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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Alfabetização

JUSTIFICATIVA:
Garantir que as crianças efetivamente aprendam a ler e escrever assim que entram na escola é o  grande desafio do professor alfabetizador.
Justifica-se o presente projeto.

Alfabetizar é todo dia

O professor deve planejar com antecedência e constantemente as atividades de leitura e escrita. Por isso, manter-se atualizado com as novas pesquisas didáticas é essencial

Thales de Menezes (novaescola@atleitor.com.br)Colaborou Nina Pavan. Leitoras que sugeriram o especial: Rosany Dutra, Timóteo, MG, e Magda Cecília Arantes de Carvalho, Itapevi, SP
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=== PARTE 1 ====
MÃO NA MASSA  As crianças precisam ser confrontadas com situações de escrita desde o início do processo. Foto: Ricardo Beliel
MÃO NA MASSA As crianças precisam ser confrontadas com situações de escrita desde o início do processo. Foto: Ricardo Beliel
Alfabetizar todos os alunos nas séries iniciais tem implicações em todo o desenvolvimento deles nos anos seguintes. Segundo a educadora Telma Weisz, supervisora do Programa Ler e Escrever, da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, "a leitura e a escrita são o conteúdo central da escola e têm a função de incorporar a criança à cultura do grupo em que ela vive". Por isso, o desafio requer trabalho planejado, constante e diário, conhecimento sobre as teorias e atualização em relação a pesquisas sobre as didáticas específicas.
Esta edição especial traz o que há de mais consistente na área. Hoje se sabe que as crianças constroem simultaneamente conhecimentos sobre a escrita e a linguagem que se escreve. Conhecer as políticas públicas de Educação no país e seus instrumentos de avaliação é um meio de direcionar o trabalho. Um exemplo é a Provinha Brasil, que avalia se as crianças dominam a escrita e também seus usos e funções. Para a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda e Silva, o grande mérito do teste de avaliação que mede as competências das crianças na fase inicial de alfabetização é fornecer instrumentos para o professor interpretar os resultados, além de sugerir práticas pedagógicas eficazes para alcançá-los. "É um material que ajuda o professor na reflexão porque nenhuma avaliação serve para nada quando se limita a constatar. Ela só faz sentido para mudar práticas e identificar as dificuldades de cada aluno.”
E não há tempo a perder. No início do ano, como agora, a tarefa essencial é descobrir quais as hipóteses de escrita das crianças, mesmo antes que saibam ler e escrever convencionalmente (leia mais sobre como fazer um bom diagnóstico). Assim, fica mais fácil acompanhar, durante o ano, a evolução individual para planejar as intervenções necessárias que permitam que todos efetivamente avancem. Essa sondagem inicial influi na distribuição da turma em grupos produtivos de trabalho, como mostra a reportagem Parceiros em Ação.
Da mesma forma, organizar a rotina é imprescindível. Uma distribuição de atividades deve ser estabelecida com antecedência, contemplando trabalhos diários, sequências com prazos determinados e projetos que durem várias semanas ou meses (confira dicas preciosas sobre o planejamento). Ao montar essa programação, cabe ao professor abrir espaço para as quatro situações didáticas que, segundo as pesquisas, são essenciais para o sucesso na alfabetização: ler para os alunos, fazer com que eles leiam mesmo antes de saber ler, assumir a função de escriba para textos que a turma produz oralmente e promover situações que permitam a cada um deles escrever até que todos dominem de fato o sistema de escrita.  Nesta edição,  você encontra as bases teóricas e casos reais de professoras que obtiveram sucesso ao desenvolver cada uma das situações (com sugestões detalhadas de atividades). Sabe-se, já há algum tempo, que as crianças começam a pensar na escrita muito antes de ingressar na escola. Por isso, precisam ter a oportunidade de colocar em prática esse saber, o que deve ser feito em atividades que estimulem a reflexão sobre o sistema alfabético. No livro Aprender a Ler e a Escrever, as educadoras Ana Teberosky e Teresa Colomer apontam que o desenvolvimento do aluno se dá “por reconstruções de conhecimentos anteriores, que dão lugar a novos saberes”. Essa condição está presente nos 12 planos de aula deste especial. Em todos, transparece a necessidade de abrir espaço para que a turma debata o que produz, permitindo que a reflexão leve a avanços nas hipóteses iniciais de cada estudante.
É fundamental levar para a escola as muitas fontes de texto que nos cercam no cotidiano, como livros, revistas, jornais, gibis, enciclopédias etc. Variedade é realmente fundamental para os alfabetizadores, que devem ainda abordar todos os gêneros de escrita (textos informativos, listas, contos e muito mais). E, nas atividades de produção de texto, a intervenção do professor é vital para negociar a passagem da linguagem oral, mais informal, à linguagem escrita. O número do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), de 2007, mostra que só 28% da população brasileira está na condição de alfabetizados plenos. Para impedir que mais pessoas fiquem restritas a compreender apenas enunciados simples, o desempenho escolar nos anos iniciais precisa de resultados melhores. Essa preocupação deve ser compartilhada por professores e órgãos públicos. “O governo está fazendo uma intervenção específica nas séries iniciais para ter resultados rapidamente, com dois docentes por sala, material didático de apoio, formação continuada e avaliação bimestral”, afirma Maria Helena Guimarães de Castro, secretária estadual de Educação de São Paulo.
As principais redes de ensino do país, como a estadual e a municipal de São Paulo, trabalham com a meta de alfabetizar as turmas em no máximo dois anos. Para garantir que essas expectativas de aprendizagem sejam atingidas, é preciso um compromisso dos coordenadores pedagógicos em utilizar os horários de trabalho coletivo para afinar a capacitação das equipes. “Pesquisas, debates e orientações curriculares têm de ser incentivados”, sugere Célia Maria Carolino Pires, que coordenou em 2008 o Programa de Orientações Curriculares da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Nas próximas páginas, você confere uma lista, adaptada por NOVA ESCOLA, de expectativas de aprendizagem em Língua Portuguesa para o 1º e o 2º ano da rede municipal paulistana. Com base nela, você pode adequar suas propostas de trabalho e fazer com que, em 2009, nenhum aluno da turma fique para trás. Pois superar os desafios da alfabetização é apenas o primeiro passo para que todos tenham uma vida escolar cheia de aprendizagens cada vez mais significativas.

Nomes próprios

Bloco de Conteúdo Língua Portuguesa
Mais sobre Alfabetização
Animação Vídeos Reportagens
  • Legendas para fotos

    Bloco de Conteúdo Língua Portuguesa ConteúdoProdução de Textos
    Mais sobre Alfabetização
    Reportagens  Planos de aula
    • Nomes próprios 
    • Hora da chamada
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    • Hora da chamada

      Faixa etária 4 e 5 anos ConteúdoLinguagem oral, leitura e escrita
      Objetivos • Realizar a leitura do próprio nome e do de alguns colegas. • Reconhecer as letras. • Escrever o próprio nome. Tempo estimado Até que todos aprendam a escrever seu nome e reconhecer o dos colegas. Material necessário Caixa de sapato, cartaz de pregas, fichas com o nome das crianças, alfabeto (com letras maiúsculas e de fôrma) e letras móveis. Desenvolvimento 1ª ETAPA Coloque as fichas com os nomes na caixa. Organize os pequenos em roda e explique que são os nomes deles que estão nas fichas. Lance o desafio: "Vamos descobrir quem veio e quem não veio?" Pegue uma ficha e incentive-os a ler. Quando o nome for identificado, a criança prega a plaquinha no cartaz. 2ª ETAPA Incentive as crianças a arriscar a primeira letra. Avance para as outras usando como referência o nome de outros colegas. Por exemplo, se na ficha estiver grafado "Amanda", conduza a discussão indicando que a palavra começa com o mesmo A de "Ana" e de "Amélia". 3ª ETAPA Utilize estratégias para diversificar a atividade. Para alguns nomes terminados em A e O, revele a última letra e pergunte: "É de menino ou de menina?" Para nomes parecidos - Rodrigo e Rogério, por exemplo -, revele as duas primeiras letras e vá explorando as diferenças no resto da palavra. Em outros, como Maria e Mariana, é possível ainda comparar os diferentes tamanhos dos dois. 4ª ETAPA Após a leitura, distribua a cada um a ficha com seu nome. Peça que todos reproduzam o que está escrito com o alfabeto móvel. O processo deve ser auxiliado com questionamentos: "Tem certeza de que é essa letra?" ou "A letra está do ‘lado’ correto?" Observe as crianças que não precisam mais do modelo na hora de escrever. 5ª ETAPA Proponha que as crianças escrevam o próprio nome em seus desenhos e outras atividades. Sempre que houver confusões entre letras parecidas (o S e o Z, por exemplo), oriente os pequenos a consultar o alfabeto fixo acima do quadro para tirar dúvidas. AvaliaçãoDurante toda a atividade, observe as muitas tentativas de escrita. Contemple a diversidade da classe. Para estimular quem já aprendeu a escrever o nome, proponha que passe para o nome de um colega - com ou sem o auxílio das fichas, dependendo do caso.   
    Objetivos - Escrever legendas para fotografias considerando as características textuais e discursivas do gênero. - Revisar os textos escritos em pequenos grupos ou coletivamente. Conteúdos - Procedimentos de produção e revisão de textos escritos. - Características textuais das legendas. - Reflexão sobre o funcionamento do sistema de escrita. Anos1º e 2º anos. Tempo estimado Um mês. Material necessário Fotografias de um passeio feito com a turma (duas para cada dupla), materiais que tenham legendas, como álbuns de fotografias, figurinhas, revistas e jornais.  Flexibilidade para deficiência visualAparelho datashow para reproduzir as imagens ampliadas na parede da sala caso haja alunos com baixa visão. Desenvolvimento 1ª etapa Apresente a ideia de montar um álbum com fotos de um passeio realizado pela turma. Peça que tragam as imagens de casa. Questione a garotada sobre a necessidade de as imagens serem acompanhadas por legendas. 2ª etapa A turma precisa se familiarizar com o estilo das legendas e observar como são escritas. Proponha a leitura de revistas e jornais. Deixe os alunos explorá-los livremente, peça que encontrem legendas parecidas com as que pretendem escrever no álbum de fotos e justifiquem as escolhas. Discuta as características linguísticas: são textos curtos? Descritivos? Diferentes do que encontramos nos contos de fadas? Registre as conclusões.  Flexibilidade para deficiência visual Coloque o aluno com deficiência junto a uma dupla e peça que um dos videntes descreva detalhadamente as imagens e o outro leia as legendas em voz alta. Estimule-o a fazer perguntas para os colegas para obter mais informações. 3ª etapa Coloque o aluno com deficiência junto a uma dupla e peça que um dos videntes descreva detalhadamente as imagens e o outro leia as legendas em voz alta. Estimule-o a fazer perguntas para os colegas para obter mais informações. Flexibilidade para deficiência visual Inclua nessa apresentação as flexibilizações que serão realizadas para que o estudante com deficiência visual participe do projeto ativamente. 4ª etapa Distribua duas fotos para cada dupla e proponha a produção oral do texto. Cada grupo dita as legendas que gostaria de escrever. Transcreva os textos no quadro e faça uma revisão coletiva, considerando o leitor ausente, a clareza do texto e a relação com a foto. Flexibilidade para deficiência visual Oriente o estudante a tocar nas fotos com as mãos, mostrando-lhe onde estão dispostas e quantas são. 5ª etapa Peça que as duplas escrevam a primeira versão das legendas. Nesse momento, circule pela sala e faça intervenções que ajudem as crianças a pensar sobre a escrita enquanto realizam a tarefa. Sugira que leiam o que estão escrevendo, observem o trabalho do colega, comentem o que ainda falta escrever e verifiquem se o escrito contempla quem ou o que é visto na foto. Tire cópias dessa primeira versão do material produzido e identifique-a antes de iniciar a próxima etapa. Flexibilidade para deficiência visual Peça aos estudantes que estão formando o trio com o aluno com deficiência para explicarem a ele detalhadamente o que a foto exibe e oriente-os a contar com a participação do colega na descrição do texto. Para estimular essa competência, proponha atividades para casa ou para o AEE, para que leiam para ele as legendas de imagens. Recomende que ele descreva como imagina ser a foto e quais elementos estão presentes. 6ª etapa Proponha uma revisão coletiva de metade das legendas. Nesse momento,o objetivo é explicitar os problemas em relação à interpretação das informações por parte dos alunos que não são seus autores. Assim, se propõe a interação dos autores reais com leitores potenciais. Transcreva no quadro as produções, pedindo à turma que proponha mudanças, justifique cada uma delas e avalie o resultado final. 7ª etapa Separe a outra metade dos textospara ser revisado em pequenos grupos. Explicite que deverão ser explicados os problemas de interpretação, porém, nesse momento, não faça intervenções diretas. Por fim, peça que revisem e selecionem o material que fará parte do álbum. Flexibilidade para deficiência visual Privilegie o trio para que o aluno com deficência tenha mais espaço de participação. Estimule sua crítica, colocando-o no lugar de ouvinte do texto. Produto final Um álbum de fotos de um passeio da turma, legendado pelas crianças. Avaliação Durante o processo de revisão, observe a qualidade e a propriedade dos comentários das crianças. Avalie a adequação das legendas produzidas em relação à função comunicativa, à forma e aos aspectos linguísticos e ao conteúdo apresentado nas fotos. 
  • Bloco de Conteúdo Língua Portuguesa
  • ConteúdoProdução de Textos
    Objetivos - Estabelecer um sentido para o uso do alfabeto. - Refletir sobre o funcionamento do sistema de escrita. Conteúdo - Sistema de escrita alfabético. Anos 1º e 2º anos. Tempo estimado Quatro aulas. Material necessário Agendas telefônicas, alfabeto, cartões com os nomes de todos os alunos, folhas pautadas e com as letras do alfabeto. Desenvolvimento 1ª etapa Inicie a conversa com os alunos falando sobre os vínculos de amizade que possuem com os colegas e o quanto isso pode ser intensificado nos momentos em que estiverem fora da escola. Explique que a agenda telefônica é uma forma interessante de manter contato. Apresente alguns modelos, perguntando se eles sabem como usá-las. Faça perguntas do tipo: "Se eu quero falar com o Ricardo, procuro aqui nome por nome. Será que isso não demora muito?" Mostre as letras expostas nas laterais de algumas agendas e pergunte se eles sabem o que isso significa. Assim que as relacionarem com a ordem alfabética, indique aos estudantes que consultem o alfabeto da classe, deixando-o bem visível - uma sugestão é posicioná-lo acima do quadro. 2ª etapa Em roda, faça uma leitura dos cartões com o nome dos alunos e deixe-os aleatoriamente um embaixo do outro. Peça que os pequenos organizem os nomes de acordo com a ordem alfabética para iniciar a produção das agendas. Oriente a atividade selecionando um nome por vez e relacionando-o com a sequência do alfabeto. É possível perguntar, por exemplo: "Há mais alguém que começa com A, como a Aline?" Se houver nomes que se iniciam do mesmo modo, aproxime um nome do outro e ajude-os a entender que o critério de quem vem primeiro é a próxima letra ou, se forem iguais, a primeira do segundo nome. 3ª etapa De posse da lista em ordem alfabética, promova uma leitura dos nomes, solicitando que localizem alguns como se fossem consultar uma agenda: "Se eu quiser falar com a Joana, onde devo procurar?" Para acionar conhecimentos sobre o valor sonoro da escrita, trabalhe nomes que começam com a mesma letra - leve-os a diferenciar, por exemplo, Bianca de Beatriz por causa do valor sonoro da vogal I. 4ª etapa Coloque mais uma vez a lista de nomes no quadro e peça que cada um fale o seu número de telefone para que seja registrado próximo ao nome. Em seguida, entregue uma folha com linhas para cada letra do alfabeto e solicite que façam a cópia dos nomes e números dos colegas, respeitando a ordem. Oriente-os a montar as agendas com grampeador e a colar uma foto ou um desenho na capa. Flexibilização para deficiência física (cadeirante com dificuldade na linguagem e pouca mobilidade de membros superiores)Peça ao aluno para trazer de casa o número do seu telefone anotado em um papel. Coloque-o junto a um colega. Na carteira, deixe um reta numérica (0-9) e peça que ele aponte o número para o colega preencher. Produto final Agenda telefônica da turma. Avaliação Avalie cada aluno com base nos seguintes aspectos: identifica os nomes dos colegas? Faz relações entre as letras do alfabeto e a ordem deles com o nome dos alunos? Aproxima-se do valor sonoro convencional das letras? Reflete sobre a posição e a ordem das letras que compõem os nomes? A observação desses pontos auxilia a definir os agrupamentos para as próximas atividades, quando podem ser mesclados estudantes de níveis diferentes.



Especial
Conteúdo
Leitura e escrita de nomes próprios
Ano 1º e 2º anos
Tempo estimado Um mês

Introdução
Por que trabalhar com os nomes próprios? As crianças que estão se alfabetizando podem e devem aprender muitas coisas a partir de um trabalho intencional com os nomes próprios da classe.
Objetivos - Diferenciar letras e desenhos.
- Diferenciar letras e números.
- Diferenciar letras umas das outras.
- A quantidade de letras usadas para escrever cada nome.
- Função da escrita dos nomes: para marcar trabalhos, identificar materiais, registrar a presença na sala de aula (função de memória da escrita) etc.
Material necessárioFolhas de papel sulfite com os nomes das crianças da classe impressos, etiquetas de cartolina, folhas de papel craft e letras móveis.

Desenvolvimento
1ª etapaPeça que as crianças desenhem. Recolha as produções e questione os alunos como fazer para que se saiba a quem pertence cada material. Ouça as sugestões. Distribua etiquetas e peça que cada um escreva seu nome na sua presença. Chame a atenção para as letras usadas, a direção da escrita, a quantidade de letras etc.
Flexibilização para deficiência auditiva (perda auditiva parcial, tem oralidade e está em fase de alfabetização)Dê oportunidade de o aluno escrever da maneira que consegue.
2ª etapa Questione os alunos como os professores podem fazer para saber o nome da sala toda nos primeiros dias de aula. Ajude-os a concluir sobre a função do uso de crachás. Distribua
cartões com a escrita do nome de cada um que deverá ser copiado nos crachás. Priorize nesse momento a escrita com a letra de imprensa maiúscula (mais fácil de compreensão e reprodução pelo aluno).
3ª etapa Lance para a classe o problema: como podemos fazer para não esquecer quem falta na aula? Apresente uma lista com todos os nomes da classe. Escreva todos os nomes com letra de imprensa maiúscula. Peça que localizem na lista da sala o próprio nome. O cartaz com essa lista pode ser grande e fixado em local visível. Disponibilize letras móveis e peça para cada um montar o próprio nome.
4ª etapa
Dê uma lista com todos os nomes da sala para cada criança. Dite um nome e peça que encontre sua escrita e o circule. Em seguida, peça a um aluno que escreva aquele nome na lousa. A turma deve conferir se circularam o nome certo. Para que essa atividade seja possível, é importante fornecer algumas ajudas. Diga a letra inicial e final, por exemplo.
Flexibilização para deficiência auditiva (perda auditiva parcial, tem oralidade e está em fase de alfabetização) Para o aluno saber melhor qual é o nome ditado, a professora pode pedir que cada aluno se levante quando seu nome for dito.

5ª etapa
Peça que as crianças digam o nome dos alunos ausentes e que façam circular esses nomes. Depois, peça para separarem a lista em duas colunas: nomes das meninas e nomes dos meninos. É importante chamar a atenção para a ordem alfabética utilizada nas listas. A nomeação das letras do alfabeto é fundamental para ajudar o aluno a buscar a letra que necessita para escrever. Em geral, as crianças chegam à escola sabendo “dizer” o alfabeto, ainda que não associando o nome da letra aos seus traçados. Aproveite esse  conhecimento para que possam fazer a relação entre o nome da letra e o respectivo traçado. 
Avaliação Observe se as crianças avançaram em suas hipóteses de escrita, ampliaram o repertório das relações que estabelecem, começam a interpretar a escrita durante e depois de sua produção e se pedem ou fornecem informações ao colega durante a realização das atividades.  


O alfabeto não pode faltar

Ferramenta indispensável nas salas de séries iniciais, o alfabeto ajuda as crianças a tirar dúvidas sobre a grafia das letras com autonomia

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=== PARTE 1 ====
É ASSIM QUE SE FAZ Na EM Atenas, a turma consulta o alfabeto na parede para conferir a grafia correta das letras. Foto: Gilvan Barreto
Pendurado na parede desde o primeiro dia de aula, ele ocupa uma posição central na classe - de preferência, acima do quadro, no campo de visão de todos os alunos. Material de apoio precioso para um ambiente alfabetizador na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental, é a ele que os pequenos recorrem quando querem encontrar uma letra e saber como grafá-la. Se sabem que "gato" se escreve com G, mas esqueceram o jeitão dele, é só caminhar pela sequência de letras até encontrá-lo. Se na hora de escrever "mar" bater a dúvida de quantas perninhas tem o M, a resposta também está lá. O alfabeto da classe é um companheiro permanente para quem ensaia os primeiros passos no universo da escrita. Não espanta o consenso de que um alfabeto, organizado em cartazes ou painéis de tamanho razoável, deve estar presente em toda - sim, em toda - sala de alfabetização inicial. Afinal, ele é um precioso instrumento de consulta para as situações de escrita, uma das quatro situações didáticas mais importantes nesse processo (as outras três são a leitura pelo professor, a leitura pelo aluno e a produção oral com destino escrito, quando o professor atua como escriba). Se você leciona para pré-escola, 1º ou 2º ano, precisa dominar essas práticas. Para que o alfabeto realmente ajude na compreensão do funcionamento da escrita, é preciso saber usá-lo. Isoladamente, ele não é nada além de uma lista de letras. Apenas mandar a garotada ler a sequência de A a Z não faz ninguém avançar na alfabetização. "Memorizar a ordem das letras é importante, mas esse saber deve ser acionado pelas crianças durante atividades de reflexão sobre a escrita", afirma Clélia Cortez, formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.

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