Tem que vacinar
Médico critica pais que são contra a vacinação e traz as últimas novidades sobre o assunto
Nos últimos anos, cresceu o movimento de pais e pediatras que são contra a vacinação. Eles alegam que o ideal seria imunizar a criança apenas contra doenças graves, evitando, assim, o abuso de remédios. Outra razão seriam os efeitos adversos. O problema é que essa decisão não afeta só a criança, mas também as pessoas ao seu redor. Para o infectologista Ciro de Quadros, os argumentos não fazem sentido. Em 40 anos dedicados à vacinação, no Brasil e no mundo, o infectologista protagonizou eventos importantes, como a erradicação da varíola na Etiópia, nos anos 70.
Em entrevista à CRESCER, Quadros fala do polêmico movimento e dos avanços na área, entre outras coisas.
Existe um movimento de diversos países contra a vacinação. Por quê?
Apesar de isoladas, essas correntes causam preocupação. Muitas são de familiares de crianças com algum problema, como autismo, que acusam a vacinação pela deficiência da criança. O que acaba gerando problemas sérios. Primeiro, porque toda criança precisa estar com a carteira de vacinação em dia para estar protegida. Já os efeitos colaterais são leves, como febre e irritabilidade. Segundo, porque doenças já erradicadas voltaram a aparecer. Na Inglaterra, o sarampo, que estava controlado, voltou.
Qual a prioridade atual dos programas de vacinação?
O desafio é fazer com que as vacinas cheguem a mais pessoas. Além disso, inserir novas vacinas no calendário oficial.
Quais vacinas deveriam constar em qualquer calendário?
Os governos precisam identificar as necessidades mais urgentes de cada região. Mas algumas vacinas se mostram essenciais. A do pneumococo, bactéria que mata duas crianças por hora no mundo, está entre elas. Outras seriam a de hepatite A, a de varicela, a de meningite e a de influenza.
Quais as últimas novidades?
Nosso laboratório está desenvolvendo vacinas contra o HIV. Existem, ainda, pesquisas tailandesas sobre a dengue. No Brasil, começamos a testar a vacina contra ancilostomose (amarelão), a doença do Jeca Tatu. O esforço vai gerar resultados em dez anos, a preços acessíveis. Pois não adianta criar novas vacinas, sem baratear o acesso.
Como o senhor vê o calendário brasileiro de imunizações?
É excelente. Já erradicou algumas doenças, como pólio e sarampo, e sabe da importância de incluir novas vacinas, como a de rotavírus. Sei que o Ministério da Saúde está cogitando inserir outras no calendário. O maior problema, no entanto, é a má administração das verbas, comuns em diversos países.
Em entrevista à CRESCER, Quadros fala do polêmico movimento e dos avanços na área, entre outras coisas.
Existe um movimento de diversos países contra a vacinação. Por quê?
Apesar de isoladas, essas correntes causam preocupação. Muitas são de familiares de crianças com algum problema, como autismo, que acusam a vacinação pela deficiência da criança. O que acaba gerando problemas sérios. Primeiro, porque toda criança precisa estar com a carteira de vacinação em dia para estar protegida. Já os efeitos colaterais são leves, como febre e irritabilidade. Segundo, porque doenças já erradicadas voltaram a aparecer. Na Inglaterra, o sarampo, que estava controlado, voltou.
Qual a prioridade atual dos programas de vacinação?
O desafio é fazer com que as vacinas cheguem a mais pessoas. Além disso, inserir novas vacinas no calendário oficial.
Quais vacinas deveriam constar em qualquer calendário?
Os governos precisam identificar as necessidades mais urgentes de cada região. Mas algumas vacinas se mostram essenciais. A do pneumococo, bactéria que mata duas crianças por hora no mundo, está entre elas. Outras seriam a de hepatite A, a de varicela, a de meningite e a de influenza.
Quais as últimas novidades?
Nosso laboratório está desenvolvendo vacinas contra o HIV. Existem, ainda, pesquisas tailandesas sobre a dengue. No Brasil, começamos a testar a vacina contra ancilostomose (amarelão), a doença do Jeca Tatu. O esforço vai gerar resultados em dez anos, a preços acessíveis. Pois não adianta criar novas vacinas, sem baratear o acesso.
Como o senhor vê o calendário brasileiro de imunizações?
É excelente. Já erradicou algumas doenças, como pólio e sarampo, e sabe da importância de incluir novas vacinas, como a de rotavírus. Sei que o Ministério da Saúde está cogitando inserir outras no calendário. O maior problema, no entanto, é a má administração das verbas, comuns em diversos países.
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