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sábado, 13 de novembro de 2010

NÃO DEIXE A CULTURA MORRER

INTRODUÇÃO:

A contribuição da África é muito complexa. Por exemplo, a civilização egípcia, tão valiosa para a humanidade resultou da obra comum de asiáticos e africanos. As pirâmides egípcias exigiram um conhecimento avançado da matemática, da geometria e da engenharia...
A África ofereceu ainda ao mundo construções jurídicas, sistemas políticos e doutrinas filosóficas, pouco divulgados no Ocidente. Na produção do aço, os fornos construídos pelo povo aya, da Tanzânia, atingiam temperaturas de 200 a 400 graus centígrados, mais altas que as dos fornos europeus do século XIX!
É uma pena que muito dessas contribuições científicas tenham sido perdidas e destruídas com a chegada dos europeus ao continente africano.
Apesar da forma degradante com que muitos africanos foram trazidos para o Brasil, eles aqui estabeleceram-se e fizeram desta terra estranha o seu lar. Um lar de muito sofrimento e tristezas, que foram expressos nos cantos de lundus. Este povo sofrido aos poucos deixou de ser um povo separado e como era inevitável, miscigenou-se com os europeus e indígenas que aqui já viviam, criando a verdadeira face mestiça do brasileiro. Um povo mestiço na cor e na cultura, como pudemos ver no desenvolvimento deste estudo.


JUSTIFICATIVA:

Nosso mundo é cheio de mistérios, com fatos incríveis que parecem inexplicáveis. Alguns buscam explicações na ciência, outros na religião, cada um com seu modo de pensar. Popularmente surgiram explicações, as lendas.

JUSTIFICA-SE O PRESENTE PROJETO.


OBJETIVOS:

GERAIS: O objetivo é debater a questão das lendas africanas, e, principalmente, salientar o costume tradicional que os escravos tinham: passar horas sentados junto as crianças.

Auxiliar a escola na construção da identidade étnica dos alunos, pais e funcionários. ... fotos, gravuras, histórias infantis e lendas africanas. ...







ESPECÍFICOS:

Informar a todos sobre as lendas africanas.


REFERENCIAL TEÓRICO:

LENDAS (palavra que vem do latim LEGENDA- significa: aquilo que deve ser lido) são narrativas que têm como objetivo explicar alguns dos mistérios que fazem parte do nosso universo real. Normalmente são reproduzidas oralmente de geração a geração, misturando história e fantasia e claro, como bem sabemos, graças à imaginação de seus diferentes narradores vão se modificando à medida que são contadas. No início, as lendas contavam apenas histórias de santos, mas depois passaram a tratar de acontecimentos relacionados à cultura e tradição de um povo, tendo assim, locais, tempo e personagens bem específicos para provar que realmente eram reais.
É comum confundirmos lendas e mitos, mas há uma diferença relevante que pode esclarecer nossa dúvida em relação a esses dois conceitos: seus personagens. Enquanto as lendas têm como personagens principais homens e animais, os mitos fazem dos deuses os seus. Para muitos, mito é considerado uma “história verdadeira” e lenda uma “história falsa”. Devemos lembrar que as lendas nos dão explicações que, no entanto, não são comprovadas cientificamente. Já os mitos tratam de fatos naturais, históricos ou filosóficos buscando dar sentido à vida, aos fenômenos naturais, a origem do mundo e do homem por meio de deuses.
Alguns dos mitos mais conhecidos são os de deuses que deram nome aos planetas do nosso sistema solar, Pigmaleão, Apolo, Hércules, Baco, etc. Como exemplos de lendas, podemos citar As Lendas do Rei Arthur e Robin Hood. Aqui em nosso país, com uma cultura extremamente rica, conhecemos a lenda da mula-sem-cabeça, do Saci-Pererê, da Iara, do Curupira, dentre outros.

MITO E LITERATURA

Culturas, histórias e lendas.

OXALÁ.

Muitas são suas lendas e extensa é sua origem e história na África,
matéria destinada aos estudiosos e mais aprofundados na religião.
Sendo os mais cultuados no Brasil, Oxalufon "o velho" e Oxaguian "o moço" na sua forma "guerreira" de Oxalá que carrega uma espada, cheio de vigor e nobreza, seu templo principal é em Ejigbo, onde ostenta o título de Eléèjìgbó, Rei de Ejigbo. Na condição de velho e sábio, curvado ao peso dos anos, figura nobre e bondosa, carrega uma cajado em que se apóia, o Opaxoro, cajado de forte simbologia, utilizado para separação do Orun e o Ayié. No Brasil é o mais venerável e o mais venerado, sua cor é o branco, seu dia a Sexta-feira, motivo pelo qual os candomblecistas em geral usam roupa branca na Sexta-feira e na virada do ano, num claro respeito e devoção a Oxalá.
Sua maior festa é uma cerimônia chamada "Águas de Oxalá" que diz respeito a sua lenda dos sete anos de encarceramento, culminando com a cerimônia do "Pilão de Oxaguian", para festejar a volta do pai. Esse respeito advém da sua condição
delegada por Olorun, da criação e governo da humanidade.

OGUM

Uma história de Ifá, explica como o número 7 foi relacionado a Ogún e o número 9 a Oyá.
"Oyá era a companheira de Ogún antes de se tornar a mulher de Xangô.
Ela ajudava o deus dos ferreiros no seu trabalho; carregava docilmente seus instrumentos, da casa à oficina, e aí ela manejava o fole para ativar o fogo da forja.
Um dia, Ogún ofereceu à Oyá uma vara de ferro, semelhante a uma de sua propriedade, e que tinha o dom de dividir em sete partes os homens e em nove as mulheres que por ela fossem tocados no decorrer de uma briga.
Xangô gostava de vir sentar-se à forja a fim de apreciar Ogún bater o ferro e, frequentemente, lançava olhares a Oyá; esta, por seu lado, também o olhava furtivamente.
Xangô era muito elegante, seus cabelos eram trançados e usava brincos, colares e pulseiras.
Sua imponência e seu poder impressionaram Oyá.
Aconteceu, então, o que era de esperar: um belo dia, ela fugiu com ele.
Ogún lançou-se à sua perseguição, encontrou os fugitivos e brandiu sua vara mágica.
Oyá fez o mesmo e eles se tocaram ao mesmo tempo.
E, assim, Ogún foi dividido em sete partes e Oyá, em nove, recebendo ele o nome de Ogún Mejé e ela o de Yansã, cuja origem vem de Iyámésan - 'a mãe (transformada em) nove'."

OXUMARÉ

Nanã, obcecada pela idéia de ter um filho de oxalá, concebeu o primogênito obaluaiye que, por sua terrível aparência, foi desprezado por ela. Nanã consultou ifá, e este orixá lhe disse que, numa segunda tentativa, ela daria a luz a um filho lindíssimo, tão formoso quanto o arco-íris.
No entanto, preveniu-a sobre o fato que a criança jamais ficaria a seu lado.
Seu sonho parecia realizado até o momento do parto, quando deu a luz a um estranho ser que recebeu o nome de oxumaré.
Durante seis meses a criatura tomava a forma de arco-íris,cuja função era levar a água para o castelo de oxalá, que morava em orun ( no céu ). Depois de cumprida a tarefa,
ele voltava a terra por outro seis meses, assumindo a forma de uma cobra.
Com essa aparência, ao morder a própria cauda, dando a volta em torno da terra, ele teria gerado o movimento de rotação, bem como o transito dos astros no espaço.
É um orixá que representa polaridades contrarias, como o masculino e o feminino, o bem e o mal, a chuva e o tempo bom, o dia e a noite, respectivamente, através das formas do arco-íris e serpente.

OBALUAYÊ

Nanã era considerada a deusa mais guerreira de Daomé.
Um dia, ela foi conquistar o reino de Oxalá e se apaixonou por ele.
Mas este não queria se envolver com outra orixá que não fosse sua amada esposa Yemanjá. Por isso, explicou tudo a Nanã, mas ela não se fez de rogada.
Sabendo que Oxalá adorava vinho de palma, embriagou-o.
Ele ficou tão bêbado que se deixou seduzir por Nanã, que acabou ficando grávida. Mas por ter transgredido uma lei da natureza, deu a luz a um menino horrível, não suportando vê-lo, lanço-o no rio.
A criatura foi mordida por caranguejos, ficando toda deformada.
Por sua terrível aparência, passou a viver longe dos outros orixás.
De tempos em tempos os orixás se reuniam para uma festa.
Todos dançavam, menos obaluaiyê, que ficava espreitando da porta, com vergonha de sua feiura. Ogum percebeu o que acontecia e, com pena, resolveu ajudá-lo, trançando uma roupa de mariwo - uma espécie de fibra de palmeira - que lhe cobriu todo o corpo.
Com este traje ele voltou a festa e despertou a curiosidade de todos, que queriam saber quem era o orixá misterioso.
Yansã, a mais curiosa de todas, aproximou-se, e neste momento, formou-se um turbilhão e o vento levantou a palha, revelando um rapaz muito bonito.
Desde então os dois orixás vivem juntos, e os dois passaram a reinar sobre os mortos.


IBEJI

Existiam num reino dois pequenos príncipes gêmeos que traziam sorte a todos.
Os problemas mais difíceis eram resolvidos por eles; em troca, pediam doces balas e brinquedos.
Esses meninos faziam muitas traquinagens e, um dia, brincando próximos a uma cachoeira, um deles caiu no rio e morreu afogado.
Todos do reino ficaram muito tristes pela morte do príncipe.
O gêmeo que sobreviveu não tinha mais vontade de comer e vivia chorando de saudades do seu irmão, pedia sempre Orumilá que o levasse para perto do irmão.
Sensibilizado pelo pedido, orumilá resolveu levá-lo para se encontrar com o irmão no céu, deixando na terra duas imagens de barro. Desde então, todos que precisam de ajuda deixam oferendas aos pés dessas imagens para ter seus pedidos atendidos.


LENDA DE OXUM

Em um belo dia, Sàngó que passava pelas propriedades de Èsù, avistou aquela linda donzela que penteava seus lindos cabelos a margem de um rio e de pronto agrado, foi declarar sua grande admiração para com Òsùn.
Foi-se a tal ponto que Sàngó, viu-se completamente apaixonado por aquela linda mulher, e perguntou se não gostaria de morar em sua companhia em seu lindo castelo na cidade de Oyó .
Òsùn rejeitou o convite, pois lhe fazia muito bem a companhia de Èsù.
Sàngó então irado e contradito, sequestrou Òsùn e levou-a em sua companhia,
aprisionando-a na masmorra de seu castelo.
Èsù, logo de imediato sentiu a falta de sua companheira e saiu a procurar, por todas as regiões, pelos quatro cantos do mundo sua doce pupila de anos de convivência.
Chegando nas terras de Sàngó, Èsù foi surpreendido por um canto triste e melancólico que vinha da direção do palácio do Rei de Oyó, da mais alta torre. Lá estava Òsùn,
triste e a chorar por sua prisão e permanencia na cidade do Rei.
Èsù, esperto e matreiro, procurou a ajuda de Òrùnmílá, que de pronto agrado lhe cedeu uma poção de transformação para Òsùn desvencilhar-se dos dominíos de Sàngó.


Èsù, atravez da magia pode fazer chegar as mãos de sua companheira a tal poção.
Òsùn tomou de um só gole a poção mágica e transformou-se em uma linda pomba dourada, que voôu e pode então retornar a casa de Esù.


LENDA DE OXOSSE (KABILA)

Diz uma das lendas que certo dia Osóssi chegou a sua aldeia, quase arriando pelo peso da capanga, das cabaças vazias e pelo cansaço de rastrear a caça rara.
Osún, sua mulher e mãe de seu filho, olhou para ele e pensou: ''só caçou desgraça". Pois a desgraça para Osóssi foi prevista por Ifá, que ele alertou Osún. Porém, quando ela contou a Osóssi sobre essa previsão, ele disse que a desgraça era a fome, a mulher sem leite e a criança sem carinho.
E que desgraça maior era o medo do homem.
Quando Osóssi se aproximou de Osún, ela notou que ele trazia algo na capanga, sentiu medo e alegria. Havia caça na capanga do marido e ela imaginou se seria um bicho de pelo ou de pena.
Ansiosa, perguntou a ele, que respondeu: "Trago a carne que rasteja na terra e na água, na mata e no rio, o bicho que se enrosca em si mesmo''.
Falando isto retirou da capanga os pedaços de uma grande Dan (cobra).
O bicho revirava a cabeça e os olhos, agitava a língua partida e cantava triste: "Não sou bicho de pena para Osóssi matar".
A grande Dan pertencia a Sàngó e Osóssi não poderia matá-la.
Osún fugiu temendo a vingança de Sàngó, indo até Ifá que disse: "A justiça será feita, assim o corpo de Osóssi irá desaparecer, desaparecerá da memória de Ossunmaré e a quizila desaparecerá da vingança de Sàngó".


LENDA DE IEMAJÁ

Yemanjá, conta uma das lendas, era "casada pela primeira vez com Orunmilá, senhor das adivinhações, depois com Olofin, rei de Ifé", cansada de sua permanência em Ifé,
fugiu em direção ao oeste. Outrora, Olokun lhe havia dado, por medida de precaução,
uma garrafa contendo um preparo, pois não se sabia o que poderia acontecer amanhã,
com a recomendação de quebrá-lo no chão em caso de extremo perigo.
E assim Yemanjá foi instalar-se no entardecer da terra oeste.
Olofin, Rei de Ifé, lançou seu exército à procura de sua mulher.
Cercada, Yemanjá ao invés de se deixar prender e ser conduzida de volta a Ifé, quebrou a garrafa, segundo as instruções recebidas.
O criou-se o rio na mesma hora levando-a para Okun (o oceano), lugar de residência de Olokun, seu pai.










LENDA DE OSSAIN

Òrúnmílá dá a Òsanyìn o nome das plantas.
Ifá foi consultado por Òrúnmílá que estava partindo da terra para o céu e que estava indo apanhar todas as folhas.
Quando Òrúnmílá chegou ao céu Olódùmaré disse, eis todas as folhas que queria pegar o que fará com elas ?
Òrùnmílá respondeu que iria usá-las, disse que, iria usá-las para beneficio dos seres humanos da Terra.
Todas as folhas que Òrunmílá estava pegando, Òrúnmílá carregaria para a Terra.
Quando chegou à pedra Àgbàsaláààrin ayé lòrun (pedra que se encontra no meio do caminho entre o céu e a terra). Aí Òrúnmílá encontrou Òsanyìn no caminho.
Perguntou: Òsanyìn onde vai? Òsanyìn disse: "Vou ao céu, disse ele, vou buscar folhas e remédios".
Òrúnmílá disse, muito bem, disse, que já havia ido buscar folhas no céu, disse, para benefício dos seres humanos da terra.
Disse, olhe todas essas folhas, Òsanyìn pode apenas arrebatar todas as folhas.
Ele poderia fazer remédios (feitiços) com elas porém não conhecia seus nomes.
Foi Òrúnmílá quem deu nome a todas as folhas.
Assim Òrúnmílá nomeou todas as folhas naquele dia.
Ele disse, você Òsanyìn carrega todas as folhas para a terra, disse, volte, iremos para terra juntos.
Foi assim que Òrúnmílá entregou todas as folhas para Òsanyìn naquele dia.
Foi ele quem ensinou a Òsanyìn o nome das folhas apanhadas.


LENDA DE AYRÁ

AYRÁ era um dos servos de confiança de Sango.
OSÀLÚFÓN (ÓÒNÍ DE IFÈ ) fez uma visita as terras de Oyo onde Sango (Oba de Oyo) reinava.
No caminho de volta Sango se negou a carregar OSÀLÚFÓN até seus domínios como uma forma de submissão a OSÀLÚFÓN, então designou tal missão a Ayrá. Este por sua vez não só ajudou OSÀLÚFÓN como o carregou nas costas até seus domínios.
Ayrá tentou tirar partido da situação intrigando OSÀLÚFÓN contra Sango.
Ayrá tentou convencer OSÀLÚFÓN que Sango fora o único culpado dele OSÀLÚFÓN,
ter passado os sete anos sofrendo maus tratos na prisão de Oyo, acusado de ser o ladrão dos cavalos de Sango.
Mas, OSÀLÚFÓN não cedeu a seu veneno e perdoou Sango, que sabedor do acontecido cortou relações com Ayrá pela traição.
OSÀLÚFÓN ficou grato pela submissão de Ayrá e lhe concedeu o título de seu primeiro ministro, fazendo dele seu mais fiél amigo, motivo pelo qual AYRÀ come diferente dos SÀNGÓ.
Foi-lhe concedido comer em sua gamela o arroz, a canjica e o mingau de acaçá, sendo-lhe proibido o dendê e o sal. Por motivo de rivalidade com SÀNGÓ, não se deve colocá-los juntos na mesma casa nem em cima de pilão.


Sua gamela é oval e seus ornamentos prateados.
Seu assentamento é na gamela oval e não leva pilão.
A fogueira lhe pertence e é acesa pelo lado esquerdo. Dentro da fogueira coloca-se :
- Um tacho de cobre com 12 quiabos;
- Uma pedra, representando o ODUN ARÀ;
- Frutas.


LENDAS AFRICANAS

Lendas:

 Obayifo (África)
Nome dado pelos Ashanti para um Vampiro comum em muitas tribos do oeste africano. Entre os Dahomeanos, o Obayifo é conhecido como "Asiman", e muitas são as influências desta lenda nos folclores vampíricos dos escravos americanos. Sua descrição é a de um bruxo (ou bruxa) que habitava incógnito as tribos, saindo à noite (em espectro de luz intensa ou de corpo presente) para sugar o sangue das pessoas, principalmente de crianças. Em períodos de escassez, o Obayifo poderia se contentar em chupar apenas o caldo de frutas e vegetais.


Lendas: Asasabonsam (Gana)

Monstro vampírico de aspecto humanóide e dentes de ferro, encontrado no folclore dos povos Ashanti, em Gana. Morava nas profundezas da floresta, e raramente poderia ser encontrado. Para atacar, este Vampiro utilizava uma tática peculiar: no topo de uma árvore, o Asasabonsam balançava suas pernas e agarrava a presa desprevenida com seus pés, providos de um asqueroso casco em forma de gancho...


Lendas de animais

O Elefante Vaidoso e as Formigas Guerreiras

Na grande Reserva de Amboseli, no Quénia, muito perto do monte Quilimanjaro, onde existe uma enorme variedade de animais selvagens, vivia um grande elefante solitário. Era um animal imponente que possuía duas presas de tamanho invulgar. Todos os outros animais o temiam.
Quando ele se aproximava de um bebedouro para beber e para se espojar, emitia dois bramidos avisadores e todos os animais que ali estivessem abandonavam de imediato o local. De tanto o temerem este elefante começou a tornar-se vaidoso e arrogante.
A partir daí, os confrontos com outros elefantes do Parque, eram quase diários. Normalmente saia sempre vitorioso de todos os combates. Proclamava então as suas vitórias com muito alarido para que todos os outros animais o ouvissem. “Eu sou o animal mais forte da selva! A mim ninguém me consegue vencer! Quem não estiver ainda convencido de que eu é que sou o rei da selva que venha mostrar-me o contrário.”


Um Papagaio que estava empoleirado no alto de uma grande árvore, começou a dar gargalhadas. O elefante olhou para todos os lados e não viu bicho nenhum. Ficou muito intrigado. Quem seria o louco que ousava rir-se dele de uma forma tão atrevida? Virou a cabeça para todos os lados, mas nada conseguiu descortinar. Mas as gargalhadas continuavam.
— “ Quem é o imprudente que se está a rir de mim e que não se mostra? – perguntou o Elefante.”
— “Olha, Elefante, sou eu o Papagaio cinzento. Eu não estou escondido.
Estou aqui no alto desta acácia! Tenho estado a ouvir as tuas bravatas e acho-te muito vaidoso e gabarolas. Eu não tenho nenhum medo de ti apesar do teu tamanho. Felizmente não consegues voar e, por isso, não me consegues fazer mal nenhum.”
— “Por que me chamas gabarolas, Papagaio? Conheces algum bicho que me consiga vencer?”
— “Na verdade, assim de repente, não conheço, mas, sei lá, talvez haja algum!”
—“ Até hoje ainda não vi nenhum outro animal que tivesse a coragem de me fazer frente e, certamente, nunca o verei.”
—“ Olha Elefante, não digas disparates. És um fanfarrão e podes vir a pagar pela língua.”
O Elefante estava com uma vontade enorme de castigar o Papagaio pelo seu atrevimento, mas o Papagaio pressentindo as suas más intenções levantou voo em direcção à montanha onde vivia.
Quis, então, o destino aplicar ao Elefante uma tremenda lição.
Um dia, depois de um lauto almoço, o Elefante sentiu um profundo sono e deitou-se na relva à sombra de uma grande figueira brava.
Ficou ali espojado e regalado sem sequer se aperceber que, bem perto dele, um batalhão de formigas guerreiras (Quissondes) se preparava para abandonar o seu formigueiro e iniciar uma expedição guerreira.
Quando as formigas depararam com aquele animal gigantesco, imóvel, atravessado no seu caminho, ficaram furiosas e começaram a trepar por ele, dispostas a atacá-lo, sem ter qualquer respeito pelo seu grande tamanho.
A pele do Elefante era tão dura, tão espessa e tão insensível que as mordidelas que as formigas lhe aplicavam, nem sequer eram sentidas pelo paquiderme. Mas tudo mudou de figura, quando algumas formigas irromperam pela tromba do Elefante e se introduziram dentro dela.
Quando as formigas guerreiras, dotadas de grandes cabeças e fortes tenazes, começaram a ferrar as mucosas sensíveis da grande tromba do paquiderme, este levantou-se aflito, emitindo fortes bramidos de dor e de raiva.
Para se tentar livrar das atrevidas intrusas, desatou a correr, a soprar e a abanar a tromba. Precipitou-se logo para o bebedouro mais próximo e enchendo e esvaziando a tromba rapidamente com água, pensou que se poderia livrar das formigas. Mas, na verdade, a água soprada com toda a força de pouco lhe valeu. As formigas estavam firmemente fixadas no interior sensível da sua tromba e o elefante não conseguia livrar-se delas.
Aflito com as fortes ferroadas que sentia, começou a bater desesperadamente, com a tromba nas árvores e a soprar com quanta força tinha. O barulho que fazia ecoava por toda a floresta e nenhum bicho conseguia entender por que razão estaria o elefante a comportar-se daquela forma. O barulho que fez conseguiu ouvir-se até no monte Quilimanjaro e foi escutado na toca do Papagaio.
“Que será isto, todo este enorme alarido? – interrogava-se o Papagaio ao tirar a sua cabeça para fora do ninho. Parecem-me os bramidos do Elefante vaidoso. Quem mais poderia fazer tanto barulho a esta hora? Deixa-me ver o que se está a passar!” Dizendo isto, o Papagaio saltou para fora da sua toca e elevou-se nos ares, batendo rapidamente as asas para poder tomar altura. Ainda não tinha voado cinco minutos, quando avistou ao longe o Elefante num galope desenfreado pela savana. “Mas que terá acontecido, para que o Elefante esteja a correr desta forma? Nunca o vi fazer isto antes!
Vou aproximar-me, para poder saber o que se está a passar.” E assim, o nosso papagaio cinzento, começou a baixar e a aproximar-se do Elefante. A aflição do Elefante não tinha limites. Agora estava a bater com a tromba numa grande acácia, como se a quisesse destruir. Quando o Papagaio se aproximou mais, reparou que o elefante estava com a tromba a sangrar abundantemente, com os olhos injetados de sangue e com uma respiração ofegante, que denunciava um enorme cansaço físico.
O Papagaio voou então sobre a sua cabeça e com a voz mais alta que conseguiu fazer, perguntou: – “ Elefante, Elefante, porque estás nesse imenso desespero? O que se passa? Será que eu te consigo ajudar?”
— “Ai Papagaio cinzento, estou desgraçado, já nada me pode valer?”
—“Mas porquê elefante? Que foi que te aconteceu?”
— “ Fui atacado pelos quissondes e a minha tromba está cheia deles. Não aguento mais este sofrimento. Eu quero morrer.”
O Papagaio que conhecia muito bem os quissondes, por já uma vez o terem mordido numa perna, compreendeu logo toda a extensão da tragédia do Elefante. E, falando em voz baixa, para com os seus botões, disse:
“Coitado está mesmo desgraçado”.
Na verdade, um dia depois, o Elefante morreu, com a tromba rebentada de tantas pancadas que deu nas árvores para se livrar das formigas, mas sem qualquer sucesso...
Moral: – Que ninguém se envaideça por ser grande e forte e se proclame invencível. O destino pode castigá-lo cruelmente, utilizando meios aparentemente insignificantes e difíceis de imaginar.
Nota: – O quissonde é uma formiga muito semelhante, à terrível marabunta. Vive em grandes formigueiros debaixo da terra. São verdadeiras comunidades, formados por formigas obreiras, por soldados e por formigas comandantes Quando chegam as grandes chuvas, saem da terra e iniciam as suas expedições guerreiras.
São duma ferocidade impressionante. Atacam todos os animais que encontram no seu caminho, quer sejam insectos, aves, repteis ou mamíferos. Os animais que são dominados por elas, são devorados vivos. Os invertebrados nem sequer deixam vestígios, mas os vertebrados são despojados de toda a sua carne e de todos os orgãos internos, ficando apenas os seus esqueletos limpos, para provar do que morreram.
“O autor deste conto, teve vários encontros com os quissondes e foi mordido muitas vezes por eles. Estas formigas progridem rapidamente no terreno, formando colunas, verdadeiros batalhões de assalto. As colunas são defendidas pelos soldados que entrelaçam as patas e as tenazes, e formam túneis, por onde se deslocam, as obreiras, que carregam os saques e os esquadrões que as apoiam. Quando o autor interrompia a marcha das formigas, desfazendo-lhe os túneis, tinha que sair de imediato do local, pois os soldados fortemente irritados disparavam em todas as direcções, para descobrir e alcançar o atacante.
Os camponeses africanos gostam que os quissondes inspeccionem as suas cabanas, porque as libertam de todos os ratos, insectos indesejáveis, cobras e parasitas. Uma invasão de formigas guerreiras é uma verdadeira desparasitação natural a cem por cento.
A casa do autor, foi, certa vez, atacada por uma grande invasão de quissondes, que só a cinza quente e pneus velhos a arder conseguiu ser derrotada. Mas as capoeiras que foram atacadas durante a noite, ficaram sem galinhas, sem coelhos, sem patos e sem perus, que foram literalmente devorados durante a noite por não termos conseguido pressentir o ataque.
Nessa altura, atacaram também uma grande colmeia de abelhas, que possuíamos, na horta, o que fez com que as abelhas desesperadas abandonassem a colmeia e furiosas começassem a morder em toda a gente.
Os comandantes guerreiros, possuem umas cabeças tão desenvolvidas e umas tenazes tão fortes, que quando mordem, prendem-se à carne pelas tenazes. Ao puxar-se pelas formigas, ficam-nos os seus corpos nos dedos, mas as suas cabeças e tenazes permanecem firmemente presas à nossa pele.”
Afonso Soares Lopes


A DISPERSÃO DOS MACACOS

Antigamente, os macacos viviam num único grupo. Moravam num deserto onde não havia alimentos. Meteram-se, então, aos campos dos homens, para roubar comida; mas os donos guardaram-na. Vendo isso, os macacos combinaram o seguinte:
"Tomemos uma macaca, cortemos-lhe o rabo, transformemo-la, façamos dela uma mulher para que casem-se com ela, tenho um campo e nós aí comamos".
Agarraram numa macaca, cortaram-lhe o rabo e fizeram dela uma mulher. Um homem casou-se com ela e as pessoas abriram-lhe um campo muito grande. Depois do marido preparar a terra, homem e mulher quiseram semeá-lo, mas ela afirmou que podia fazer esse trabalho sozinha.
Quando a macaca foi semear, entoou esta canção:
Macacos, macacos, Mueé, mueé
Vinde semear o milho. Eles ouviram-na. Semearam o milho e comeram o que sobrou. Mal se criaram as maçarocas, os macacos chegaram de novo para as comer, mas o marido afugentou-os com a espingarda.
Chegou o dia da colheita. Marido e mulher levaram o milho para casa. Os macacos ficaram furiosos e resolveram colar novamente o rabo à macaca. Levaram o rabo e iam cantando assim: Andemos depressa entreguemos o rabo à dona.
Ao ouvirem esta canção, as pessoas ficaram surpreendidas. Os macacos chegaram a cantar e, encontrando a mulher deitada no chão, puseram-lhe o rabo, e logo ela se transformou em macaca, como dantes.
A aldeia estava cheia de macacos, mas, quando os homens pegaram nos arcos e nas espingardas, os macacos dispersaram, dois para um lado, três para o outro, e nunca mais se reuniram. Por isso há macacos em toda a parte.
In: Contos Moçambicanos




Era uma vez um sapinho que encontrou um bicho comprido, fino, brilhante e colorido deitado no caminho.
- Alô! Que é que você está a fazer estirada na estrada?
- Estou a apanhar banhos de sol. Sou uma cobrinha, e você?
- Um sapo. Vamos brincar?
E eles brincaram a manhã toda no mato.
- Vou ensinar você a pular.
E eles pularam a tarde toda pela estrada.
- Vou ensinar você a subir na árvore se enroscando e deslizando pelo tronco.
Eles subiram. Ficaram com fome e foram embora, cada um para sua casa, prometendo se encontrar no dia seguinte.
- Obrigada por me ensinar a pular.
- Obrigado por me ensinar a subir na árvore.
Em casa, o sapinho mostrou à mãe que sabia rastejar.
- Quem ensinou isso para você?
- A cobra, minha amiga.
- Você não sabe que a família Cobra não é gente boa? Eles têm veneno. Você está proibido de brincar com cobras. E também de rastejar por aí. Não fica bem.
Em casa, a cobrinha mostrou à mãe que sabia pular.
- Quem ensinou isso para você?
- O sapo, meu amigo.
- Que besteira! Você não sabe que a gente nunca se deu bem com a família Sapo? Da próxima vez, agarre o sapo e... Bom apetite! E pare de pular. Nós cobras não fazemos isso.
No dia seguinte, cada um ficou na sua.
- Acho que não posso rastejar com você hoje.
A cobrinha olhou, lembrou do conselho da mãe e pensou: "Se ele chegar perto eu pulo e devoro ele. "
Mas lembrou-se da alegria da véspera e dos pulos que aprendeu com o sapinho.
Suspirou e deslizou para o mato.
Daquele dia em diante, o sapinho e a cobrinha não brincaram mais juntos.
Mas ficavam sempre no sol, pensando no único dia em que foram amigos.


A HIENA E O GALA-GALA

A Hiena estabeleceu relações de amizade com o Gala-Gala.
Um dia, a Hiena preparou cerveja e foi chamar o seu amigo lagarto:
- Vamos beber cerveja.
Foram. O Gala-Gala embriagou-se. Perguntou à sua amiga Hiena:
- Amiga, tu que gostas tanto de carne, se me encontrares morto no caminho, és capaz de me comer?
- Não, isso nunca. Eu quero ser tua amiga.
O lagarto embriagou-se muito e despediu-se:
- Amiga, vou para minha casa.
- Está bem.
O Gala-Gala partiu. A meio do caminho, deitou-se e começou a dormir. A Hiena pensou: "O meu amigo bebeu muito. É melhor ir ver se ele chega bem a casa". Encontrou-o no caminho, deitado. Levantou-o:
- É sono, amigo? É embriaguez?
Segurou-o, virando-o. O lagarto calou-se, sem respirar. A Hiena agarrou nele e atirou-o para o mato. Depois saiu do caminho, foi ver onde é que o Gala-Gala tinha caído e encontrou-o.
- O meu amigo morreu.
Cortou lenha, fez fogo, e agarrou no lagarto para o assar na fogueira. O Gala-Gala, sentindo o calor do fogo, bateu com a cauda nos olhos da Hiena e subiu, depressa, para uma árvore.
A amizade entre eles acabou ali. O Gala-Gala passou a viver nas árvores e a Hiena continuou a andar no chão, para nunca mais se encontrarem.

CORAÇÃO-SOZINHO


O Leão e a Leoa tiveram três filhos; um deu a si próprio o nome de Coração-Sozinho, o outro escolheu o de Coração-com-a-Mãe e o terceiro o de Coração-com-o-Pai.
Coração-Sozinho encontrou um porco e apanhou-o, mas não havia quem o ajudasse porque o seu nome era Coração-Sozinho.
Coração-com-a-Mãe encontrou um porco, apanhou-o e sua mãe veio logo para o ajudar a matar o animal. Comeram-no ambos.
Coração-com-o-Pai apanhou também um porco. O pai veio logo para o ajudar. Mataram o porco e comeram-no os dois.
Coração-Sozinho encontrou outro porco, apanhou-o mas não o conseguia matar. Ninguém foi em seu auxílio. Coração-Sozinho continuou nas suas caçadas, sem ajuda de ninguém. Começou a emagrecer, a emagrecer, até que um dia morreu.
Os outros continuaram cheios de saúde por não terem um coração sozinho.
Fim da amizade entre o Corvo e o Coelho


O FIM DA AMIZADE ENTRE O CORVO E O COELHO


O Corvo era muito amigo do Coelho. Combinaram, um dia, que cada um deles transportasse o companheiro às costas, indo de povoação em povoação, para dar a conhecer às pessoas a amizade que os unia.


O Corvo começou a carregar o Coelho. Andou com ele às costas pelas aldeias e a gente, quando o via, perguntava-lhe:


- Ó Corvo, que trazes tu aí?
- Trago um amigo meu que acaba de chegar de Namandicha.
Passou assim com ele por muitas terras.
Chegou depois a vez de ser o Coelho a carregar com o Corvo. Ao passar por uma aldeia, os moradores perguntaram-lhe:
- Ó Coelho, que trazes tu às costas?
- Ora, ora, trago penas, penugem e um grande bico - respondeu, a troçar, o Coelho.
O Corvo não gostou que o companheiro o gozasse daquela maneira, saltou logo para o chão e deixaram de ser amigos.
in: Contos Moçambicanos














O Cágado e o Lagarto


O CÁGADO E O LAGARTO


Num ano em que havia pouca comida, o Cágado pegou o dinheiro que tinha economizado e foi a Nanhagaia onde comprou um saco de milho.
Quando voltava para casa, viu, a certa altura, um tronco de árvore atravessado no caminho. Como não conseguia passar por cima dele, atirou o saco de milho para o outro lado e depois foi dar a volta.
Quando estava a dar a volta, ouviu uma voz a gritar:
- Viva, viva, tenho um saco de milho que caiu lá de cima.
Era o Lagarto, que segurava o saco que o Cágado tinha atirado.
O Cágado protestou:
- Não. O saco é meu. Comprei-o agora e vou levá-lo para casa.
O Lagarto não quis ouvir nada e levou o saco para casa dele, dizendo:
- Eu não o roubei de ninguém. Achei-o. Vou comer o milho porque encontrei o saco.
O Cágado ficou muito zangado mas não podia fazer nada. Cheio de fome, no dia seguinte foi com os filhos ver se encontrava alguma coisa para comer.
A certa altura viram o rabo do Lagarto que saía de dentro de um buraco, só com o rabo de fora.
O Cágado agarrou no rabo e numa faca e preparou-se para o cortar. Depois de cortado, levou-o para casa e comeu-o com os filhos.
O Lagarto que, entretanto tinha conseguido sair do buraco, foi queixar-se ao responsável da aldeia:
- O Cágado cortou-me o rabo. Mande-o chamar para ele dizer porque é que me cortou o rabo.
O responsável convocou o Cágado e perguntou-lhe:
- É verdade que tu cortaste o rabo ao Lagarto?
O Cágado, que era muito esperto, disse:
- É verdade que eu encontrei um rabo perto de um buraco e o levei para casa para comer, mas não era de ninguém. Eu não vi mais nada senão o rabo.
- Mas o rabo era meu - gritou o Lagarto - tens de o pagar.
O Cágado respondeu:
- Não, não pago. Eu fiz o mesmo que tu fizeste ontem. Tu ontem encontraste o meu saco de milho e comeste-o. Eu hoje encontrei o teu rabo e comi-o. Agora estamos pagos.
O responsável achou que ele tinha razão e mandou-os embora.


O CARACOL E A IMPALA

Uma Impala, muito vaidosa da sua agilidade e da rapidez com que corria, encontrou um Caracol e começou a fazer pouco dele:
- Ó Caracol, tu não és capaz de correr. Que vergonha, só és capaz de te arrastar pelo chão.
O Caracol, que era esperto, resolveu enganar a Impala. Por isso desafio-a:
- Vem cá no próximo domingo e vamos fazer uma corrida por esta estrada, desde aqui até ao rio.
- Uma corrida comigo? - perguntou, espantada, a Impala. - Está bem, cá estarei.
E afastou-se a rir, pensando que o Caracol era maluco por querer correr com ela.
O Caracol, entretanto, como tinha ido à escola e sabia ler e escrever, escreveu uma carta a todos os caracóis amigos dele que moravam ao longo da estrada até ao rio. Nessa carta ele dizia aos amigos para, no domingo, estarem junto à estrada e, quando passasse a Impala, se ela chamasse pelo Caracol, eles responderem: "Cá estou eu, o Caracol."
No domingo, a Impala encontrou-se com o Caracol e, a rir muito, disse-lhe:
- Vamos lá então correr os dois e ver quem chega primeiro ao rio.
O Caracol deixou-a partir a correr e escondeu-se num arbusto. A Impala corria e, de vez em quando, gritava:
- Caracol, ó Caracol, onde é que tu estás?
E havia sempre um dos amigos do Caracol que estava ali perto e respondia:
- Cá estou eu, o Caracol.
A Impala, que julgava ser sempre o mesmo Caracol que ia a correr com ela, corria cada vez mais, mas havia em todos os momentos um Caracol para responder quando ela chamava.
De tanto correr, a Impala acabou por se deitar muito cansada e morrer com falta de ar.
O Caracol ganhou a aposta porque foi mais esperto que a Impala e tinha ido à escola junto com os outros caracóis e todos sabiam ler e escrever. Só assim se puderam organizar para vencer a Impala.


O Elefante, escravo do Coelho

Uma vez, o Coelho andava a passear e encontrou um grande ajuntamento de animais sentados à sombra de uma árvore.
Cheio de curiosidade, quis logo saber do motivo daquela reunião e perguntou:
- Então o que é que se passa? Que novidades há por aqui?
Um dos animais explicou:
- Trata-se de um milando e estamos à espera do Elefante, o nosso chefe, para o resolver.
- O quê?... O quê?... O Elefante vosso chefe? - perguntou o Coelho, franzindo a testa.
E continuou:
- O Elefante não é chefe nenhum! O Elefante é meu escravo e leva-me sempre às costas a qualquer parte que eu queira!
Alguns do grupo admiraram-se:
- Como pode o Elefante ser teu escravo se tu és tão pequeno?
- O ser pequeno nada tem a ver com o meu valor - replicou o Coelho.
E, em tom autoritário, acrescentou:
- Já vos disse e torno a dizer que o Elefante não é chefe, é meu escravo, e por isso, vocês podem ir embora daqui, que nesta coisa de resolver milandos ele não tem nada que se meter.
Dito isto, o Coelho dirigiu os passos para sua casa e muitos dos animais foram-se também embora dali por terem acreditado nas suas palavras.
Algum tempo depois, chegou o Elefante e perguntou:
- Então onde estão os outros que aqui faltam? Atrasaram-se na viagem?
- Não! - explicaram-lhe os poucos animais que lá tinham ficado. - Os que aqui faltam foram-se embora há pouco tempo, porque passou neste lugar o Coelho e disse-nos que tu, Elefante, não és chefe, mas sim, um escravo dele.
O Elefante tremeu todo de indignação e, muito furioso, resmungou:
- Ah, Coelho malandro! Coelho vigarista!... Deixa lá que, hoje mesmo, me darás conta de palavras tão injuriosas e tão vis!...
Entretanto, o Coelho chegou a casa e fingiu-se doente. A mulher, cheia de pena, foi estender uma esteira e o Coelho deitou-se nela.
Daí a momentos chegou a Impala, que era cunhada do Coelho, avisando-o de que o Elefante já se aproximava para lhe fazer mal. E, transmitido o recado, retirou-se.
O Coelho, manhoso, entrou então em grandes convulsões, soltando, ao mesmo tempo, gemidos tão lastimosos que era mesmo de partir o coração.
Chegou o Elefante que se pôs a roncar, muito mal disposto:
- Ó Coelho, ó malandro, salta depressa cá para fora, que tens de me acompanhar.
O Coelho murmurou, a gemer e entrecortando as palavras:
- Oh! Por... fa...vor! Des...cul...pe-me... porque eu... não... es...tou... bom!... dói-me mui...to... o cor...po to...do! Isto foi... um mal que me deu de re...pen...te...
- Não quero saber! Seja como for, tens de vir comigo ao lugar onde estão reunidos os outros animais, porque ouvi dizer que tiveste o descaramento de enxovalhar o meu título de chefe e de dizer que eu sou teu escravo - replicou o Elefante.
- Tens to...da a ra...zão... mas o cer...to é que eu... não aguen...to ca...mi...nhar... para te po...der... acom...pa...nhar!
- Já te disse, tens de vir comigo, custe o que custar, mesmo que eu tenha de te levar às costas - ordenou o Elefante.
- Então só se for desse mo...do, mas fi...ca... sa...ben...do que mes...mo assim a via...gem me vai ser muito... pe...no...sa.
E, logo a seguir, chamou a mulher e disse, chorosamente:
- Dá cá a minha ca...mi...sa nova. Hi... Hi... Hi... Hi... vai tam...bém bus...car as minhas cal...ças no...vas.
E, depois:
- Já a...go...ra, traz tam...bém os meus sa...pa...tos no...vos! É que po...de a...con...te...cer que eu morra e, ao me...nos, que...ro morrer com os meus tra...jes mais ricos.
Uma vez o Coelho vestido e calçado, o Elefante abaixou-se e o Coelho saltou-lhe para as costas, onde se instalou muito bem instalado.
Estava um calor de rachar pedras. Antes de partir, o Coelho gritou para a mulher:
- Ó mulher, dá-me cá a sombrinha porque está muito calor... e posso agravar os meus males com alguma insolação.
O Elefante, em grandes e rápidas passadas, pôs-se a caminho da reunião.
Quando se aproximavam do lugar, o Coelho, deixando de fingir que estava doente, ensaiou uma atitude de pessoa importante e esboçou um sorriso feliz.
Os outros animais ao verem o Coelho assim todo solene e bem apresentado, às costas do Elefante, começaram todos com grandes exclamações:
- Olha! Olha!.. Sempre é verdade o que o Coelho dizia. O Elefante é escravo dele... pois que o traz às costas.
Quando o Elefante parou, o Coelho deu um salto, muito ágil e elegante, para o chão e, tomando a palavra, dirigiu-se assim aos outros animais:
- Estão a ver?... Estão a ver?... Eu não vos dizia que o Elefante é o meu escravo?
Todos os animais presentes romperam em grande gritaria, clamando:
- É verdade, sim senhor, é verdade. Tu, Elefante, não és chefe nenhum!... És escravo do Coelho pois o carregas às costas.
O Elefante só então deu pelo ato de estupidez que cometera e, cheio de vergonha, desandou dali para fora.
in: Contos Moçambicanos

O GATO E O RATO

O Gato e o Rato tornaram-se amigos. Um dia combinaram fazer uma viagem a uma terra distante. Pelo caminho tinham de atravessar um rio.
- Por onde passaremos? - perguntou o Gato. - O rio leva muita água.
O Rato respondeu:
- Não faz mal. Fazemos um barco.
O Gato concordou e logo ali os dois colheram uma grande raiz de mandioca e fizeram um barco com ela. Meteram o barco na água, entraram para ele e começaram a atravessar o rio.
Pelo caminho começaram a ter fome e repararam que não tinham levado comida.
O Gato perguntou então:
- O que é que nós havemos de comer?
- Não te preocupes, amigo Gato, porque podemos comer o nosso próprio barco.
E os dois começaram a comer o barco. O Gato pouco comeu porque a mandioca não lhe sabia bem, mas o Rato comeu, comeu, comeu até que acabou por furar o barco, que foi ao fundo.
O Gato e o Rato tiveram que nadar até à margem, mas, enquanto o Rato nadava bem e depressa, o Gato que mal sabia nadar, só com muita dificuldade e muito envergonhado é que conseguiu chegar a terra.
O Gato olhou então para o Rato e viu que ele estava com a barriga bem cheia por causa da mandioca, enquanto ele continuava cheio de fome. Por isso lembrou-se de comer o Rato.
- Sinto muita fome, Rato. Vou ter de te comer.
- Está bem - disse o Rato espertalhão - mas olha que eu estou muito sujo. É melhor ir primeiro lavar-me. Espera aí.
O Rato afastou-se e desapareceu. O Gato ainda hoje está à espera.
Por que é que os cães se cheiram uns aos outros?


POR QUE É QUE OS CÃES SE CHEIRAM UNS AOS OUTROS

Há muito tempo, quando os cães ainda não tinham sido domesticados pelo homem, viviam organizados em dois países. Cada país tinha um chefe e cada chefe gabava-se de ser mais poderoso que o outro.
Um desses chefes quis um dia casar com a irmã do outro. Mas, como eles estavam sempre zangados, o outro respondeu:
- Não. Não quero que sejas o marido da minha irmã.
O chefe que queria casar ficou furioso, porque gostava muito da irmã do outro chefe. Por isso mandou um dos seus servidores à terra do outro para lhe dizer:
- Se me recusas a tua irmã eu vou aí com o meu exército e destruo tudo.
Quando o servidor se preparava para partir, os conselheiros do chefe viram que ele estava todo sujo. Não tinha lavado a cara e tinha a cauda muito suja.
Ora era costume naqueles países uma pessoa ir limpa e bem apresentada quando ia à terra dos pais da noiva pedir-lhes a filha em casamento. Por isso perguntaram-lhe:
- Como se compreende que não te tenhas lavado?
Ele ficou muito envergonhado e os conselheiros encarregaram outros servidores de o lavarem muito bem e de lhe deitarem perfume na cauda para que ele cheirasse bem.
Quando o mensageiro ia pelo caminho, sentia-se muito vaidoso por ir tão limpo e com a cauda perfumada. Por isso esqueceu-se do que ia fazer. Começou a procurar uma esposa para ele próprio e desapareceu sem cumprir a sua tarefa até hoje.
É por isso que, desde essa altura, os cães andam todos sempre muito ocupados a cheirar a cauda uns dos outros para ver se encontram o mensageiro que desapareceu.


Lendas sobre a criação do mundo


A Cabaça Universal






A CABAÇA UNIVERSAL


A cabaça é um fruto do gênero do melão ou da abóbora, cuja casca grossa o torna útil para os homens, depois que se lhe retirar a polpa macia. Serve como jarro de água ou, se for cheio com sementes secas, dá para chocalho musical. Em alguns templos colocam uma cabaça redonda cortada ao meio horizontalmente, para receber pequenas oferendas ou objetos simbólicos. O fruto é muitas vezes decorado com gravuras, em ambas as metades, com enorme variedade de desenhos bem como figuras de seres humanos, animais e répteis.


Em Abomei, O Universo é considerado como uma esfera semelhante à cabaça redonda, e o horizonte fica nos bordos da união das metades do fruto. É aí que céu e mar se juntam, num local hipotético inacessível ao homem. A terra é considerada plana, flutuando dentro da grande esfera, tal como uma cabaça pequena pode flutuar dentro da maior. Dentro da esfera estão as águas, não só no horizonte como por debaixo da Terra. Este aspecto particualr é explicado pelo fato de que se alguém fura o solo sempre descobre água, de modo que esta tem de rodear toda a terra. O Sol, a Lua e as estrelas movem-se na metade superior da cabaça.


Quando Deus criou todas as coisas, a sua primeira preocupação foi formar a Terra, fixando os limites das águas e unindo bem os bordos da cabaça. Uma cobra divina enrolou-se à volta da Terra, para agregar e manter firme, e levou Deus a vários lugares, estabelecendo a ordem e sustentando todas as coisas com os seus movimentos essenciais.


(Mito africano de origem Abomei antiga capital da República Popular de Benin, registrado por Parrinder em África)


O CELEIRO DO MUNDO

Quando Deus criou a Terra, serviu-se de um punhado de argila que amassou muito bem antes de a lançar para o espaço, onde se espalhou de norte a sul e de leste a oeste. Deus utilizou a mesma técnica para criar as estrelas, servindo-se desta vez, de bolinhas mais pequenas, que começaram a cintilar quando as projetou em todas as direções. Depois, aperfeiçoou a sua arte para formar o Sol e a Lua, enormes bolas de argila envolvidas numa espiral de cobre vermelho ou branco incandescente.
Terra era deserta e árida: Deus enviou-lhe a chuva para a tornar fértil. Em seguida, uniu-se ao novo planeta para gerar os seres vivos que o povoariam. O primeiro filho foi um chacal feroz e os seguintes foram gêmeos meio homem, meio serpentes.
Decepcionado, Deus retomou a técnica da olaria e moldou quatro homens e quatro mulheres de argila, os quais foram enviados para a Terra.
A missão dos oito primeiros seres humanos era simples: criar uma descendência numerosa e ensinar técnicas aos homens. A vida terrestre destes antepassados devia ter sido eterna, mas, passado algum tempo, Deus chamou-os para junto dele. Regressaram, pois, ao Céu, onde Deus os proibiu de se encontrarem, pois receava vê-los a discutir. A fim de poder matar a fome, deu a cada um deles sementes de oito plantas comestíveis, como o milho, o arroz e o feijão; a última planta, a digitária, era tão pequena e tão pouco prática de preparar que o primeiro dos oito antepassados jurou nunca comer.
Ora, acontece que todas as sementes se esgotaram, exceto uma: a minúscula digitária. O primeiro antepassado decidiu-se, então, a consumir esta última semente. Tendo rompido o juramento, tornou-se indigno de permanecer no Céu. Preparou, pois, o regresso à Terra.
O primeiro antepassado recordou-se então do estado miserável em que viviam os homens que abandonara à superfície da Terra: como formigas, habitavam galerias escavadas no chão; não possuíam nenhum utensílio, só conheciam o fogo e, além disso, teriam tido muita dificuldade em trabalhar, pois seus membros, como os dos antepassados, eram desprovidos de articulações e moles como serpentes. Antes de abandonar o Céu, reuniu, portanto, tudo o que considerou útil para os homens. Em primeiro lugar, um macho e uma fêmea de espécies desconhecidas na Terra: galinhas, galos, carneiros, cabras, gatos, cães e até mesmo ratos e ratazanas; entre os animais selvagens, escolheu os antílopes, as hienas, os gatos bravos, os macacos, os elefantes; pensou também nas aves, nos insetos e nos peixes. Ocupou-se igualmente do mundo vegetal, começando pelo baobá, e, naturalmente, não se esqueceu das oito sementes comestíveis que tão bem conhecia. Por fim, pretendia levar aos homens um fole, um martelo de madeira e uma bigorna, para os ensinar a fabricar instrumentos. Tudo isso era pesado e volumoso, mas ele teve uma idéia.
Com "terra de céu", construiu uma pirâmide truncada, cuja base era circular e o topo quadrado. No interior, ordenou oito compartimentos, nos quais guardou as sementes comestíveis. Nas paredes do edifício, escavou quatro escadas, nas quais dispôs os animais e as plantas. Em seguida, espetou no cimo da pirâmide uma flecha, à volta da qual enrolou um fio. Prendeu a outra extremidade do fia a uma segunda flecha, que enviou para a abóboda celeste. Faltava-lhe fazer o mais perigoso: subtrair aos ferreiros do céu um pedaço de sol, a fim de levar o fogo aos homens. Introduziu-se na oficina dos ferreiros e, utilizando uma haste encurvada, apoderou-se de algumas brasas e de um fragmento de ferro incandescente, que ocultou no fole. Por fim, lançou seu curioso edifício para o vazio, ao longo de um arco-íris: enquanto o fio se desenrolava como uma serpentina, o antepassado mantinha-se de pé, pronto para se defender dos perigos do espaço.
O ataque veio do céu. Furiosos, os dois ferreiros atiraram archotes acesos sobre o ladrão de fogo, obrigando-o a proteger-se com a pele de carneiro que envolvia o fole. Contudo, o edifício descia cada vez mais depressa, deixando no seu rastro um feixe de estrelas...
A aterragem foi violenta: o antepassado perdeu o equilíbrio, a bigorna e o martelo quebraram-lhe os membros frágeis, criando as articulações de que tanto carecia. Observou-se imediatamente a mesma transformação no corpo de todos os homens. O antepassado delimitou então, o primeiro campo, construiu a primeira aldeia e a primeira forja. Em seguida, ensinou os homens a cavar com uma enxada. Os outros sete antepassados juntaram-se-lhe, possuindo cada um deles o segredo de várias técnicas, como o fabrico de sapatos ou de instrumentos musicais.
(Mito africano de origem Dogon citado por Ragache em A Criação do Mundo - Mitos e lendas)

A CRIAÇÃO DO MUNDO

No princípio, o Deus único criou o Sol e a Lua, que tinha a forma de cântaros, a sua primeira invenção. O Sol é branco e quente, rodeado por oito anéis de cobre vermelho, e a Lua, de forma idêntica tem anéis de cobre branco. As estrelas nasceram de pedras que Deus atirou para o espaço. Para criar a Terra, Deus espremeu um pedaço de barro e, tal como fizera com as estrelas, arremessou-o para o espaço, onde ele se achatou, com o Norte no topo e o restante espalhado em diferentes regiões, à semelhança do corpo humano quando está deitado de cara para cima.
(Mito africano de origem Dogon reveladas por um velho cego, Ogotemmêli, escolhido pela tribo para contar aos seus amigos europeus os segredos da mitologia dos Dogons, relatado por Parrinder em África)

O CRIADOR

Todos ou quase todos os povos africanos acreditam no Ser Supremo, criador de todas as coisas. Um deus supremo é referido num dicionário da língua banta datado de 1650, bem como na descrição da África Ocidental publicada por Bosman em 1705.
Os nomes dados ao Ser Supremo, como é natural, variam muito, devido à diversidade de línguas em toda a África. Nomes há, contudo, que são comuns em vastas áreas. Nas regiões ocidentais, o nome Mulungu é o mais ouvido, tendo sido adotado em cerca de trinta traduções da Bíblia. Na África Central, o nome Leza foi adotado por diversas etnias, e no ocidente dos trópicos até ao Congo encontram-se variações do nome Niambé.
Os povos da África Ocidental têm ainda muitos outros nomes para designar o Ser Supremo: Ngeno, Mavu, Amma, Olurun ou Chuquo.
Deus é o criador, e os mitos que se lhe referem tentam explicar as origens do mundo e da espécie humana. É um ser transcendente, que vive no céu, e para quem as pessoas naturalmente levantam a cabeça, reconhecendo a sua grandeza.
Não existem muitos templos dedicados ao Deus Criador. Isso é explicado pelos africanos idosos e experientes: Deus é demasiado grande para ser contido numa simples casa. O rei Salomão, em sua grande sabedoria já sabia disso: "Mas, de fato, habitaria Deus com os homens na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei." (Bíblia - 2 Cronicas 6.18).
O Deus Supremo é considerado como uma divindade pessoal, em geral benevolente, que se preocupa com as pessoas e não as espanta nem atemoriza. Mais ainda, é muitas vezes um poder residente, que sustenta e anima todas as coisas. Deus sabe tudo, vê tudo, e pode fazer o que quiser. Representa a justiça, recompensando os bons e punindo os maus.
Como criador, é responsável pelo aparecimento de todas as coisas e pelos costumes dos povos. Na sua qualidade de moldador, deu forma a todas as coisas, tal qual fazem as mulheres ao confeccionarem potes de barro. Colocou os objetos lado a lado, construiu tudo o que existe, como faz o homem que constrói a casa.
Como o Ser Supremo vive no céu, preocupa-se com a chuva, sem a qual os homens não podem viver. Quando a chuva começa a cair, a agradável frescura que daí resulta é descrita como "Foi Deus que amaciou o dia".
O arco-íris é freqüentemente referido como o "arco de Deus", que na ocasião atua como um caçador.
Alguns dos nomes dados a Deus nos rituais, provérbios e mitos africanos revelam o que o homem pensa sobre seu caráter e atributos. Primeiro que tudo, ele é o Criador, o escultor, o Doador do Sopro e da Alma, o Deus do Destino. O seu trabalho na natureza reconhece-se em títulos como Doador da Chuva e do Sol, O que Traz as Estações, O que Troveja, O Arco do Céu, O Acendedor de Fogos. A grandiosidade divina é indicada por nomes como: O Mais Antigo, O Iluminado, O que faz Curvar até os Reis, O que Dá e faz Apodrecer, O que Existe por Si, O que se Encontra em Todo Lado.
A providência divina também lhe confere nomes: Pai das Crianças, Grande Mãe, O maior dos Amigos, O Gentil, Deus da Misericórdia e do Conforto, A Providência que tudo Vigia como o Sol, Aquele em quem os Homens se Apóiam para Nunca Cair. Por fim, são-lhe dados nomes misteriosos e enigmáticos: O Grande Oceano Cujo Penteado é o Horizonte, O Grande Lago Contemporâneo de Todas as Coisas, O que Está para Além de Todos os Agradecimentos, O Inexplicável, O Furioso, A Grande Aranha.


NENHUM REI É COMO DEUS

Quando um súdito comparece perante o seu rei, é natural que o saúde dizendo: "Que o rei viva para sempre." Uma vez, porém, houve um nobre que, cada vez que vinha a corte, dizia: "Nenhum rei é como Deus." Tantas vezes repetiu esta saudação que o rei ficou enfurecido e conspirou para o destruir. Ofereceu ao homem dois anéis de prata, dizendo-lhe que se tratava de um presente a ser bem guardado, mas na realidade o rei pretendia vingar-se através deles. O homem a quem todos hoje chamam de Nenhum-Rei-Como -Deus, aceitou os anéis e colocou-os dentro de um chifre de carneiro seco e vazio, que deu à mulher para guardar. Uma semana mais tarde, o rei chamou Nenhum-Rei-Como -Deus e enviou-o a uma aldeia distante, para dizer à população que viesse ajudar a construir as muralhas da cidade. Mal o nobre partiu, o rei enviou emissários à mulher, oferecendo-lhe um milhão de cauris (pequenas conchas importadas, usadas como moeda ou como ornamento) e cem vestidos e ornamentos de cabeça, caso ela lhe entregasse aquilo que seu marido lhe confiara. Tentada pelo esplendor dos presentes, a mulher entregou o chifre de carneiro, e quando o rei o abriu viu lá dentro, em segurança, os dois anéis de prata.
Mandou os criados atirá-lo para um lago profundo, que nunca secava. Estes assim o fizeram, mas mal o chifre tocou na água, apareceu um grande peixe que o engoliu. No dia que Nenhum-Rei-Como -Deus regressava a casa, cruzou-se com uns amigos que iam pescar e, tendo ido com eles, acabou por pescar o grande peixe. O filho, enquanto o limpava, bateu com a faca em qualquer coisa dura e chamou o pai para ver. Este retirou o chifre, e quando o abriu viu no interior os anéis de prata que o rei lhe dera para guardar. "Em boa verdade -- disse -- nenhum rei é como Deus!" Ainda estavam a tomar banho quando chegou um mensageiro real convocando o nobre à presença do rei com urgência. O homem perguntou à mulher onde estava o objeto precioso que o rei pusera à sua guarda, ao que ela respondeu que não o conseguia encontrar e que pensava ter sido comido por um rato.
O homem mesmo assim, pôs-se a caminho da corte real. Os outros conselheiros saudaram o rei da forma habitual, dizendo: "Que o rei viva eternamente." Mais o homem mais uma vez disse:"Nenhum rei é como Deus". O rei mandou calar os conselheiros e, avançando para o homem, perguntou: "É verdade que não há nenhum rei como Deus?" O nobre respondeu com firmeza: "É verdade". Então o rei pediu-lhe aquilo que lhe confiara, enquanto os guardas, prevenidos, o cercaram prontos a matá-lo. Mas Nenhum-Rei-Como -Deus, metendo as mãos debaixo do vestido, retirou o chifre e entregou-o ao rei. Este abriu-o e retirou os dois anéis de prata. "Na realidade, não há nenhum rei como Deus", disse, e todos os conselheiros manifestaram a sua aprovação. O rei dividiu então a cidade ao meio, dando metade para Nenhum-Rei-Como -Deus governar.


(Este provérbio: Nenhum rei é como Deus é um dos mais populares na áfrica Ocidental. Pretende demonstrar que Deus é o Ser Supremo, perante o qual todos os homens, sem exceção, devem se curvar. A origem do provérbio é atribuída a história nigeriana da etnia Haúça, registrada acima conforme foi coletada por Parrinder em África)






Escravidão POR DÍVIDAS - FÁBULAS E LENDAS


Autor :LA FONTAINE


Esta fábula de que Esopo se tornou escravo porque, abandonado ainda novo, teve que aceitar seu sustento como proteção de um patrão em troca de seu trabalho e obediência, é contada por La Fontaine na biografia que transcrevemos ao início. Depois disso, este patrão o vendeu no meio de um lote de escravos e no segundo negócio vocês já o encontram exibindo sua argúcia. É o caso de perguntar duas coisas: 1- Será que o próprio Esopo não é lenda ou mais uma invenção (Fábula) dos seus supostos tradutores ou de seu amo filósofo Xantos? 2- Podemos comparar o “status” de Esopo escravo com os escravos por dívidas do século XXI? Além de desfrutar da situação de conselheiro, liberto foi chamado como conselheiros de Reis! Muito podemos argumentar para entender a primeira dúvida. Porém, para a segunda questão, cabe nossa ANÁLISE: No escravagismo estatolátrico de hoje se restaurou a escravidão por dívidas em favor do Poder Financeiro e do Poder Tributário Estatal. E ambas essas formas de escravizar são sem limites, no tempo e no espaço, e com alteração de regras a todo instante por leis em causa própria (que sempre se consideraram absurdas e não aceitas em nenhuma civilização). A situação atual exige exame histórico dos fatos: Os Reacionários Feudais Escravocratas jamais se contentaram com perder seus "servos residentes" do Feudo, que fugiram de sua jurisdição e se reuniram nos "quilombos" ou aldeamentos prósperos e livres, a que chamaram de BURGOS. Esses Reacionários Feudais e seus capachos (incentivados a invejá-los) sempre procuraram depreciar a "vida livre e próspera da burguesia". Passaram daí à frente, sob a capa de "governos", a praticar todo tipo de agressão que pudesse levar de volta a suas algemas todos eles, sob alegação de "proteção", enquanto dirigiam manobras de controle do ouro para que os habitantes dos Burgos não acumulassem riquezas fora do controle feudal. Hoje, no Brasil, estamos frente a uma progressão acelerada dessa exclusão do reino da riqueza para entrar na Bolsa da Esmola Pública, com o nome de Bolsa Família. A Bolsa Família, idealizada inicialmente como Bolsa Escola a ser paga mediante obrigação de dar escolaridade às novas gerações, ficou muito inconveniente, porque a condição de escravo exige que ele não saiba de nada! Embora a Lei de Diretrizes e Bases da Educação já houvesse conseguido o milagre de que a Escola Pública e obrigatória além de não ensinar nada, deforma as mentes das pessoas, mudaram seu nome para Bolsa Família para camuflar melhor o processo desintegrador das famílias que ela traz em seu bojo. É que não bastava ao Escravocrata estatal ter detonado a Escola. Era necessário tirar da Bolsa o caráter libertador (escola) do próprio nome do Benefício. Assim, ao fazer essa "bolsa" de finalidade eleitoral, incapaz de manter uma família, com o cerco feroz aos empregos com impostos e taxas de juros matando a economia, incentivou desse modo a separar os casais para subscrever cada um uma bolsa e os filhos sem proteção econômica buscaram a rua como seu lar. Os "pelourinhos" SERASA, SPC, CARTÓRIOS DE PROTESTOS, VARAS DA JUSTIÇA, hoje conseguem com suas garras de abutres executarem as funções de "capitães de mato" fazendo os apertos gerais dos escravos que fugirem de suas "obrigações". Lembremos que a Consolidação das Leis do Trabalho que revogou a Lei Áurea, perpetuou a definição, reconstituindo como "trabalhador" ou "empregado" a mesma definição de "escravo" - "pessoa que está, durante certo tempo sob as ordens de um patrão, independente de que tenha trazido a esse patrão algum resultado econômico". Hitler já havia ensinado que esses egressos dos guetos e das senzalas pertencem à "raça inferior" a ser extinta. Como vocês sabem, Hitler acreditava em reencarnação e queria convencer que todos reencarnariam na genética da Raça Superior. Qual é a Libertação dessa Escravidão? O problema é o "dinheiro"? Ou é o uso travado desse dinheiro? Verdade cultivada em Escola Vitalícia, oportunidades para prosperar, e reconhecimento dos melhores com prêmio da propriedade honestamente conquistada, dentro de um programa de qualidade de vida sempre crescente, eis o caminho para ABOLIR A ESCRAVIDÃO.






O TOISÃO DE OURO


Contam os biógrafos de Esopo que ele foi liberto e recebido por Reis para o costume dos desafios de espécies de enigmas sobre assuntos que envolvessem a Sabedoria e se saiu bem em todos. Este enigma do Toisão de Ouro ao que parece ele não o resolveu e ambos os monarcas desistiram da exigência entre eles pela resposta de Esopo em que pediu aos sábios do oponente que apresentassem sua solução respeitando que os deuses tinham suas razões para ter dado a um local os carneiros que davam lã de ouro e não as revelariam aos mortais. Assim, poucos biógrafos contam esse desafio, inclusive la Fontaine. Em resumo essa lenda diz: Em uma terra encantada, além do Helesponto (Mar Negro), existem carneiros que dão lã de ouro. Quem conseguir atravessar as florestas e montanhas cheias de salteadores, bruxos, duendes, animais ferozes desconhecidos, guardas poderosos, e encontrar os carneiros, é só tosquiá-los, fundir a lã em barras de ouro e depois terá que retornar com os mesmos perigos pela frente, mais os piratas que o esperam no mar e de volta à Grécia, está rico para sempre. Na verdade, durante séculos os Argonautas gregos que tinham o mapa do local saiam da Grécia depois do inverno e navegavam pelo Mar Negro e, quando chegava o inverno do ano seguinte, alguns privilegiados realmente voltavam com bastante ouro, mantendo o segredo em sua reduzida comunidade de ricos senhores. A VERDADE HISTÓRICA – Após excavações arqueológicas na Criméia e descobertas de navios antigos gregos afundados nas costas dessas terras, constatou-se que ali existiu um entreposto comercial freqüentado por caravanas de lapões que vinham das terras geladas do Ártico, ricas em ouro, para comprar lã nesse entreposto. Os gregos vendiam a lã dos carneiros “merinos” da Anatólia, além dos Montes Taurus, ainda hoje reconhecidos como os que dão a lã mais longa que existe. Os Argonautas saiam da Grécia ao fim do inverno e chegavam aos pastores dos carneiros exatamente na data da tosquia, imprescindível para que esses carneiros não afogassem no calor do verão da região, que se aproximava. Pagavam quase nada, pois ali não havia quem usasse tanta lã. Rolavam pela encosta das montanhas grandes fardos dessa lã barata e rebocavam até as colônias do mar de Azov as barcaças que ancoravam com guardas a alguma distância dos desembarcadouros. Desciam à terra e passavam o verão regateando com os lapões em grandes festas de vinho e iguarias riquíssimas, música e dança, ganhando em tudo isso e só fechavam os negócios quando os lapões sentiam que teriam que voltar logo, se não quisessem enfrentar pelo caminho as nevascas do próximo inverno. Recebido o máximo preço em ouro que os lapões mineravam em abundância, embarcavam para sua terra com o ouro, literalmente tendo tosquiado “carneiros de lã de ouro”. Assim sempre se disse – “O segredo é a alma do negócio”. E todos sabem que neste tipo de trocas vantajosas para os dois lados, que o comércio sempre fez, reside a geração da riqueza visto que as mercadorias sempre valem uma utilidade para o que não as tem bem maior do que o custo para quem as produz em abundância. Nesse giro de valores, cada um leva uma parte dessa diferença. Quando os governos ditatoriais, geralmente feitos por prepostos de "atravessadores", se metem a impedir o giro dessas “Barganhas” alegando que esses ganhos são roubos, passaram a gerar a Miséria que todos os povos dominados pelos “demagogos” sofreram, desaparecendo suas civilizações. Falaremos mais sobre essas trocas no livro “A Feira da Barganha”. Estamos neste início do Terceiro Milênio com esses Reis das Trevas tentando dar o assalto final de inimigos da espécie humana, usando essa filosofia miserabilista para escravizar e extinguir tudo que se oponha a essa marcha de Invasores provenientes do Reino do Mal. Assim, o enigma dos deuses darem a riqueza deixou de ser segredo e, se os Invasores escravocratas pensam que ficarão donos de todo o ouro para sempre, os Budas, a quem os Antigos chamavam "deuses", estão atentos e virão restaurar a moral, a vida natural e a riqueza para todos, como estabeleceram nos ensinos que nos deram. Esse respeito à moral, ao direito de ir vir para prosperar, o respeito aos melhores, e à propriedade honestamente conquistada definem a verdadeira democracia, como expomos no livro sobre a Democracia Global.


Jardim DOS CAMINHOS QUE SE BIFURCAM -Mitos e lendas

Entre os Mitos e Lendas que Esopo enfrentou nos desafios dos Reis da Lidia e da Babilônia, houve uma referência à finalidade dos Jardins Suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo da Antiguidade. Ele teria dito: "Shamash, para testar os homens que queriam exercer cargos no Reino Sumério, possuía um Jardim dos Dois Rumos. Cada homem que ali entrasse, ou saía para a frente ou voltava ao zero, se não escolhesse corretamente nas bifurcações". O Rei da Babilônia então quis fazer um jardim igual. Nabucodonosor, pouco tempo depois teria construído algo assim. Não conseguiu realizar o sonho do Labirinto em Jardim, como ainda, por causa desses Jardins foi invejado pelos inimigos, foi perseguido até ser vencido e seus Jardins arrasados. Moral - Não provoque a Inveja das Trevas. REVISÃO - Entendamos o símbolo que esse labirinto em jardim representa - é a nossa vida. A todo o momento temos que escolher entre opções opostas e assim podemos estar avançando ou arriscando grandes prejuízos. Segundo comentadores, os caminhos do Jardim de Shamash possuíam pontes, túneis, curvas, armadilhas, portas, como a lenda do Labirinto, mais flores e frutas deliciosas, cachoeiras, feras e seres das sombras, assaltantes e encontros com sábios, ninfas, monstros e seres angelicais. A cada pouco você precisava enfrentar uma bifurcação e nada sabia do que iria acontecer depois, visto que as portas recusadas se fechavam e só restava o caminho escolhido. Sempre um dos caminhos seguiria em frente com bons resultados e a alternativa levava de volta ao zero ou a perigos terríveis. Poucas vezes ao recomeçar você reconheceria caminhos já vistos antes. Explicavam os fabulistas que esse é o desafio de nossas vidas, porém, temos que lembrar: hoje as Sombras nos esperam de surpresa nos dois braços das bifurcações...

O REI MIDAS

Górdio foi sucedido no governo da Frígia por seu filho Midas. Esopo foi conselheiro de Creso na Lidia, duzentos anos depois e os biógrafos não contam como ele se saíu das perguntas sobre o nó Górdio nem sobre a lenda de Midas, mas é evidente que abordou esses temas... Eis como se conta: LENDA DO OURO - Baco deus do vinho teve um mestre e pai de criação, Sileno. Já velho andara bebendo e errou o caminho. Foi encontrado por camponeses e levado ao rei Midas que o reconheceu, conservando-o em sua companhia durante dez dias com grande alegria e o levou ao deus Baco. Este ofereceu a Midas escolher a recompensa que desejasse. Ambicioso, Midas pediu que tudo em que tocasse, fosse mudado em ouro. Baco ficou pesaroso pela escolha. Mas concedeu o dom. Jubiloso com o poder adquirido, viu um raminho que arrancara de um carvalho transformar-se em ouro em sua mão; segurou uma pedra e ela transmutou-se em ouro. Pegou um torrão de terra; virou ouro. Colheu um fruto da macieira; virou ouro como as do jardim das Hespérides. Em casa verificou, horrorizado, que o pão era ouro em suas mãos; se levava comida à boca, não conseguia mastigá-la. O vinho desceu-lhe como ouro derretido, tocou sua filha e ela se transformou em ouro. Midas tentou livrar-se daquele poder passando a detestar o dom. Morreria por inanição?! Implorou a Baco para que o livrasse daquela maldição fulgurante. Baco ouviu e atendeu: "Vai ao Rio Pactolo e segue até a nascente, mergulha tua cabeça e teu corpo e lava tua culpa e suspenderás teu castigo". Mal tocou as águas, as areias tornaram-se auríferas, e continuam até hoje segundo a lenda. ORELHAS DE BURRO - Após libertar-se do toque de ouro, Midas abandonou a riqueza. Virou seguidor de Pã, deus dos bosques. Achou nova encrenca: Pã afirmou tocar melhor do que Apolo. Este resolveu fazer um duelo com Pã, julgado pelo deus Tmolo. Pã agradou a todos com sua flauta, mas após Apolo tocar sua lira Tmolo deu o prêmio a ele. Midas questionou a decisão, e Apolo enfurecido deu a Midas orelhas de burro para castigar sua má audição... Midas cobriu as grandes orelhas com um turbante. Só o cabeleireiro sabia, mas não conseguia ocultar. Resolveu enterrar o segredo. Cavou um buraco e falou à cova: "O Rei Midas tem orelhas de burro!" E cobriu o segredo com terra. A erva que cresceu no lugar do buraco "cantava" a frase quando batia vento, espalhando a história pelo reino. ARQUEOLOGIA prova que o Rei Midas existiu. Em 1969, pesquisadores do Museu de Arqueologia e Antropologia da University of Pennsylvania sob a liderança de Rodney Young, após escavações na Turquia, em Gordiom antíga capital da Frígia, localizaram o túmulo de Midas. O caixão mortuário bem preservado, era feito de troncos de árvores. Ao redor havia vasos de cerâmica e metal, taças, bandejas e outros recipientes e objetos. Supõe a equipe de arqueólogos que houve um banquete fúnebre com quase 100 convivas e quase todas as iguarias e bebidas puderam ser identificadas. ANÁLISE - Mitos e lendas eram os modos dos antigos informarem e ensinarem a existência de forças invisíveis determinando a história dos humanos, os castigos e os prêmios que chegam sem sabermos por quê. Hoje sabemos pouco mais do que eles falam... Aos poucos, como essa arqueologia, vamos encontrando as realidades.


Zeus E O FERRÃO DAS ABELHAS - mitos e lendas

As abelhas receberam a incumbência de armazenar o mel das flores. Irritadas porque todos queriam o mel que elas recolhiam, foram a Zeus reclamar porque todos vinham roubar seu mel. “Recusas dividir o que eu te preparei especialmente para fazer a colheita? Pois como castigo, de hoje em diante, quando picares algum animal, além de perder o ferrão, também morrerás em seguida!” Assim explica Esopo essa anomalia da ferroada da abelha. Moral – Para alguns a conclusão moral é a de que cada um sofre as conseqüências de seus atos egoísticos. REVISÃO – É realmente um mistério esse fato da apicultura. O sábio fabulista não conseguiu achar melhor explicação: foi um castigo divino! Entretanto, o estudo que temos feito, além de não encontrar razões bio-utilitárias para essa perda do ferrão, ainda chegamos a conclusões mais estranhas: O veneno da abelha é medicamento para artrite! Também estamos seguros de que o ataque da abelha a homens e animais, não é provocado por razões de defesa dos favos cheios de mel, nem para defender as crias. Ocorre quando as abelhas ficam irritadas, especialmente por odores, movimentos bruscos, ruídos, haja ou não haja mel. Assim já entendemos que o mel retirado enseja um certo estímulo para ir colher mais, desde que haja ficado espaço no cortiço e mel no campo. Essa característica é utilizada pelo apicultor para fazer a colheita e depois abre espaço com novos favos sem mel, deixando calmo o local; em pouco tempo elas voltam à rotina, aceitam a situação e não atacam nem o mel colhido, salvo se faltar no campo. Mistérios das abelhas! Será que o homem cria abelhas ou foram as abelhas que deram a mamadeira de mel para o bebê homem e cuidaram dos pomares polinizando as fruteiras, para poder existir a humanidade?

Zeus E O FERRÃO DAS ABELHAS - mitos e lendas

Que palavra é essa? É um arcaísmo, língua extinta, algo anacrônico? Esta fábula é de 2.600 anos atrás. Talvez na época soubessem seu significado. Sabemos bem que uns dois mil anos atrás (seiscentos depois de Esopo) o maior Sábio do mundo foi interrogado sobre “o que é a Verdade” e ele ficou calado. Aviso que não é mentira, não! A fábula está contada em todas as traduções da sabedoria de Esopo que consultei. Bem, se alguém está curioso, aqui contamos a parábola: Uns viajantes andando pelo Deserto acharam uma senhora andrajosa, triste e cabisbaixa e quiseram saber quem era ela e por que estava triste. “Sou a Verdade”. Surpresos eles querem saber: “Por que moras hoje no Deserto e não nas cidades?” Responde ela: “Antigamente eram poucos os mentirosos, mas hoje estão com a Mentira os que falam e os que ouvem. Para mim sobra morar no Deserto”. Moral, segundo os narradores: A vida é mais penosa quando a Mentira sobrepuja a Verdade. REVISÃO – João Marcos no Apocalipse não cita a Verdade e avisa que na época do fim há que abrigar-se no Deserto. Não contam os fabulistas se os viajantes deram algum incentivo a essa senhora. Na certa seguiram em frente e esse episódio deve ter sido recordado ao fim da viagem como uma anedota. Tenho como oportuno fazer uma nota explicativa de uma palavra que deve ser incluída nos Dicionários: ANALFABETOSOFIA. Desde que a Putrítica (putrefação política) brasileira escravocrata mercenária antinacional corrói a massa ignorante como sua base de dominação, surgiu uma Filosofia antifilosofia difundindo a cultura do dessaber, a Economia oficial miserabilista do desgoverno com desadministração e deseducação gerando uma nova classe de teóricos da nova ideologia, a “analfabetosofia”, corrente filosófica dos alucinados que possuem fobia contra o conhecimento, ódio a tudo que seja correto, culto da falsidade, delírio de combate ao mérito (dos outros), estimulando a violência e a expropriação dos bens e ganhos dos que produzem, para pagar mordomias a quem nada faz. Peço aos leitores que não repassem, pois é difícil de alguém entender.


Jardins SUSPENSOS DA BABILÔNIA -Mitos e lendas

Esopo teria sido desafiado a explicar os tabletes que falavam do Jardim de Shamash, dos tempos Sumerianos, um Jardim dos Caminhos que se Bifurcam. Era parte dos desafios entre reis de que foi conselheiro. Os Jardins Suspensos da Babilônia foram uma das sete maravilhas do mundo antigo, sobre os quais pouco se sabe. Especulam sobre suas possíveis formas e dimensões, mas nenhuma descrição detalhada ou vestígio arqueológico foi encontrado, exceto um poço fora do comum que parece ter sido usado para bombear água. Seriam seis montes de terra artificiais, conforme descrições, com terraços arborizados, apoiados em colunas de 25 a 100 metros de altura, construídos pelo rei Nabucodonosor, para agradar e consolar sua esposa preferida Amitis, que nascera na Média, um reino vizinho, e vivia com saudades dos campos e florestas de sua terra. Os terraços foram construídos um em cima do outro e eram irrigados pela água bombeada do rio Eufrates. Esses terraços abrigavam árvores e flores tropicais e alamedas com palmeiras e bananeiras. Dos jardins se viam as belezas da cidade abaixo. Sua destruição terá ocorrido na mesma época da destruição do palácio de Nabucodonosor, pois contam que os jardins foram construídos sobre seu palácio. REVISÃO – Em alguns comentadores das fábulas de Esopo, se diz que Nabucodonosor sucedeu ao rei que ouviu de nosso fabulista a descrição do Jardim de Shamash. Vejam o Jardim dos Caminhos que se Bifurcam, nestes resumos ramacheng. Pelas descrições que sobram, esses jardins seriam uma forma de preservação ambiental em uma capital feita só de pedra e argamassa. Será que podemos imaginar esse tipo de cobertura para prédios e patamares de praças das cidades em um próximo futuro? Com as descobertas de máquinas que não consomem nenhum material e com a facilidade que gerariam eletricidade, podemos imaginar grandes sistemas de condensar água do ar no alto de nossos edifícios. Os jardins irrigados nessas coberturas seriam evaporadores naturais para que os condensadores de água sempre estivessem bem abastecidos.


A CARRETA DOURADA (SUL)
Viajando, sempre sozinho, para comprar e vender objetos, o velho tinha apenas o ranger da carreta para quebrar sua solidão e responder a seus lamentos:
- Ó vida longa de sofrimentos. É mais longa do que os caminhos que percorro e tem menos alegrias do que estas coxilhas têm árvores.
Aí, a carreta lhe respondia:
- Não desanime, você ainda ficará bem!
- Quando? Como? – perguntava o velho.
- Espere e verá, respondia a carreta.
Meses mais tarde, estavam chegando a uma cidadezinha onde ele iria negociar, e a carreta lhe disse:
- Está perto o momento de sua vida começar a melhorar!
Quando estava vendendo seus produtos, uma pobre mulher ofereceu-lhe um velho quadro em troca de uma panela de ferro. O comerciante não via utilidade no quadro, mas, por pena da mulher, trocou.
No dia seguinte, continuando a viagem, a carreta disse:
- Sua sorte já começou a melhorar. Espere e verá!
Chegando a uma cidade mais rica, ele parou sua carreta e vendeu quase tudo que trazia. Animou-se até a mostrar o quadro.
Um senhor de aparência distinta não parava de admirar o quadro enquanto exclamava:
- Incrível! Não é possível!
Pediu ao comerciante que lhe vendesse o quadro e lhe entregou rolos e rolos de notas em troca.
Com a carreta já agora vazia, e cheio de esperanças, ele voltou para a estrada.
Perguntou à carreta o que deveria fazer e ela disse:
- Voltemos à nossa cidade. Você poderá comprar alguma terra, alguns bois, e logo será um rico estancieiro.
Aconteceu exatamente assim. Sempre seguindo os conselhos da carreta, logo estava rico. Um dia a carreta falou:
- Agora que você está bem, acho que deveria procurar a mulher com quem negociou aquele quadro, e dar-lhe mais dinheiro, pois foi graças a ele que tudo melhorou.
Ele recusou-se peremptoriamente, ficou muito zangado e pediu que a carreta não tocasse mais no assunto. A carreta também estava aborrecida com as modificações que seu dono sofrera desde que ficara rico. Com o tempo, este foi usando-a cada vez menos, até que a deixou abandonada ao sol e à chuva. Mandou os bois para o pasto para serem vendidos junto com os outros. O mato cresceu ao redor da carreta, encobrindo-a completamente.
Meses depois, o homem notou que seus negócios iam mal e lembrou-se da carreta: sentia falta de seus conselhos.
Mandou limpá-la e botá-la em ordem. Descobriu que os bois ainda não tinham sido vendidos e mandou atrelá-los à carreta.
Logo que partiu pelo antigo caminho, começou a falar com ela:
- Então, boa amiga, preciso seus conselhos. Os negócios não vão bem. O que você me diz?
Nada. Silêncio completo. Horrorizado, percebeu que as rodas da carreta não rangiam!
Passou vários dias pensando no que poderia haver acontecido para a carreta não querer mais falar com ele e lembrou-se da mulher do quadro. Foi até ela, deu-lhe o dinheiro que considerava justo e regressou.
Foi conversar com a carreta. Novamente as rodas não faziam nenhum ruído!
Em desespero, mandou cobrir e forrar a velha carreta com ouro.
Tudo inútil! Foi empobrecendo, empobrecendo e acabou tendo que vender até o ouro da carreta. Voltou a viver negociando de cidade em cidade, viajando com sua carreta pelos caminhos sem fim, como antigamente.
Nunca mais ela voltou a falar.
O homem acabou concluindo que a carreta havia morrido. De tristeza. Morreu por sua ingratidão e pelo abandono em que a deixara.
Todos que os viam passar ficavam surpresos: era a única carreta que haviam visto que não rangia....

6. Destaque:

a. Quais são as personagens?
b. Quais as características das personagens segundo a lenda?
c. Quais as características verdadeiras (segundo a ciência) das personagens?
d. O que a lenda quer ensinar sobre as personagens?

7. Agora, que tal ensaiar com a sua turma uma das histórias?

Para isso, peça a ajuda de seu professor de Artes, e faça máscaras ou fantoches para caracterizar os personagens da sua história.


Culinária
1. Quer saber sobre a culinária africana? Clique aqui.
2. Você conhece algum destes pratos: abará, acarajé, bambá, bobó, caruru, cuxá, dendê, efó, fufu, humulucu, ipetê, lelê, mungunzá, muqueca, olubo, quibêbe, quizibiu, sabongo, uado, vatapá ou xinxin ?
3. Estes são pratos da culinária brasileira que são tipicamente de origem africana.
4. Descubra a receita de algum deles.
5. Combine com a sua turma e organize uma festinha com cada um trazendo um prato típico da África ou do Brasil que tenha tido origem na África.


Música e Instrumentos Musicais

1. Você sabia que muitas das músicas que você aprendeu na infância vieram com os negros da África? Pesquise sobre elas nos sites recomendados e com seus avós.
2. Você sabe o que é uma roda de samba? Será que os ritmos musicais brasileiros também tiveram influência da África? Pesquise sobre o coco, o samba, o maracatu, a capoeira, o bate-coxa, a batucada, o batucajé, o caiapós e o carimbó.
3. E os instrumentos musicais usados no Brasil? Será que algum veio da África? Pesquise aqui.

Jogos Infantis


1.Você gosta de brincar? Conhece brincadeiras de roda? Pois as crianças da África também têm suas brincadeiras. Quer aprender? Clique aqui.
2. Qual das brincadeiras você achou mais divertida?
3. Descubra se alguma brincadeira das crianças brasileiras se parece com as brincadeiras das crianças africanas.
4. Convide alguns amigos e ensine alguma brincadeira que você aprendeu nesta WebQuest.

AVALIAÇÃO:


P O N T O S

AVALIAÇÃO 0 PONTOS 1 PONTO 2 PONTOS 3 PONTOS TOTAL

CRIATIVIDADE Não apresentou o trabalho Não demonstrou criatividade na elaboração do trabalho Demonstrou pouca criatividade na elaboração do trabalho Trabalho criativo e inovador

CONTEÚDO Não apresentou o trabalho O trabalho apresenta erros graves de conteúdo O trabalho apresenta um conteúdo fraco, porém correto. O trabalho apresenta um conteúdo correto e completo.


APRESENTAÇÃO Não apresentou o trabalho A dupla apresentou o trabalho sem muita convicção. A dupla apresenta o trabalho de forma fraca. A dupla domina o conteúdo pesquisado e apresenta-o de forma clara.


T O T A L
E é por isto que, num agradecimento tardio a estas contribuições que o dia 20 de novembro foi instituído como o Dia Nacional da Consciência Negra, data do assassinato do líder negro Zumbi do Palmares (1695).
"(...) a longo prazo a contribuição especial que a África dará ao mundo será no campo do relacionamento humano. As grandes potências podem ter realizado maravilhas ao conferir ao planeta um aspecto industrial e militar, mas o grande dom ainda virá da África -- dar ao mundo uma face mais humana..."
Steve Biko (herói do Movimento de libertação Sul-africana, assassinado em 1977)
"A escravidão permanecerá por muito tempo como a característica nacional do Brasil. Ela espalhou por nossas
vastas solidões uma grande suavidade; seu contato foi a primeira forma que recebeu a natureza virgem do país, e foi a que ele guardou; ela povoou-o como se fosse uma religião natural e viva, com seus mitos, suas lendas, seus encantamentos; insuflou-lhe sua alma infantil, suas tristezas sem pesar, suas lágrimas sem amargor, seu silêncio sem concentração, suas alegrias sem causa, sua felicidade sem dia seguinte..."
Joaquim Nabuco

Danças e Festas

1.Muitas festas folclóricas brasileiras têm a sua origem em festas africanas.
No Amazonas temos o Lundu Marajoara e o Marabaixo.
No Centro-Oeste, temos as Congadas.
No Nordeste e Sudeste temos a Capoeira.

2. Escolha uma destas festas/danças e descubra sobre ela:
a) Quem são seus participantes?
b)Qual a história contada pela dança/canto?
c) Quando ela acontece e em que lugar?


AVALIAÇÃO:

CONCLUSÃO:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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