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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Crônicas de Pablo Neruda

A MORTE

Renasci muitas vezes, da profundeza
de estrelas derrotadas, reconstruindo o fio
das eternidades que povoei com minhas mãos,
e agora vou morrer, sem nada mais, com a terra.

Não comprei um sítio no céu que vendiam
os sacerdotes, nem aceitei as trevas
que o metafísico manufaturava
para despreocupados poderosos.

Quero estar na morte com os pobres
que não tiveram tempo de estudá-la,
vivendo sob açoites dos que têm
o céu dividido e arrumado.

Tenho pronta minha morte, como uma roupa
que me espera, da cor que eu gosto,
da extensão que inutilmente procurei,
da profundidade que necessito.

Quando o amor gastou sua matéria evidente
e a lua consome seus martelos
em outras mãos de acrescentada força,
vem a morte apagar os sinais
que foram construindo tuas fronteiras.


NERUDA, Pablo. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora Letras e Artes, 1964.

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