Mesmo com tantas dificuldades e derrotas continuo firme no meu propósito. Formar a minha filha é o meu objetivo maior.
Estou cansada de me ferir com palavras, de me enganar com expectativas e de fazer meu coração, um brinquedo descartável para as pessoas.
Meu silêncio não significa orgulho, significa tristeza. Poucas são as pessoas que conhecem o meu verdadeiro sorriso.
Eu me afasto das pessoas de uma forma que elas não sentem falta. Eu preciso fugir dos problemas e me desligar, preciso de um lugar distante pra pensar, onde ninguém tenha acesso.
Sabe por que algumas pessoas não me entendem? Porque elas nunca sentiram o que eu estou sentindo.
Será que sou uma pessoa indecisa? Não sei…
Mas o engraçado mesmo em tudo isso é que a gente sempre consegue se levantar. Depois de um tombo feio, de uma decepção horrorosa, um arranhão aqui, uma ferida ali. Não significa que não doeu, muito pelo contrário, quanto mais doi, mais a gente sente necessidade de levantar, de querer fugir. Talvez seja por isso que vejo tanta gente em pé.
Tudo está diferente e me sinto perdida. Eu não consigo me encaixar em lugar algum.
O problema é que eu crio expectativas demais, eu espero demais das pessoas, eu tenho esperança de que seja tudo diferente, mas no final é sempre igual e eu acabo me decepcionando novamente.
Triste é olhar pra trás e ver que nada é como era antes.
O que me leva ainda a estar aqui ainda é a confiança que tenho em mim, pois o dia em que eu perdê-la será meu fim. Tenho muito medo de tomar certas decisões, e depois não poder mais voltar atrás.
Sinto-me só, mais quem é que nunca se sentiu assim… E que novembro me traga todos os sorrisos que setembro me roubou.
"Eu comecei minha faxina. Tudo o que não serve mais (sentimentos, momentos, pessoas) eu coloquei dentro de uma caixa. E joguei fora. (Sem apego. Sem melancolia. Sem saudade). A ordem é desocupar lugares. Filtrar emoções."(Caio de Abreu)