Educação Infantil
Edição 231 | Abril 2010
Teatro e imaginação na pré-escola
Jogos teatrais permitem que as crianças aprendam e desenvolvam a linguagem corporal
Ana Rita Martins (novaescola@atleitor.com.br)
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=== PARTE 1 ====
TRABALHO CORPORAL Simulando ambientes e ações, os pequenos ganham repertório e consciência sobre seus gestos.
Fotos: Fernanda Preto
Ilustração: Alice Vasconcellos
Fotos: Fernanda Preto
Ilustração: Alice Vasconcellos
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Descobrindo novas possibilidades corporais
O jogo teatral gira em torno de três elementos: onde se passa a cena, quem faz parte dela e qual ação se desenvolve. O professor deve dividir a turma em grupos e propor que cada um decida o que apresentar à plateia - sem o uso de falas nem de objetos cênicos. Exemplo: se escolhem explorar o fundo do mar, as crianças têm de interagir com criaturas e plantas marinhas imaginárias, deixando claros os três elementos básicos.
Ingrid diz que a intervenção docente pode e deve ocorrer durante a cena. "Se o professor perceber que os gestos não são muito claros, pode instruir os pequenos a repeti-los em câmera lenta. Os jogos teatrais abrem possibilidades infinitas de trabalhar a expressividade corporal", afirma (leia a sequência didática). Durante a ação, deve-se atentar também o uso do espaço e de que forma se dá a interação.
Com base no que foi observado, é necessário fazer propostas que representem desafios e incentivem todos a buscar novas possibilidades de expressão. Se um grupo escolheu um espaço pequeno e interagiu pouco, por exemplo, no jogo seguinte o professor pode estabelecer que, independentemente da situação, os objetos utilizados em cena terão de passar pela mão de todos e a área precisa ser ampla.
Teatro e imaginação na pré-escola
Jogos teatrais permitem que as crianças aprendam e desenvolvam a linguagem corporal
Ana Rita Martins (novaescola@atleitor.com.br)
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=== PARTE 2 ====
Dando os primeiros passos na linguagem teatralO CORPO E A MENTE As crianças precisam demonstrar onde estão, quem são e o que estão fazendo sem falar nada
Cristina Aparecida Rastelli de Brito, professora de Educação Infantil na Creche Lar Jane Suzana, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, sabe o valor das rodas de conversa logo após as encenações. Na roda, ela lança perguntas para avaliar se a plateia conseguiu perceber onde se passava a ação, quem fazia parte dela e o que foi apresentado. Esses dados são úteis para verificar as dificuldades e os progressos feitos pelo grupo. "Se as crianças, por exemplo, acharam que o mar, ambiente em que o esquete se passou, era o espaço sideral, eu pergunto por que e, com base nisso, discutimos os movimentos que levaram a tais conclusões. Com isso, o grupo fica mais consciente de como suas opções comunicativas são interpretadas", conta.
Vale frisar que o propósito do trabalho com os jogos teatrais não é julgar o valor artístico das atuações. O que vale é perceber como cada um busca soluções diante dos desafios e expande suas possibilidades de comunicação via linguagem corporal. Com a prática e observando os colegas, todos aprendem a usar o corpo de forma mais consciente e criativa.
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