No Antigo Testamento, a Bíblia se utiliza das mesmas
palavras hebraicas para descrever os ainda não nascidos, os bebês e as
crianças. No Novo Testamento, o grego se utiliza, também, das mesmas palavras
para descrever crianças ainda não nascidas, os bebês e as crianças, o que
indica uma continuidade desde a concepção à fase de criança, e daí até a idade
adulta.
A palavra grega brephos é empregada com freqüência para os
recém-nascidos, para os bebês e para as crianças mais velhas (Lucas 2.12,16;
18.15; 1 Pedro 2.2). Em Atos 7.19, por exemplo, brephos refere-se às crianças
mortas por ordem de Faraó. Mas em Lucas 1.41,44 a mesma palavra é empregada
referindo-se a João Batista, enquanto ainda não havia nascido, estando no
ventre de sua mãe.
Aos olhos de Deus ele era indistinguível com relação a
outras crianças. O escritor bíblico também nos informa que João Batista foi
cheio do Espírito Santo enquanto ainda se encontrava no ventre materno,
indicando, com isso, o inconfundível ser (Lucas 1.15). Mesmo três meses antes
de nascer, João conseguia fazer um miraculoso reconhecimento de Jesus, já
presente no ventre de Maria (Lucas 1.44).
Com base nisso, encontramos a palavra grega huios
significando "filho", utilizada em Lucas 1.36, descrevendo a
existência de João Batista no ventre materno, antes de seu nascimento (seis
meses antes, para ser preciso).
A palavra hebraica yeled é usada normalmente para se referir
a filhos (ou seja, uma criança, um menino etc.). Mas, em Êxodo 21.22, é
utilizada para se referir a um filho no ventre. Em Gênesis 25.22 a palavra
yeladim (filhos) é usada para se referir aos filhos de Rebeca que se empurravam
enquanto ainda no ventre materno. Em Jó 3.3, Jó usa a palavra geber para
descrever sua concepção: "Foi concebido um homem! [literalmente, foi concebida
uma criança homem]". Mas a palavra geber é um substantivo hebraico
normalmente utilizado para traduzir a idéia de um "homem", um
"macho" ou ainda um "marido". Em Jó 3.11-16, Jó equipara a
criança ainda não nascida ("crianças que nunca viram a luz") com
reis, conselheiros e príncipes.
Todos esses textos
bíblicos e muitos outros indicam que Deus não faz distinção entre vida em
potencial e vida real, ou em delinear estágios do ser – ou seja, entre uma
criança ainda não nascida no ventre materno em qualquer que seja o estágio e um
recém-nascido ou uma criança. As Escrituras pressupõem reiteradamente a
continuidade de uma pessoa, desde a concepção até o ser adulto. Aliás, não há
qualquer palavra especial utilizada exclusivamente para descrever o ainda não
nascido que permita distingui-lo de um recém-nascido, no tocante a ser e com
referência a seu valor pessoal.
E ainda, o próprio Deus se relaciona com pessoas ainda não
nascidas. No Salmo 139.16, o salmista diz com referência a Deus: "Os teus
olhos me viram a substância ainda informe". O autor se utiliza da palavra
golem, traduzida como "substância", para descrever-se a si mesmo
enquanto ainda no ventre materno. Ele se utiliza desse termo para se referir ao
cuidado pessoal de Deus por ele mesmo durante a primeira parte de seu estado
embrionário (desde a nidação até as primeiras semanas de vida), o estado antes
do feto estar fisicamente "formado" numa miniatura de ser humano.
Sabemos hoje que o embrião é "informe" durante apenas quatro ou cinco
semanas. Em outras palavras, mesmo na fase de gestação da "substância
ainda informe" (0-4 semanas), Deus diz que Ele se importa com a criança e
a está moldando (Salmo 139.13-16).
Outros textos da Bíblia também indicam que Deus se relaciona
com o feto como pessoa. Jó 31.15 diz: "Aquele que me formou no ventre
materno, não os fez também a eles? Ou não é o mesmo que nos formou na
madre?"
Em Jó 10.8,11 lemos: "As tuas mãos me plasmaram e me
aperfeiçoaram... De pele e carne me vestiste e de ossos e tendões me
entreteceste".
O Salmo 78.5-6 revela o cuidado de Deus com os "filhos
que ainda hão de nascer".
O Salmo 139.13-16 afirma: "Pois tu formaste o meu
interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo
assombrosamente maravilhoso me formaste... Os meus ossos não te foram
encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da
terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe".
Esses textos bíblicos revelam os pronomes pessoais que são
utilizados para descrever o relacionamento entre Deus e os que estão no ventre
materno.
Esses versículos e
outros (Jeremias 1.5; Gálatas 1.15, 16; Isaías 49.1,5) demonstram que Deus
enxerga os que ainda não nasceram e se encontram no ventre materno como
pessoas. Não há outra conclusão possível. Precisamos concordar com o teólogo
John Frame: "Não há nada nas Escrituras que possa sugerir, ainda que
remotamente, que uma criança ainda não nascida seja qualquer coisa menos que
uma pessoa humana, a partir do momento da concepção".[1]
À luz do acima exposto, precisamos concluir que esses textos
das Escrituras demonstram que a vida humana pertence a Deus, e não a nós, e
que, por isso, proíbem o aborto. A Bíblia ensina que, em última análise, as
pessoas pertencem a Deus porque todos os homens foram criados por Ele.
E se você já fez um aborto?
Você já fez um aborto? Onde quer que se encontre, queremos
que você saiba que o perdão genuíno e a paz interior são possíveis, e que uma
verdadeira libertação do passado pode ser experimentada.
Deus é um Deus perdoador:
"Porém tu
[és]... Deus perdoador, clemente e misericordioso, tardio em irar-te, e grande
em bondade" (Neemias 9.17b).
"Pois tu,
SENHOR, és bom e compassivo; abundante em benignidade para com todos os que te
invocam" (Salmo 86.5).
Aliás, Deus não apenas perdoa, Ele, de fato,
"esquece":
"Eu, eu
mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus
pecados não me lembro" (Isaías 43.25).
Você poderá encontrar perdão agora mesmo simplesmente
colocando sua confiança em Jesus Cristo. Você pode confiar nEle, virando as
costas para os caminhos que você tem seguido, reconhecendo e confessando seus
pecados a Ele, e voltando-se para Cristo com a confiança de que através do Seu
poder, Ele haverá de lhe conceder perdão e uma nova vida. Se você deseja ter
seus pecados perdoados, se deseja estar livre da culpa, se quer ter nova vida
em Cristo, se quer conhecer a Deus, e se você sabe que é amada por Ele,
sugerimos a seguinte oração:
Querido Deus, eu confesso o meu pecado. Meu aborto foi coisa
errada e eu agora venho à Tua presença em busca de perdão e de purificação.
Peço que não apenas me perdoes esse pecado, mas que me perdoes todos os pecados
de minha vida. Eu aceito que Jesus Cristo é Deus, que Ele morreu na cruz para
pagar a penalidade pelos meus pecados, que ressuscitou ao terceiro dia, e que
está vivo hoje. Eu O recebo agora como meu Senhor e Salvador. Eu agora aceito o
perdão que Tu providenciaste gratuitamente na cruz e que me prometeste na
Bíblia. Torna o teu perdão real para mim. Eu peço isso em nome de Jesus. Amém.
Fonte:
Site: palavraprudente.com
Extraído do livro Os Fatos Sobre o Aborto – Respostas da
Ciência e da Bíblia Sobre Quando Começa a Vida
Adaptação: Pr. Adelcio Ferreira (semenadoapalavra.net)
Nenhum comentário:
Postar um comentário