhar a arte a partir de suas representações culturais, é partilhar de um mundo de simbologias e criação.
Neste contato com a obra a criança pode experimentar novas formas de se relacionar com o mundo, por meio de linhas, traçados, cores, texturas e outras marcas características de uma obra de arte.
Dar acesso à criança a um vasto repertório visual ajuda o educador a oferecer para a criança ambientes de observação e reflexão sobre a arte.
A roda de conversa pode se constituir num importante momento da manifestação verbal das idéias da criança. Nesse espaço de negociações podem-se estabelecer combinados, levantar temas de interesse da criança, discutir sobre a escolha dos materiais e das obras que serão utilizadas. Torná-las disponíveis por meio do computador possibilita ao educador outras formas de organização no trabalho com imagens. Pode o educador oferecer à criança o ambiente do Paint brush para que ela num movimento de releitura, crie a sua própria composição, sem, no entanto, copiar a obra em questão, mas recriá-la na sua própria leitura, utilizando-se dos recursos de luz, sombra, texturas e cores que aquela obra traz.
A obra realizada no computador também pode ser trabalhada no papel pardo ou cartolina, permitindo que a criança experimente numa mesma proposta outras dimensões e outras texturas, na medida em que percebe diferentes traçados usados pelo artista e os utiliza nas suas próprias composições.
Não se trata apenas de reproduzir uma obra de arte, mas deixar que o processo de fruição seja o mais importante, a fim de que, a criança na interação com a obra e com vários recursos midiáticos possa ampliar seus conhecimentos e seu repertório cultural.
Depois do trabalho pronto, pode-se realizar uma exposição com as obras das crianças, convidando diversos públicos para apreciá-las. brindando um processo rico em aprendizagens, sensibilidade, criatividade e apreciação.
Cabe ressaltar as inúmeras possibilidades de exploração e criação em atividades como: escultura, desenho, fotografia, vídeos, modelagem, pintura entre outras, que por meio das mídias ganham novas composições, novos fazeres, criando novas trajetórias na produção de conhecimentos.
A arte integra várias experiências, propicia o confronto de idéias, a ruptura com estereótipos e amplia a visão de mundo.
 Da minha aldeia vejo quanto de terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer.
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura. ( Fernando Pessoa).
À luz dos holofotes entra em cena a linguagem teatral em harmonia com os movimentos da dança, da música e das imagens que se entrelaçam nessa ciranda e convidam crianças e adultos a desfrutarem dos seus ritmos e de sua beleza.
 O cenário que envolve a linguagem teatral possibilita ao educador investir em atividades próprias do universo infantil sempre imerso na imaginação e na fantasia. Desta forma, os recursos midiáticos colaboram para uma ação investigadora, permeada pela ludicidade do ato de criar.
 Denise Mortari Gomes Del Grandi


Filmar e apresentar uma peça teatral produzida pela criança ou a partir dos contos de fadas, pode ser o resultado de todo um processo de aprendizagem que traz como pano de fundo o mundo do faz-de-conta. Assim, envolver a criança nessa construção pressupõe atuar num contexto de trabalho coletivo, de criação e de negociação constantes.
 Numa proposta de construção coletiva, elaborar uma história é apenas o começo de uma série de atividades que se integram com a tecnologia para a composição de um enredo. Entra em cena a criação dos personagens e seus figurinos, a escolha dos acessórios, das músicas, o movimento dos ensaios, a elaboração do cenário e a apresentação. Atividades que requerem novas disposições nos espaços e tempos da escola, uma nova forma de pensar o conhecimento e as produções da criança como protagonista.
O cenário pode ganhar um destaque especial ao inserir ilustrações da própria criança, utilizando-se dos recursos do Power Point ou Movie Maker recorrendo ao projetor de multimídia no momento da apresentação.
Toda essa estrutura exige do educador e da criança boas situações de planejamento, intervenções e negociações.
A escrita da história, das falas dos atores, bem como a elaboração de listas dos personagens, dos acessórios, entre outras, são demandas que aparecem no percurso da proposta e que deverão ser organizadas em etapas e profundamente exploradas, uma vez que se trata de ambientes de leitura e escrita carregados de significados.
A organização de um canto para produções fotográficas pode ser uma boa opção. Prover esse espaço com espelho, acessórios, fantasias e permitir que a criança fotografe esses novos personagens, do seu ponto de vista, é colocar em jogo a imaginação e a criatividade de cada um. A criança, nesse momento, inventa personagens ligados ao seu cotidiano e, a partir dessas imagens produzidas, o educador pode possibilitar a criação de uma história coletiva, utilizando várias formas de apresentação: oral com o uso do microfone, imagética, utilizando o projetor de multimídia, filmagens e outras.
É importante que a criança ocupe espaços diferentes nessa produção, ora como espectador, ora como ator, ora como diretor para que ela possa refletir sobre os vários papéis que envolvem uma construção teatral.
As imagens produzidas a partir da arte cênica fazem emergir conteúdos significativos que podem ser explorados nos momentos de formação.
Debruçar-se sobre essas produções implica num campo de possibilidades para reavaliar o processo, pensar novas ações e refletir sobre os conhecimentos que essa linguagem pode proporcionar à criança e quais os avanços possíveis. É pensar nas diferenças estabelecidas em cada grupo, adequar estratégias e assegurar a participação de todas as crianças em todas as etapas.
   As necessidades decorrentes de limitações não devem ser ignoradas, negligenciadas, ou confundidas com concessões ou necessidades fictícias. Para que isso não ocorra, devemos ficar atentos aos nossos conceitos, preconceitos, gestos, atitudes e posturas com abertura e disposição para rever as práticas convencionais, reconhecer e aceitar as diferenças como desafios positivos e expressão natural das potencialidades humanas. Dessa forma, será possível criar, descobrir e reinventar estratégias e atividades pedagógicas condizentes com as necessidades gerais e específicas de todos os alunos e de cada um dos alunos. (Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado. MEC/SEESP 2007, p.13).
 As múltiplas linguagens presentes no universo midiático trazem ao cotidiano educacional uma dimensão muito mais ampla, pois reforça o fato de que somos o tempo todo aprendizes na interação com o novo e com o outro.
 Há um diálogo possível das tecnologias e suas diferentes linguagens, porém nem sempre entendido como objeto de aprendizagem. É preciso um olhar mais atento para o uso desses recursos, a fim de que não se cristalizem numa prática esvaziada de intenções.
 Com o computador, o educador pode criar e recriar espaços para as mais variadas linguagens, aprendendo e reaprendendo a explorar com a criança espaços interativos.
 O que se propõe na verdade não é o uso do computador que afasta a criança do seu tempo de ser criança, mas que integre de maneira coerente esse universo infantil partilhando com ela histórias de reis, rainhas, príncipes e princesas que hoje, sem dúvida nenhuma, utilizam celulares para resolverem os problemas de seus castelos.
 Assim voltamos à ciranda...
que traz a dança, a música, o teatro;
o desenho, as letras, a arte;
que traz a câmera, o vídeo,
o computador
que traz a criança...
que traz no tempo
o ritmo de cada um.
          A escola é um lugar de aprendizagens e encantamentos que convida adultos e crianças a buscarem sempre novos
desafios na trajetória do aprender.

Denise Mortari Gomes Del Grandi




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